segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Divagações de Tôp XVI - Coração de Poeta

Sabe qual era minha meta?
Mudar meu coração de poeta,
Mas ele não muda jamais,
Vai ser sempre como é agora,
Tolo, fraco e incapaz.

Eu me machuco por sua causa,
Mas meu amor não vai embora,
Cada vez mais e mais, sem pausa
Ele insiste em retornar a toda hora

Os meus dias brilhantes,
E até mesmo as noites geladas,
Vão ser docemente esquentadas,
Pwlo seu sorriso contagiante.

A experiência que ganhei,
Depois de tudo que já passei,
Me fez ter uma força inacreditável,

Mas não serei capaz de dormir,
Vou virar essa noite sem parar de refletir,
Pois não importa, isso sempre vai se repetir,
As brigas sempre vão existir.

Revive de novo e de novo, porque é amor,
Você não pode culpar minha emoção,
Porque deveria saber que ela jamais desvanecerá,
Essa emoção jamais se acabará,
Já está bem presa no coração,
Não tem como arrancar...

Dê-me um sorriso e terei dias brilhantes,
Não seja indiferente tão de repente,
Não importa o quanto estejamos distantes
Com um sorriso seu, o frio vira quente.

Quanto eu tenho que fazer para te amar?
Todo dia ao me lembrar do nós, volto a me apaixonar...
As palavras dançam no ar,
E tudo que venho a poetizar,
É para poder te homenagiar.

Quanto mais me separo de você,
Mais eu percebo que você é preciosa para mim
E que tendo ou não um porquê,
Eu vou sempre estar errado no fim.

Toda vez que te procuro,
Te encontro dentro do meu coração,
E percebo que sem você não tem futuro,
Só o vazio da solidão.

Bruno Tôp

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Divagações de Tôp XV - Um Bom Futuro

Já me perguntaram sobre meu futuro,
Sobre o qual caminho eu escolheria,
Se era capaz de derrubar todos os muros,
Que impedissem a minha alegira.

Eu sempre respondi que não sabia,
Pra mim eu iria morrer jovem,
Meu destino nunca teve um certo sentido,
Até o amor ter aparecido.

Não sei como ele surgiu ao certo,
Só sei que agora o quero bem perto,
Adorei tocar no meu peito e perceber,
Que arrumei uma razão para envelhecer.

O amor consegue mudar algumas coisas,
Ele é tão misterioso,
E um sentimento tão gostoso,
Que é dificil de definir.

É capaz de fazer o triste sorrir,
O enfermo se curar,
O preto e branco colorir,
A lua tocar o mar.

E o mais curioso,
É que além de tudo o amor é charmoso,
Ele é quem me faz, ser capaz,
De me apaixonar por ela a cada novo dia,
Me faz acreditar na eternidade da alegria.

Como já disse ainda não conheço meu futuro,
Mas vejo nele uma esperança,
De que desse sentimento doce e puro,
Germinem belas crianças,

Para serem a provar que provei do amor,
De que me enebriei com o odor,
De uma feiticeira perspicaz,
A única que não tiro da cabeça jamais.

Bruno Tôp

sábado, 20 de dezembro de 2008

Divagações de Tôp XIV - Uma Resposta

Meu amor é correspondido ou não?
Não me importo com a resposta,
Eu só preciso saber!

Por mais que eu deseje estar com você,
Não se pode ter tudo o que você quer,
Bem firme nas suas mãos.

Tem coisas imutáveis neste mundo,
E meu amor por você,
Se renovará a cada segundo.

Mesmo que se passem mil dias,
Eu vou continuar a te amar,
Vou continuar a fazer o que fazia,

Sem me importar,
Se o tempo vai ou não nos mudar,
Eu sempre vou falar:

"Eu quero seu amor,
Mas não acho que vai ser assim "
Já venho repetindo isso pra mim.

E a única resposta que quero no fim,
É que você não desista do amor,
Idependente do que for acontecer a mim.

Pois mesmo que eu esteja assustado,
Ou que eu acabe machucado,
Vou dizer "Eu te Amo" pra o meu amor.

Meus olhos podem transbordar covardia,
Mas prefito uma resposta ruim,
Do que uma falsa alegria.

Transformar em palavras em sentimentos,
Chega a ser assustador,
Mesmo assim, errando eu tento,
Te mostrar todo o meu amor.

A felicidade não pode ser dita em palavras,
É por isso que só podemos sorrir.
É a única forma correta de agir,
O sorriso é o único que reflete a felicidade.

No verão, outono, primavera e inverno,
Meu sorriso sempre estará vivo,
Pois ele é o reflexo que meu amor é eterno.

Olhando a estrada que deixei pra trás,
Eu viajo recitando para mim mesmo que jamais,
Vou esquecer do que o amor é capaz.

Idependente do que eu tente,
Tudo o que aparece na minha frente,
É uma sensação de nostalgia.

Como se a cada novo dia,
Eu repetisse todas as minha lembranças,
Como se meu destino fosse controlado por uma criança.

Seu olhos sempre foram tão amoros,
Eu queria olhar nos seus olhos,
Mas temia ver refletidos meus olhos medrosos.

Não queria saber se você me amava ou não...
Queria viver o resto dos meus dias sozinho,
Naquele dia, eu continuei a te amar sem machucar meu coração.

Mas decidi acabar com minha covardia,
E eu sei que algum dia,
Vou conseguir fazer o sempre planejei fazer,
Vou conseguir me declarar à você.

E mesmo que sua resposta venha a me machucar,
Vai ser menos doloroso do que com essa dúvida continuar,
Porque não aguento esse mártir profundo,
O amor foi feito para se realizar,
E essa é a coisa mais linda do mundo.

Bruno Tôp

Velho Horizonte

As ondas passam por mim,
As lembranças voltam a memória,
A imensidão do horizonte não tem fim,
A solidão faz parte da minha história.

Desde que perdi de você,
Não consigo me sentir feliz,
O mundo perdeu a razão de viver,
Sem você sou só verniz.

Grãos de areia dançam no ar,
A brisa vem meu rosto acareciar,
Gaivotas planam sobre o mar,
E meu coração continua a te amar.
Sinto uma dor sem dó nem piedade,
Uma dor chamada saudade.

A maresia resseca meus lábios,
O sol timido vai embora,
A estrelas tão adoradas pelos sábios,
São tão sem graça agora.

Toda a cor do universo,
Foi levada da minha visão,
Quando um ser perveso,
Afastou de mim seu coração.

Coloquei uma carta engarrafada,
No mar para navegar,
Na esperança que um doce lufada,
Consiga nosso amor imortalizar.

Se tenho saudade,
É porque te amo tanto,
Que nem essa avançada idade,
Me impede de viver aos prantos.

Eu sei que não vai tardar,
Para que eu te reveja,
Mas é de martirizar,
Que agora do seu lado eu não esteja.

Nossos meninos tentaram me convencer,
Que a vida é assim,
Que eu tenho que viver sem você,
Mas para mim, já é o fim,
Viver sem minha preciosa jasmim.

Bruno Tôp

Cielo Dell'Arcobaleno

Nos conhecemos de uma forma banal,
Mas compartilhamos anos de amor sem igual,
Sob o gentil farfalhar de flores,
Nós juramos eternos amores.

Eu queria te encontrar e fugir
Nas praias onde o sol vive a sorrir,
E nos campos cheios de tranquilidade,
Onde as nossas sombras repousam com serenidade.

Eu, você e a estação das flores
Eu vôo, levado pelo vento,
E volto de novo puxado por um sentimento,
Como se tivesse acabado de acordar
De um sonho que estavámos a nos beijar,
Eu olho para céu e vejo o mundo cheio de cores.

Você se dizia estar apaixonada,
Por meu sorriso brilhante,
Só eu conhecia cada detalhe da sua risada,
Eramos mais que simples amantes,
Nosso amor era perfeito, de todos os jeitos.

A promessa feita sob o céu de sete cores,
"Vamos eternizar nossos amores'
Refizemos um para o outro por tantas vezes,
Mas ela não foi cumprida depois de meses.

Eu, você e o céu cheio de beija-flores,
O vento me desperta gentilmente,
Eu me pergunto se, agora, você também esta olhando,
Para o céu a sua frente,
O mesmo céu das sete cores.

Eu lutei por aqueles dias,
Em que misturavamos tudo com excesso de alegria,
E as marcas deixadas por eles são insubstituíveis,
Os tesouros de mais altos níveis.

Eu, você e a estação dos amores,
Eu vôo, levado pelo vento, e retorno com um pensamento,
Minhas intermináveis emoções transbordam para fora de mim,
E lágrimas preenchem meu coração com flores,
Não sei se é alegria ou tristeza enfim.

Eu, você e o desabrochar das flores,
Eu vôo, levada pelo vento, e um sorriso ostento,
Carrego comigo um futuro que ainda não posso ver,
Eu olho para cima e vejo um céu de sete cores,
Desejando que no meu caminho você volte a aparecer.

Bruno Tôp

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Bodas

Desde que te encontrei,
Tudo passou a fazer sentido,
Um homem feliz eu me tornei,
E olhando para trás,
Parece que ainda não tinha vivido.

Sempre que você sorria,
Era um sinal de que a felicidade,
Estaria presente no meu dia,
Com você tudo tinha vivacidade.

Tudo o que eu desejo,
É ter para sempre seus laços,
Ter para sempre seus beijos,
E seus abraços.

É tão bom comemorar nossas bodas,
Quando estamos juntos,
A felicidade é nossa compranheira,
A alegria está em todos os assuntos,
Sou feliz de segunda a segunda-feira.

Desde que você partiu,
Tudo ficou sem cor,
A realidade simplesmente descoloriu,
Até a paz sumiu,
Não sei viver sem seu amor.

Sempre que olho para as lembranças,
Tento acordar de um pesadelo,
Pois tenho a esperança,
De poder acariciar novamente seu cabelo.

Tudo que o quero,
É que me levem o quanto antes,
Todo dia a minha hora espero,
Para acabar com essa dor constante.

É tão bom relembrar nossas bodas,
Sonhar novamente com você,
Mas é horrível acordar,
E chorar até o entardecer,
Porque não posso te abraçar.

Bruno Tôp

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Maresia

Sinto o gosto da maresia,
Tocando meus lábis com desejo,
Mas não sinto nenhuma alegria,
Pois só penso em seus beijos.

Ondas vem e vão,
A saudade aperta cada vez mais,
Já não consigo conter meu coração.
Ele já não é capaz,
De ficar sem você.

É tão difcil perceber?
Está até escrito no ar,
É obvio o que sinto por você,
Está no céu, na terra, no mar,
Você é meu respirar,
É meu existir,
Meu motivo pra sorrir.


Os seus mistério, tão charmosos,
Seus sorrisos sem jeito,
Me pregam feitiços poderosos,
Capazes de enlouquecer meu peito.

Sem a sua companhia,
Admirar o anoitecer,
Se restringe a saborear a maresia,
Pois sem você,
Não tem nada nada para viver.

Bruno Tôp

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Divagações de Tôp XIII - Ressaca da Vida

Descobri que sou um poeta de ressaca,
Que não precisa nem do martelo nem da estaca,
Eu consigo esculpir com as mãos nuas,
Consigo esculpir poemas de qualquer jeito,
Desde que eu tenha sentimento no peito,
Assim como o mar ama a lua.

Sempre prometo que vou mudar,
Que vou deixar a ressaca passar,
Mas quem disse que ela vai embora?
Ela fica dentro de mim a toda hora.

Não adianta fazer nada,
Essa ressaca é de alma apaixonada,
Não passa assim tão depressa,
Ela só acaba depois que a gente se confessa.

Não tentem entender se você nunca amou,
Essa ressaca é só para quem já se apaixonou,
E para quem já se sentiu inseguro,
Para quem não sabia se o amor tinha futuro.

Não tente ser algo que você não é...
O amor desmascara a pessoa da cabeça ao pé.
Esse sentimento é o mais doloroso,
Mas também é o mais gostoso.

Impossível viver sem tentar o amor,
É o mesmo que um cozinheiro não tentar o sabor.
Um pintor não experimentar da cor,
Um jardineiro não plantar flor...

Aprendi que o destino é irreversível,
E que tudo que acontece é previsível,
Mas não por isso deixa de ser surpreendente,
O jeito como o fluxo muda de repente,
E de uma hora pra outra o sorridente,
Encontra uma tristeza a sua frente.

Bruno Tôp

sábado, 6 de dezembro de 2008

O Vento

A brisa balança tudo,
As pétalas caem pelo jardim,
Folhas caem sobre mim,
A vida parece um absurdo.

Esse vento me faz suspirar...
Essas sensações...
Todas aquelas emoções...
Voltam a me assombrar,
Acho que voltei a amar...

Vento vem bater,
Vem (meu) coração ler,
E facilmente perceber
O que sinto por você,
Vento vem levar,
E (meu) desejo realizar,
Encher minha vida de cor,
Levar para você o (meu) amor.

Você acorda com o vento,
Acorda com um pesamento,
Está pensando no nosso amor,
Está lembrando daquela flor,
Que eu te dei,
No dia em que me declarei.

Você quer me ver confuso,
Você me trata como um intruso,
Mas me ama de verdade,
Tanto que todo dia morre de saudade.

Vento vem trazer,
O que você quer fazer,
Mas tem vergonha de dizer.
Vento vem buscar,
O que quero te contar,
Vem pegar minha paixão,
E levar até seu coração.

Eu te quero bem perto,
Sei que nosso amor vai dar certo,
Te quero como fogo e o ar
Quero é te amar,
Por isso peço ajuda ao vento,
Para que acabe com meu lamento.

Já estou sem alento,
Ando todo desatento,
Só a espera de sua decisão,
Espero pelo seu coração.

Vento vem relaxar,
Vem me mostrar,
Que a vida foi feita para amar,
Vento vai te ver,
Levar meu ser,
Para perto de você.

Bruno Tôp

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Dias Vazios

Vivendo sem sol ou lua,
A sombra é a única na rua,
Os meus dias já não têm cor,
Todo dia espero o desabrojar da minha flor.

As estrelas permancem apagadas,
As nuvens continuam encharcadas,
De uma chuva tão triste,
Como jamais viste.

Tantos dias passam sem jeito,
Tantos meses voam e você num leito,
E eu ainda sinto um frio rarefeito,
Continuo com um vazio no peito,
Sem você nada,
Nada pode ser perfeito.

A rotina segue sempre igual,
Não que eu me sinta mal,
Mas te visitar todo dia no hospital,
Faz minha vida trivial.

Se pelos menos seus olhos abrissem,
Se seus lábio sorrisem...
Continuo a alimentar essa esperança,
Que voltaremos a sorrir feito crianças,
Como nas nossas felizes lembraças.

Se você estiver ao meu lado,
Talvez não precise ficar calado
É tão frio sem você,
Não vejo porque viver.

Se você estiver ao meu lado,
Talvez os sonho serão realizados
É tão gostoso com você,
Não sei como eu pude te perder

Bruno Tôp

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Desventuras de um Espantalho - Sapo

Já fazia alguns dias,
Desde o ultimo sorriso de alegria,
Do pobre espantalho de alma apaixonada,
Pela doce bailarina na estante aprisionada.

Não estava prestando atenção em nada,
Tanto que seguiu em frente...
E de repente,
Se viu numa loja de presentes...

Um ser em especial chamou sua atenção,
Um sapo de pelúcia segurando um coração.
Se ele possuisse um em suas mãos,
Talvez conseguisse libertar a bailarina de sua prisão.

'Ei senhor sapo elegante...
Poderia ajudar um tolo amante?
Desde que o vi na minha frente
Quis fazer uma pergunta pertinente'

'Ao me chamar de sapo tirasse a minha elegância,
Sou Tico, um conselheiro para a infância,
E um amigo para a maturidade,
Mas fale espantalho, em que posso te ajudar de verdade?'

'Bem é que percebi que estais a segurar um coração...
Será que não poderias dá-lo pra um necessitado irmão,
Que anseia em salvar de uma prisão,
O que chamam da vida a razão'

'Não sei qual o seu problema,
Mas vou te ajudar com esse dilema,
Não é de um coração que você precisa,
É de uma chave dourada e lisa.

Ela será a solução,
E não esse falso coração,
Mas ei, eu tenho uma condição,
Peço que me leve na sua missão'

O Espantalho não entendeu direito,
O que quis dizer o astuto sapo faladeiro,
Mas achou ser mais direito,
Seguir em sua jornada com um companheiro.

Mas será que nele poderia confiar?
Será que a tal chave ele iria achar?
E o mais importante:
Será que ele e a bailarina seriam de fato eternos amantes?

Bruno Tôp