sábado, 2 de maio de 2009

Melissa

Melissa não tomou seu remedio,
Porque disse que sua vida,
Sempre foi um tedio,
E que talvez uma doença,
Seja um motivo pra sacudir a vida.

Por um motivo que não sei explicar,
Todos esqueceram meu nome,
Seguiram vivendo comigo,
Mas nenhum deles era meu amigo.

Eu sei que venci o jogo,
Mas aquilo não era uma vitória,
Não tinha nenhuma glória,
Já que eu não tinha nenhum abrigo.

Melissa sempre tão egoísta,
Não me deu nenhuma pista,
Do que eu deveria fazer,
E assim segui com minha vida,
Vez por outra encontrando com ela.

Eu atravessei o fogo,
Cortei o ar,
Vivi por todo lugar,
Sem encontrar meu lugar.

Na verdade eu sabia o que precisava,
Mas não porque lutava,
Meu objetivo não estava ali,
E por isso comecei a andar por aí.

Conheci pessoas novas,
Vi berços e covas,
Me apaixonei e me frustrei,
Mas hoje eu sei,
Que nem mesmo um rei,
Vive impune a essa lei.

Todos estão sujeitos ao amor,
Estão sujeitos a felicidade e a dor,
Isso que é descomunal,
Quando se trata de amor,
Qualquer um é igual.

Tentei explicar isso a ela,
Mas Melissa havia mudado,
Já não era a mesma de antes,
Já não era tão apaixonante,
E eu ignorando sua presença.

O fim necessariamente,
Não precisa ser o fim,
Se você quiser,
Cada fim é um começo,
Tudo depende da sua memória.

Um dia, da vida anterior eu me esqueço,
Só por esquecer,
E vivo tudo de novo,
Sempre um recomeço.

Sigo meu caminho,
Não importa se sou um poeta,
Se sou um palhaço,
Um pescador,
Ou um louco de Deus.

Cada um vai ter o que precisa ter,
Nada mais, nada menos,
O que eu preciso,
É um pouco de carinho,
Alguns abraços,
E assim eu estou bem.

Melissa vai mais além,
Ela acredita em outras teorias,
Nada melhor que um dia atrás do outro,
Pra ela escutar o que eu digo,
E voltar a me ter como amigo.

Bruno Tôp

Nenhum comentário:

Postar um comentário