terça-feira, 27 de abril de 2010

Da Primeira Estrela, até o Alvorecer

Eu estou sendo empurrado,
Pela tenue escuridão,
Que surge com o anoitecer.

Começo a seguir, para onde o bréu aponta,
Tropeçando, repetidamente,
Não sei exatamente para onde vou,
Só sinto que quanto mais escuro,
Melhor ficará para o meu coração.

As pessoas que estão perdidas,
Aguentam o destino, chamando-o de pecado,
Porém, eu continuo aprendendo,
Caindo, me levantando,
E entendendo o verdadeiro significado de viver.

Um dia após outro dia,
Vamos trilhando o caminho que leva ao amanhã,
A estrada do destino vai ficando marcada pelas nossas pegadas...
Gostaria que você disesse novamente,
Embora seja encabulante,
Que eu sempre terei um abrigo,
Que sempre poderei permanecer contigo.

Algumas vezes perdendo,
Outras simplesmente ganhando,
Deixando o coração se encaixar onde tem que estar,
Pode ser arriscado, mas é o melhor jeito de viver.

São incontaveis, as cicatrizes que o circundam,
Aparentamente, ferimentos ainda em aberto,
Porém, continuo aprendendo,
Apontando agora, para o lugar onde a luz brilha.

Um dia após outro dia,
Vamos desenhando um mapa,
Para o futuro sem fim,
Gostaria que você disesse novamente,
Embora seja uma pessoa tímida,
Que você quer que eu permaneça com você pra sempre,
Que você precisa do meu abraço pra ser feliz.

Apesar do tempo ser limitado,
Sempre almejei um sonho ilimitado,
Acorrentado ao meu coração,
Que continua clamando por você,
Da primeira estrela, até o alvorecer.

Um dia após outro dia,
Vamos parar no meio do caminho,
Olharemos para o céu, juntos,
Sem medo do que virá no futuro.
Gostaria que você disesse novamente,
Mesmo que você esteja envergonhada,
Que enquanto estou contigo,
Você está completa.

Então, por favor,
Deixe sua mão sobre a minha,
Para que eu sinta o calor,
Que você projetou dentro de mim.

Bruno Tôp

sábado, 17 de abril de 2010

Utilidade

Não quero saber as consequencias,
O que eu quero, eu simplesmente quero,
Vamos, me dê,
Não importa se eu mereço,
Eu quero, idependente do preço...

O que te ofereço?
Não posso afirmar isso com tanta vontade,
Mas você é simplesmente a única coisa desperta desejo em mim.
Pode ser uma proposta ruim,
Porém é melhor que nada, não?

Eu sinceramente não ligo para o que dizem,
Eu nunca vou deixar você me deixar,
Simples assim,
Eu vou tentar parar o tempo para sempre,
Implantar meus desejos no seu coração.

Eu me sinto tão frio,
E quero você tanto,
Que não consigo resistir,
Ao seu jeito de sorrir.

Quero preencher esse vazio,
Nem que depois lhe deixe aos prantos,
Quero seu calor,
Independente de ser ou não o tal falado amor.

Eu me sinto tão sozinho,
Preciso tanto de você de alguma maneira,
Eu não consigo te esquecer,
Só fico ainda mais a te querer.

Pode ser que eu seja um tanto quanto mesquinho,
Isso não passa de uma grande besteira,
Eu fiquei obcecada por te usar,
Desde que percebi as cores do seu olhar.

Ver você, respirar você,
Obsessão, ilusão,
Desejo, carnal,
Amor ou imortal?

Pode viver sua vida,
Mas sem mim, sua alma estará partida,
Porque eu impregnei meu veneno,
De uma forma não forte,
Que você chega a ter sorte,
Por ainda conseguir ficar longe de mim.

Me dê tudo de você,
Não fique com medo,
A solidão não voltará a te visitar,
Eu afasto isso apenas com um sorriso,
Sei que meu charme lhe causa isso.

Saiba que no fim,
Seremos apenas nós dois,
E o que virá depois...
Bem... Responderemos o que deixámos para trás.

Afinal, você foi feito pra mim,
Então se o mundo desabar hoje,
Você ainda terá que vir me levantar,
E eu não vou te decepcionar...

Eu me sinto tão frio,
Que preciso do seu beijo,
Para acalentar meus desejos,
E principalmente, suprir meus desejos.

Não pense mal de mim,
Eu te quero, mais que qualquer outra pessoa,
Só não irei te priorizar,
Pois sei que assim você irá me amar mais ainda,
É a lei do amor...

Essa será sua utilidade,
Receber meu carinho,
Não me deixar sozinho,
E em troca, você receberá meu sorriso,
Eu sei, é como um vício, mas eu não me importo.

Bruno Tôp

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Caridade

É engraçado, que quanto mais a gente precisa,
Menos a gente tem...

Quando tudo ao redor fica escuro,
O medo prevalece sobre tudo,
Precisamos daqueles abrigos...
Aqueles que cativamos em peitos amigos,
Dos colos que nos fazem bem,
Que afastam qualquer incerteza do futuro.

Mas eles simplesmente estão ocupados,
Estão longes demais...
E ficamos assim, sozinhos...

Hoje, eu queria só um único carinho,
Um abraço aconchegado,
Ou um sorriso ensolarado.

Queria qualquer conselho sobre a vida,
Uma ou outra jura despercebida,
Preciso ainda de qualquer humor...

Pode parecer estranho,
Mas o vazio que sinto no peito,
Não tem outra cura senão,
Um aperto bem feito.

É que eu acordei assim,
Meio bom, muito ruim,
Sem poder entender o que quero,
O que sinto, e o que espero.

E a única companheira,
Que me acolheu, foi uma gelada.
Ficou ali calada, me suprindo o calor,
Congelando meu temor...
Fazendo o que ninguém mais pôde fazer.

Num ciclo triste,
Percebo que o relacionamento humano,
Simplesmente não funcionam comigo,
Pra mim, nessas horas, ele nem existe.

Afinal, hoje eu precisava de suspiros,
Afagos, choros, muxoxos, sorrisos, abraços,
Precisava de um nó nos meus laços...

Mas tudo que encontrei foi a solidão,
Tragando-me para um moinho,
Me triturando em um homem tão mesquinho...

Precisava de uma unica presença,
Pra me deixar feliz...
Um único beijo,
Um daqueles que diz,
'Eu amo você, e és muito pra mim'.

Não quero ser o tudo de ninguém,
Só queria um alguém,
Que me tratasse como prioridade,
Para que assim, não precisasse de amor por caridade.

Bruno Tôp

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Coração do Destino

Eu realmente, não fico bem,
Quando te vejo chorar,
Assim tão tristonha,
Que não deixa nada além,
Das lágrimas a escoar...

Mas a vida é assim mesmo,
Há coisas que você precisa saber,
Que você tem que perceber,
Por você mesma, e eu só posso assistir.

O dificil, é me acostumar,
Com essa posição de expecatador,
Sem poder fazer nada, para que a tristeza possa se esvair.

Pode parecer crueldade,
Mas não é,
O coração do destino sabe o que é melhor pra gente,
Se tropeçamos agora, é pra aprendermos a olhar por onde andamos,
O coração do destino é poetico... Te garanto isso.

A dor deixa seu coração no chão,
Isso é inevitável, e o amor,
Ah esse mistura tudo,
Deixando as coisas ainda mais confusas.

Você sabe que a vida é assim desse jeito,
Não da pra arrancar uma aflição,
Que se formou no seu peito,
Mas você pode olhar o lado bom da vida,
E tentar ofuscar um pouco as partes ruins...

Elas nunca vão desaparecer, eu sei disso,
Mas podemos sim deixá-las de lado,
Afinal, eu mesmo não consigo ficar mal,
Quando vejo seu sorriso, ou sinto o gosto dos seus beijos...
É por isso que vivo dizendo,
Que você é tudo que preciso, tudo que desejo.

O que virá no futuro,
Também me assusta,
Mas você não pode deixar que o medo,
Impeça você de sorrir.

Até porque, se você parar de sorrir,
Eu também o farei,
Isso não é nenhum segredo,
ou é?

Vamos juntos, de mãos dadas,
Encarando o destino,
Pois, apesar de ser ruim agora,
Ele tem um coração bom,
Eu sei que tem.

Bruno Tôp

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Para o Coração Repousar

Eu queria ser um pouco original,
Conseguir expressar,
Aquilo que todo mundo sente,
De um jeito diferente.

Mas, infelizmente,
Acabo preso ao geralmente,
Só conseguindo ser mais um normal...

Deveria haver um jeito simples,
De poder colocar o coração para repousar,
Apenas para ele poder parar de sangrar...

Só que isso não é natural,
Ele foi feito para latejar,
Rasgar a alma até não poder mais...

A solução é deixá-lo pra trás,
Um gole de aguardente,
E essa dor já não se sente...

Quando acordo as três da tarde,
Sentindo que todo meu pescoço arde,
As memórias da noite passada,
Estão todas embaçadas,
E a cabeça não para de girar...

O que fiz, não me condiz,
O que quero, é que espero.

Só lembro com exatidão,
Do copo de tequila com sal e limão,
E depois, meus coração foi repousar.

Essa tal de consciencia moral,
Vem só pra me deixar mal,
Só que por agora,
Vou mandá-la embora...

Não preciso do que me deixa aquém,
Já que não fiz nada além,
Daquilo que eu mesmo sou.

Mais um gole de tequila,
Pra embrulhar meu estomago e minha mente,
Tudo vai ficando dormente,
E meu coração volta a repousar.

Bruno Tôp

sábado, 3 de abril de 2010

Uma Estrada a Mais

As luzes passam tão rápido pela janela,
Você não está incomodada com os borrões de luz?
Seu olhar costumava a me seduzir,
Mas a frieza que ele ostenta agora,
Só me faz querer ir embora.

Se puder, encoste o carro,
Prefiro seguir andando,
Do que perpetuar essa situação incomoda,
Não é velocidade que me frusta,
Mas sim sua hostilidade.

Talvez a culpa seja minha,
Por não saber exatamente o que dizer,
Não me lembro exatamente se o erro foi meu,
Porém eu sei, que se estamos distantes,
A culpa também pode ser atribuída a erros seus.

Não é melhor pararmos?
Acho que já passou da hora de eu voltar pra casa,
Preciso rever o que realmente quero.

Sabe, eu costumava a ver o amor dos meus pais,
Cheguei a acreditar que o nosso amor,
Era igual ao deles, mas agora...
Preciso do meu lar, para pensar...

Tenho medo de envelhecer,
Me sinto muito bem enquanto ainda sou jovem,
Se eu desperdiçar o que Deus me ofereceu,
Como é que irei consegui viver, sem um arrependimento.

O engraçado é que o conselho do meu pai,
Foi justamente esse,
"Não entre de cabeça num relacionamento,
Se você puder ver alguma possibilidade de arrependimento"

E agora, estou nessa contradição...
Os bons momentos me fazem te querer mais e mais,
Só que a frieza de agora, me faz temer o futuro.

Ok, eu pensei um pouco melhor,
Não pare o carro, siga um pouco mais,
A lua cheia te fez sorrir,
E agora, te observando, percebi,
Que não posso viver longe desse sorriso...

Mesmo que ele demore pra aparecer,
Independente do quanto seja dificil de se obter,
Eu vou te fazer sorrir, teus olhos brilharem,
Porque preciso disso pra viver...

Desculpa se falei palavras duras,
É a estrada que me faz pensar loucuras,
E fico nessa, de me arrepender do que jamais me arrependeria.

Vamos seguir até o nascer do sol,
De mãos dadas, abraçados e cantando.

Mesmo que o carro venha a parar,
Nós sempre vamos continuar em frente,
Pois o destino nos fez seguir nessa estrada,
Entre a vida e a dor, eu encontrei seu amor.

Bruno Tôp

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Cores de Um Sonho

Misturando amor e dor,
Seu sorriso sempre viverá dentro de mim,
Quando a solidão me alcança,
Ela traz a lembrança do seu rosto,
E a lágrima que cai deixa esse gosto,
Salgado, saudoso, nostálgico...

O calor que já envolveu nossas mãos,
Nos abandonou, sem ter porque,
Deixou um frio,
Que planeja um destino tão sombrio...
Ah como eu queria aqueles dias de volta.

Memórias dos dias distantes,
São tão aconchegantes,
Apesar das pontadas que sinto no meu peito,
Não posso deixar de comparar,
Nosso amor, como uma flor,
Que murchou ao inicio do inverno.

Ouvir nossa canção,
Sentir a garganta engasgar,
É melhor que chorar.

Eu tenho que seguir em frente,
Não posso esperar, que o mundo irá mudar,
Tenho que acreditar, até o fim,
Vou caminhar, pra te buscar.

Eu quero novamente aquele seu sorriso antigo,
Preciso urgentemente dele, aqui comigo...

Vou te mostrar, que ele sempre esteve ali,
Que ele nunca morreu,
Só se refugiou em algum lugar afastado da sua alma,
Só não quis se macular com a dor que meu erro criou.

Tenho que te provar,
Que você continua podendo amar...
O amor nunca deixou de existir,
E nem nossos sonhos desenhados em conjunto...

Eles ainda poderão voltar a ter vida.

Estampados em seu coração,
As cores não desapareceram,
Só ficaram um pouco ofuscadas.

Se ficarmos juntos novamente,
Nossos sonhos voltarão a fazer sentido.

Bruno Tôp