segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Divagações de Tôp II - Mosaico

Será que nos meus últimos dias
Conseguirei sentir alguma alegria?
Fico meio indeciso quanto a essa resposta...
Afinal eu recordo agora,
Que naquela angustiante hora,
Destrui meu Mosaico aposta.

Era a minha aposta para a felicidade,
Um mosaico de diferentes personalidades,
Criado a partir de várias amizades...
Aquela que eu contava para a eternidade.

Mas eu o destrui em fragmentos,
E que esteja ofuscado nesse momento,
Aquele Mosaico era a prova que vivi,
A prova que existi, sorri, sofri, mas que sobrevivi...
Era o Mosaico dos meus sentimentos.

Sei que vou juntar esse Mosaico em pedaços,
Vos conseguir resgatar meus antigos laços.
E também aumentar meu circulo de confiança,
Pra que no final restem boas lembranças,
Do mesmo Mosaico que comecei quando criança.

Bruno Tôp

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Personificação de Responsabilidade

Era uma vez, num certo lugar, não muito diferente,
Do que se pode ver em qualquer poente,
Uma certa garotinha um tanto quanto fofinha...
Seus amigos a chamavam de Jé, mas eu prefiro Carolzinha.
Carolzinha era uma menina linda de se ver,
Daquelas que pra sua amiga você quer ter...

Ela vivia feliz e sorridente,
Sempre pensando no futuro e seguindo em frente,
Obstinada e sensata, Carolzinha era uma beata.
E num dia qualquer, ela conheceu um louco com uma lata.
Seu nome era Tôp, e adorava beber...
Tanto que Carolzinha não conseguia se conter,
Das besteiras que ele meio alterado falava,
Isso fazia Carolzinha dar risadas bravas...

E sem querer querendo,
Ou quem sabe até querendo...
Eles ficaram amigos rapidamente...
Carolzinha sempre mostrando o caminho à frente,
Mostrando o que é certo e errado,
E Tôp bem ali sempre bicado?
Falando besteiras matinais,
Que fazia dos ambientes mais legais...

Mas de repente eles meio que se separaram,
E Tôp e Carolzinha já não tanto se falam...
Mas eles continuavam a ser amigos de verdade,
Pois Tôp podia não aparentar saudade,
Mas com certeza ele adorava aquela amizade,
Afinal Carolzinha era sua personificação de Responsabilidade.

Bruno Tôp

domingo, 21 de setembro de 2008

Divagações de Tôp I - Paixão Platônica e Sentido Pra Vida

Tem dias que realmente não dá pra continuar,
Não tenho vontade de me levantar e acordar,
Não é por sono ou cansaço, é só falta de vontade de viver,
Percebi que não tenho nada que queria ter,
E tudo que eu um dia quis ser,
Até hoje, e acho que nunca, consegui realizar.

Mas dia desses me surpreendi, ao perceber que já sabia uma importante lição:
Aprendi a misturar no liquidificador: poemas, tédio, alcóol e paixão,
E assim consigo entreter meu mal-sucedido coração.
É tipo quando você pega para si uma cerveja,
Talvez nem com vontade de beber você esteja,
Mas só para não ficar entediado,
Você acaba, por sem querer, a ficar bicado...

Não tem nenhuma desculpa óbvia, ou simplificada...
A obviedade dos fatos é muito complicada.
Por isso continuo com minha vida sem sentido...
Penso que ei algum lugar eu o devo ter esquecido,
Afinal desde que me conheço por gente,
Que procuro esse tal de sentido de trá pra frente...

Até que eu o encontre de fato,
Acho que já vou ter deixado de ser sensato...
Mas fazer o que então?
Não consigo deixar de procurar...
Assim como não consigo simplesmente abandonar,
Uma platônica paixão que guardo no coração.

Pelo menos essa paixão é legal...
Já essa busca por um sentido na vida é um tanto quanto mal...
...
Agora parando para pensar,
Acho que descobri onde esse sentido encontrar...
Acho que ele deve estar mergulhado nessa paixão platônica...
Nossa minha situação é um tanto quanto cômica...

Sabe, isso é realmente frustrante...
Agora eu tenho que me tornar um amante,
Para pelo menos tentar ver se eu encontro ali escondida,
No amor ou na felicidade, esse tal sentido pra minha vida...

Bruno Tôp

sábado, 20 de setembro de 2008

Significado do Amor

Atualmente ando ao lado de uma vida tediosa e sem sentido,
Esperando o tal do amor dar um futuro à esse poeta exibido...
Porque será que todo dia acabo repetindo esse ditado?
Acho que é porque ainda não estou totalmente conformado,
Com o fato de que a vida continua mesmo que ao meu lado,
Não estejam as pessoas que mais tem me cativado.

Do jeito que eu falo até parece que sou um homem vivido,
Daqueles que sempre vivenciou uma vida com pleno sentido,
Na verdade, agora que paro pra pensar no meu passado,
Não me lembro de uma vida que me deixasse realizado.
É eu sei... Há muito percebi que sou bastante complexado,
Com besteiras que para a sociedade não tem qualquer significado.

Acho que existe poucas coisas que sei com uma certeza absoluta,
Não lembro onde aprendi, são aquelas lições que uma vez você escuta,
E que nunca mais você esquece, passa a usar como doutrina,
Uma doutrina de vida, Uma doutrina que você considera divina.
Essa certeza é sobre o inexplicável e fascinante amor.
Uma certeza sobre esse sentimento capaz da maior felicidade, ou dor.
É bem simples na verdade, é só que o amor não é o amor...
Simplesmente a sociedade passou ao amor, um significado sem cor.

O amor difilcimente é atingido, porque ele é eterno.
Não é um sentimento que é esquecido após alguns tristes invernos.
O que amor que popurlamente é conhecido se chama paixão.
E a tal paixão que conhecemos é só uma estravagante admiração,
Que ocorre na explosão dos sentimentos de uma relação.
Acho que por isso que não gosto de dizer "eu te amo".
É o mesmo que dizer que um pequeno e simplório ramo,
Na verdade é uma poderoso e indestrutível carvalho.
Não estou dizendo para desistirmos do amor,
Só tenho certeza que não existe nenhum atalho,
Para esse sentimento vem ao mesmo tempo expôr,

Todas as nossas fraquezas e qualidades,
O único sentimento que nos faz conhecer nossa real personalidade.
Eu lembro que dividi o sinuso caminho do amor em cinco níveis,
Todos são simples e complexos, tornando-os imprescindíveis.
Não lembro como os nomes eu estabeleci ao certo,
Só lembro que eles estão um do outro tão perto,
Que só quando chegar no quarto nível, a verdadeira paixão,
Vai perceber espantado, que os níveis anteriores, como a adimiração,
Se juntaram para se tornar essa inexplicável paixão.

E só quando você conseguir juntar os dois: a paixão e admiração,
Então vai perceber que o amor, é dos outros níveis, uma grande fusão.
Acho que por isso que dizemos que estamos apaixanonados,
Porque simplesmente estamos no caminho certo para sermos amados,
E acho que talvez, só talvez eu tenha reencrotado esse caminho,
Mesmo tendo tantos obstacúlos, como pedras e espinhos,
Sei que no final vai haver uma altar com a mais bela flor,
A flor que irá coroar meu eterno e indestrutível amor.

Bruno Tôp

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sobre Virtudes

Mais uma vez lá ia solitário o rato,
Fugindo para não acabar em algum prato,
Fugiu tanto que acabou chegando no topo de uma montanha,
O medo pela altura fez gelar todas suas entranhas,
Não estava acostumado com tais altitudes,
De fato, começava a questionar suas virtudes,
Afinal estava sempre fugindo desesperado,
Jamais fora por alguém respeitado,
Não entendia o porquê de existir,
Uma criatura que estava fadada a nunca sorrir...

E como de costume levou um grande susto,
Ao ver que bem acima de si, havia um imenso busto.
O busto de uma águia imponente,
Que observava o horizonte com algo em mente,
Parecia incorfomada assim como o rato,
Talvez por acreditar que não tinha um talento nato.

'O que te aflinges grande autarquia?'
O pequinino se pronunciou enquanto pelas garras da águia subia.
Não soube o que levou a se manifestar,
Mas sabia que se tivesse ficado muito tempo parado,
Com o tempo, talvez fosse notado,
E poderia acabar como jantar.

'Oh não tinha te percebido pequenino...
Não é nada, só que não entendo porque existo,
Sou só um pássaro que não tem um bom destino,
Nem sei porque estou pensando nisto,
Só sei que percebi o qual inútil,
Uma águia pode ser quando não é fútil...'

'Sinceramente não te entendo caro amigo...
Você é uma águia, o rei dos céus, rei das montanhas,
Se eu tivesse seu imenso porte sempre comigo,
Aposto que todos meus inimigos temeriam-me de forma tamanha,
Que nunca mais teria de me esconder de ninguém,
Sinceramente não sei porque você quer ser outro alguém'

'O que posso fazer amigo roedor?
Não sou tão rápido quanto um beija-flor,
Não sou tão elegante quanto um pavão,
Sou apenas uma ampliação do gavião...
Não me comparo com o grande condor,
Às vezes eu penso que sou só um perdedor...

'Você, um pequeno rato, esbanja sabedoria,
E é bem quisto pela grande maioria,
Já eu sou temido por uma minoria,
Que não percebe que sou só uma imitação fraca de uma harpia'
E então o rato percebeu de um estanho jeito,
Que mesmo aquele grande pássaro tão perfeito,
Tinha o mesmo problemático defeito,
Que ele, um roedor tão mal-feito.

'Acabei de enteder nossos problemas,
Na verdade não passa de um bobo dilema...
Todos estamos fadados a invejar,
Todos os que estamos fadados a admirar,
Sem perceber que sempre somos admirados,
Por todos aqueles que se mantém do nosso lado.
Estamos fadados porque não percebemos nossas virtudes,
Escondidas em nossas mais singelas atitudes,
Temos a mania de só olhar as costas alheias sempre cheias de luz,
Sem perceber que em cada um de nós também nas costas também produz,
Essa bela luz, e ela é a reunião de nossas qualidades,
Que não podemos estar bem localizado,
No centro de nossas costas, onde não temos visibilidade,
Que foi colocada lá como num perfeito plano divino,
O plano que controla todo nosso destino.'

Bruno Tôp

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Estações

Como prenunciado, todo ano vem a acontecer...
A primavera volta a aparecer,
As ervas selvagens começam a florescer
Com a vinda de fonte que pelas corredeiras vem a descer,
E ela parece adorar ver como o beija-flor,
Coleta seu néctar com um simplório amor.

Ela tranqüilamente assiste o a chegada do verão,
Sentindo o calor secar a plantação,
Celebra feliz a abundância,
E Toma sorverte como se ainda fosse sua infância...
Gosto de vê-la tão sorridente,
Às vezes até me esqueço desse clima quente.

De lua que sobe em outono, a noite se enche de vaga-lumes,
E ela mais uma vez me enebria com seu forte perfume,
Conta os dias observando as folhas secas cair,
Esperando o vento seco fazer as nuvens se encherem
Para que mais uma vez possa seu guarda-chuva abrir,
E ver os pingos, pelos vidros de janelas, lentamente escorrerem.

E finalmente chega o seu sonhado inverno,
Só para ter nos meu abraços um calor eterno...
É, ela também adora tomar um chocolate quente,
Ou comer founde de uma forma diferente...
Misturando chocolate com queijo,
Misturando mordida com beijo.

Realmente não decido qual é minha preferida,
Afinal estando com ela qualquer estação é bem-vinda,
Qualquer uma das quatros alegra minha vida,
Qualquer paisagem deixa ela linda...
Não, não da pra decidir uma só estação,
Porque durante todo ano ela faz feliz meu coração.

Bruno Tôp

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Noite Sem Lembranças

Quando olhei para o céu nublado,
Percebi que não adianta apenas estar apaixonado,
Na verdade percebi que me sinto culpado...
Minhas mentiras e sentimentos,
Hoje se juntam em um só ferimento,
Só não lembro em qual inoportuno momento,
Eles se juntaram de tal jeito,
Que parecem um espinho cravado em meu peito.
Quando estou sozinho sinto o amanha tão distante,
Sinto que ainda tenho que refletir bastante...
Dentro da escuridão do amanhecer,
E se eu tentar jogar corretamente,
Sem dúvidas, uma falha vai aconter,
E esta noite não será boa entre nós novamente.

Lembranças são sempre lindas,
Mas apenas disso não se pode viver.
Afinal nem sempre elas são bem-vindas,
Hoje, é uma experiencia que não queria ter...
Deveria ser realmente uma noite de tristeza,
Você deve estar se perguntando 'por quê'?
Na verdade, não consigo lembrar de seu rosto sorrindo.
Isso não tem nada de lindo,
Eu realmente não queria que você visse minha falta de nobreza.
Em uma noite que parece que pode ser segurada por nada,
Não existe momento que eu não penso em você,
Não existe um dia que eu não penso a respeito,
Poderia meu coração te alcançar?
Ou será só mais uma das loucas ideias do meu peito.
Realmente não dá pra argumentar com minha alma apaixonada.

Agora eu já não sei se me interessa,
Que tempo venha e vá depressa,
Só sinto que preciso ver você,
Ainda não sei responder ao seu 'por quê'?
Sei simplesmente que precisamos um do outro.
E se nós não conseguimos mais ri um para o outro,
Então o que nos resta é apenas chorar,
Pois mesmo que a relação venha a durar,
De nada vai adiantar, pois em breve,
O vento vai cardiosamente carregar,
Com sua doce brisa leve.

Bruno Tôp

sábado, 6 de setembro de 2008

Perfeita Combinação

Quando me deram liberdade,
Tudo que eu fiz foi fugir atrás de estabilidade.
Quando eu me virei para trás não havia nada para ser visto.
Você fechou as suas portas antes que eu pudesse abrir as minhas.
Isso nunca foi pelo meu coração previsto,
E assim eu perdi todas as esperanças que tinha.

Amei você tão brevemente,
Mas gravei esse sentimento em meu peito,
Abraçando um ferimento em forma de tatuagem.
De um jeito que me fez tão imperfeito,
Mas mesmo assim faria qualquer viagem,
Só para te ver novamente.

Um futuro incerto é assustador e você me encarou,
E sem dizer nada você suavemente pegou minha mão,
Como se fosse uma perfeita combinação,
Minha tristeza foi eliminada e meu prazer dobrado,
Minha vida deu a volta por cima instantaneamente,
E você jurou que correria para o meu lado,
Só para eu poder sorrir novamente.

E como forma de retribuir,
Um pequeno buquê de flores erguir,
E assim juntos ficamos a sorrir,
Pois sabiamos que mesmo que brevemente,
Nosso amor duraria eternamente.

Bruno Tôp

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Brisa de Momento

É ela é uma brisa de momento,
Daquelas que sobrepõe qualquer vento,
Com sua presença harmoniosa,
Um tanto quanto esplendorosa.
E mesmo que esteja distante,
Você sente seu fluxo constante.

Às vezes segue contra a corrente,
Só para ser a única diferente,
Mas normalmente é tão silenciosa,
Que aparenta ser uma brisa cardiosa.
Desperta aquela sensação única,
E pode ser só mais uma comparação cínica,
Mas é como o vento batendo contra o rosto,
Desperta um ótimo gosto.

Isso é o que a presença de Fernanda desperta,
Te deixa com coração e mente aberta,
Não sei porque, mas minha amizade ela conquistou,
Acho que quando tímida se mostrou.
Realmente não sei ao certo,
Só sei que gosto de tê-la por perto.

E mesmo que ela seja uma brisa de momento,
Espero que o tempo que passe com ela seja lento,
Para que me sinta mais relaxado,
Afinal ela é meu vento meio lesado.

Bruno Tôp