quarta-feira, 30 de junho de 2010

Concha Protetora

Se mantendo sempre na sua,
Foi essa a primeira impressão,
Que tive sobre você.

Não que você não se manifestasse,
É só que sempre guardou sua onião,
Para aqueles que você confia.

Demorou bastante,
Mas hoje, posso me achar um tanto importante,
Por ser um dos poucos,
Que tem o lisogeio de lhe aconselhar.

Não sei quando comecei a lhe admirar,
Numa hora você era apenas uma amiga da namorada,
Na outra, era um dos meus maiores pontos de apoio.

Pra desabafar, sorrir, ou conversar.

Sem um fluxo muito constante,
Pois, assim como você,
Sou de câncer, e sei que não é qualquer um,
Que merece nossos conselhos.

Somos cautelosos por natureza,
Não queremos inteligencia, carisma ou beleza,
Apenas um colo que nos proteja,
Uns poucos alguém para chamarmos de abrigo.

Acho que por isso que me orgulho tanto,
De ser, talvez, seu melhor amigo.

E comos carangueijos que somos,
Quando encontramos nossa concha,
Não largamos tão rapidamente,
Queremos mantê-la, no mínimo, pra um eternamente.

Por isso, pra você Malu,
Guardo um carinho gigante,
Que está sempre aqui, constante,
Um espaço só seu,
Assim como sei que tenho o meu,
Em você.

Que todos os seus desejos,
Sejam mais que desejos, e se tornem realidade,
Pois, se a alguém que merece a felicidade,
É você, minha concha protetora.

E não se esqueça, nem duvide em momento algum,
A recíproca é verdadeira,
Quando precisar, é só chamar,
Farei de tudo para lhe apoiar,
Independente do certo e do errado,
Vou proteger você, de qualquer coisa que lhe entristecer.

Bruno M. Tôp

domingo, 27 de junho de 2010

Dica Aos Amantes


Eu já sabia que o amor era assim uma mão de uma via só, um sentimento que nasce num peito só, sem saber se existe reciprocidade; e mesmo assim me meti a amar uns certos alguéns. Pra quê? Não sei se posso responder essa pergunda, afinal, meu coração é desse jeito, cheio de 'querer', pouco de 'poder', porém, ainda assim, me arrisco a afirmar que foi pra sentir saudade.

O que mais incomoda é que os certos alguéns, somem, sem dar noticias, desaparecem, depois de cativar um espaço no peito, deixando um vazio de nostalgia, dizendo apenas um 'eu te amo', só por dizer. Acho isso puro egoísmo, queria muito mais um carinho, um abraço, um beijo... Afinal, de que vale um 'amo você', quando o peito está ensopado de tristeza e solidão? Acho eu, que as pessoas acreditam que utilizar o verbo 'amar' consegue encobrir a ausencia.

Muito mais útil seria um carinho inesperado. Mas poucos são aqueles que sabem amar e usar as surpresas do amor para alegrar. Mais raros ainda são aqueles que recebem esse carinho, se alegram, se surpreendem, sabem que seu amor é correspondido, não só por palavras, também por ações, demonstrações e sentimentos.



Por isso, caro(a) leitor(a), se existe alguma pessoa que você ama, por favor, não se contenha; surpreenda quem você ama; é muito bom.
Fica a dica.

Bruno M. Tôp

terça-feira, 22 de junho de 2010

Tão facilmente.

Seu coração é um túmulo, perfeitamente inviolável. Quanto mais eu me aproximo, quanto mais eu busco por pistas suas, mais fundo eu chego, mais eu me impressiono, é muito mais do que qualquer uma poderia imaginar, é um infinito congelado.

Não entendo como vim parar aqui, só sei que não consigo mais sair, nem fugir, sei bem que sou só mais uma na sua história, apesar de seus discursos dizerem que sou bastante especial, eu entendi minha posição quando seu sorriso fugiu da minha direção, se focando em outro olhar, nessa hora uma incerteza se apossou de mim, parecia o momento perfeito para pisar no futuro, mas eu não consegui.

Um pouco de afeto, sem mostrar os defeitos, apenas virtudes, sorrisos, fui me interessando cada vez mais, como uma presa que cai na lábia da raposa, que se hipnotiza pela sua beleza, não percebendo seus perigosos dentes. Antes, eu não poderia coexistir com o frio e a suspeira, hoje, minha vida dentro do seu coração, é toda fria e suspeita.

Sua boca é uma evidência incotestável, esses lábios cítricos que sempre voltam a me tomar, para deixar minhas pernas  bambas, e depois que estou arrependida, você me sorri enquanto entrelaça uma faca em meu coração.

E mais uma vez, você se esvai. Tirando tudo o que puder de mim, eu me tornei muito fraca, estás me tendo de um jeito muito fácil, fácil demais.

Aproveitando um dos momentos em que você me deixa a sós com a minha solidão e arrependimento, eu fugi. Deixei isso tudo para trás, mas a pergunta ainda continua.

Eu digo para mim mesma, "você não sabe a diferença entre o amor e a submissão", queria ter forças para te dizer a mesma coisa.


(...)



Depois de lágrimas salgadas junto a seus beijos doces, ela está dormindo com a cabeça em meu peito. O aroma de seus cabelos chegam ao meu inalar, estava com um pouco de saudade disso.

Sei que sou assim, um cafajeste por natureza, e que, por querer mesmo, estou te monopolizando sem me monopolizar. Sou um dos piores cafajestes que ela poderia encontrar. Uma das únicas raposas que não deveria se apaixonar.

Eu estou tentando me manter por aqui, ficar o máximo possível, mas já é tarde e eu preciso ir embora. Pode parecer cruel, mas se fosse diferente, talvez ela não tivesse toda essa dependencia por mim, é a incerteza de me ter, que a faz me amar tanto assim.

Só não queria quebrar o encanto, dos pensamentos que tenho quando a seguro em meus braços. Ela está tentando afastar um sonho ruim (eu já roubei tudo o que eu queria dela), com um sussurro chamando por mim (consegui tudo tão facilmente), e eu estou a deixando na cama, sozinha.

Meu coração é gelado demais para alguém entender. É complexo demais para alguém ter. Uma parte dele com certeza é dela, afinal, é a que mais aguentou essa posição. Porém, uma parte, na verdade, não significa nada.

E eu me vou, tão facilmente. Sem nenhuma culpa, vou voltar, e tê-la novamente, tão facilmente. 

"Seu Coração, é algo que não vou abrir mão, pois ele já é meu, tão facilmente." Um beijo na testa dela, e quando me levanto seus olhos marejados me encaram... Eu realmente tenho um fraco pela cor única de seus olhos. "Eu te amo"

"Você vai estar aqui quando eu acordar?". Dou um sorriso. "Eu prometo", e ela fecha os olhos sorrindo cheia de paz. Eu vou estar aqui quando ela acordar, em seu peito. Eu sempre vou estar em seu peito. Nunca quebrarei minhas promessas. Eu não deixarei o seu coração tão facilmente.

Bruno M. Tôp

sexta-feira, 18 de junho de 2010

pra conquistar só precisa de conteúdo (e beleza)



Sou fácil de conquistar, basta alguns elogios com um sorriso sincero, apenas um ‘eu te amo’, e eu sou seu. Todo o resto será desprezado, a beleza exterior não é importante, o que importa mesmo é seu conteudo ‘interno’.

Não dou o minimo para isso, é sério, sempre te disse “não é a beleza que me atrai, e sim um sorriso e um olhar”.

Você sabia disso, e por isso me conquistou, me fez dizer que te amava. Sempre serei seu, apenas pelo seu sorriso e suas palavras.
Então, por favor, me dê seu sorriso mais bonito, pois assim vou te amar. (…)

Você devia entender uma coisa, sou homem (e cafajeste). E vou te trocar, por um recipiente mais atraente. Não percebeu? Eu não me importo com beleza exterior, só acho que ela é a parte mais importante de uma mulher.

Bruno M. Tôp

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Covardia

Temos que avaliar melhor,
As pessoas que nos são importante,
Sabe, quanto mais próximo ficamos de alguém,
Mais fica dificil de perceber seus defeitos.

Fala para mim dessa nossa felicidade,
Que você acabamos de vivenciar,
Talvez você seja muito sortuda,
E não consiga perceber a alegria absurda,
Que eu sinto quando estou com você.

Os sorrisos e abraços de cumplicidade,
Todas foram bem guardados no meu peito,
Para lembrar sempre do grande bem,
Que só você consegue me trazer.

Sabe, quanto mais nos conhecemos,
Menos eu consigo perceber seus erros,
É o que o amor me faz,
Me torna incapaz,
Só me resta um riso bobo,
E uma vontade de teu colo.

Tudo bem se eu falar.
Nunca desista,
Corra atrás dos seus sonhos.

É engraçado como minhas palavras não servem para mim,
Agora os papéis se inverteram,
E eu, o ponto de apoio, estou perdido,
Procurando o abrigo, que só posso ter contigo.

Quanto mais tempo gastamos falando, menos nós fazemos,
Eu sei que deveria ser forte,
Mas na verdade, eu sou um covarde,
Sempre tive medo de admitir isso,
Porém, fiquei encurralado,
E agora o que resta é um topor durante os fins de tarde.

Uma promessa, que tudo vai ficar bem,
Pelo nosso amor,
Vou pressionar meu punho de coragem contra meu coração,
Com seu empurrão, vou sobreviver outro dia.

Desculpa,
Agora percebo,
Que nunca dei muito valor a isso,
Eu te amo,
Obrigado, por não me deixar abandonado.

Bruno M. Tôp

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Além Do Que Se Vê

Olha só, o tanto de coisas que te escrevi. É pra sonhar, se emocionar, e sorrir.

Eu não estou te vendo agora, mas tenho uma certa certeza que enquanto estais lendo esse texto, as tuas maçãs na bochecha se contraem, o peito fica descompassado, a respiração meio ofegante, e um sorriso se alarga em teu rosto. Eu sei, pois é assim que me sinto quando leio os textos que me escreveste, me pego abobalhado, sorridente, esperançoso.



Sei, que a tua solidão me dói, e que é difícil ser feliz, mais do que somos todos nós. Porém, não é minha culpa se o destino se atrasou em nos apresentar. Do jeito que foi atrasado, acredito até que foi erroneamente planejado, para que nós não fossemos um amor desses, que se pode achar num romance qualquer.

Sei, que o vento que entortou a flor, bateu também em teu rosto, trazendo o meu cheiro cítrico, enchendo teu coração de palpites. Sei também, que balançaste a cabeça, tentando me tirar da mente, mas eu já estava, supostamente impregnado no seu peito.

Eu sei, é o amor que ninguém mais vê, guardado só para 'nós'. Mesmo eu indo, podes até achar que te deixo só com um 'nó' no coração, solitário. Mas na verdade, eu estou bem preso, ao nosso 'nó', que não tem 's', pois é só nosso. Quer um exemplo? Só olhando para uma foto do teu sorriso, uma alegria percorre todo meu eu, estranhamente piegas, é verdade, mas é assim que me sinto, ultimamente quando penso, lembro ou sinto a ti.

É bom te ver sorrir, faz tudo se tranquilizar, quanto tudo está errado, é pro teu abraço que eu corro, pois ele não me cobra explicação, causa, ou consequencia, só está aberto para mim, enquanto estivermos a sós. Por mais que queiras negar, ele é meu, todo meu, deformadamente meu.

Talvez já tenhas percebido, e guardado só para ti, escondendo de tuas amigas. É assim mesmo, nosso amor, é muito Além Do Que Se Vê.

Bruno M. Tôp

domingo, 13 de junho de 2010

Um Fio Especial

Um abraço. Um sorriso, risadas, é o que mais adoro em 'nós'.

Meu colo, tem espaço para você e para mim. Na verdade, foi feito para você.

Eu sou assim mesmo, tenho que te mimar, dar dengo, só pra te fazer sorrir.

Brincadeiras, que te deixam vermelha, que te irritam, e então, eu faço aquela cara, tão tristonha, um biquinho, dou meu olhar mais carente, e você não resiste... Agora, só agora, antes de me deixar ir, suspira, e me olha com amor, o suficiente para me fazer dar meu sorriso mais sincero.

No meu abraço, você sempre terá seu lar, sem muita pressa, só um abraço, aninhada a mim, como nasceu para estar. Cochilando, com uma expressão tão serena, calmamente, lindamente...

Outono, Inverno, Primavera, Verão... Não importa a estação, estamos aqui, juntos, amarrados, por um fio invisível, um amor que nos une, nos prende, nos aquece, e felicita.

"O que quer que você faça na vida, será insignificante, mas é muito importante que você o faça, porque ninguém mais o fará, como quando alguém entra na sua vida; uma metade diz que você não está preparado, e a outra metade diz faça que ela seja sua para sempre."




Pra mim, só vale a segunda parte. Quero que você seja minha, assim, para sempre.

Tudo que você me faz, traz, e causa, resultam em momentos incríveis, geram um algo especial. Lembranças. Boas, estranhas, nostalgicas, saudosas, ruins, chatas, excitantes. Lembranças, que eu quero guardar pra sempre, junto a ti, no meu peito.

Talvez você perceba, que é preciosa demais, e que eu nunca vou deixá-la ir.

 Bruno M. Tôp

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Ninho

“Sem tirar nem por, com carinho, com amor”

Foram essas suas palavras no pé do meu ouvido. Numa voz rouca, vindas de lábios secos e temerosos; sua mão tremia na minha, seus olhos que antes demonstravam tanta certeza estavam com medo... Temerosos de que sua cartada final não fosse capaz de derrubar a barreira que coloquei entre nós. Mais uma tentativa de roubar um beijo, e com um pouco de resistência, eu consigo me manter firme.

-Por que não?

-Porque não é certo.

-E o que seria certo?

Meu silencio de constrangimento lhe rendeu um sorriso de confiança, eu tentava me manter forte, decidida, mas seus olhos amendoados me fascinam demais. Esse sorriso meio torto, de cafajeste me rouba o ar. Você não tem nada de lindo, mas olhando assim para você, desengonçadamente esperto, não posso deixar de pensar que todos as falhas foram feitas milimetricamente de propósito. É o seu charme, afinal, não existe um cafajeste bonito demais, existem cafajestes galantes demais. E você é um deles.

-Você nem sabe o que é certo.

-Sei que isso que você quer, não é.

Outra pausa, em que você passa a língua no canino esquerdo, enquanto dá seu sorriso mais malandro, uma mania sua, eu já reparei. Você chega mais perto e roça seus lábios no meu cangote, arrepiando todo meu ser. Com dificuldade, escondo um sorriso de prazer, sou teimosa demais para abrir mão de mim mesma.

-Se é isso que você quer... Só acho que o certo e o errado não deveriam interferir com o seu querer.

-Prossiga.

-Você me quer, eu consigo ver, nos seus olhos, no seus sorriso. – uma pausa calculada em que você avalia minha reação a suas palavras. Droga, eu odeio quando as maçãs da minha bochecha ficam rosadas, mas não consigo controlá-las, parece que elas fazem isso só para me entregar. – nos seus suspiros, e nos abraços...

-Nada além de carinho.

-Eu sei o que você quer.

-E o que seria?

-Eu.

-Puft.

-E eu te quero.

Perto demais, rápido demais, não consegui reagir. Não, não. Eu não queria isso, mas essa mordida no meus lábios inferiores, esse aroma ácido que vem do seu respirar (...)

-Eu disse que você queria.

-Mas o que fizemos é errado...

-Não, não é. Sabe, se tu queres algo, não deves deixar de fazer se tem uma oportunidade.

-Mas eu tenho um compromisso...

-É, eu sei, é amanhã, eu fui convidado lembra? – e você retira o convite que os padrinhos do meu casamento receberam.

-O que eu faço agora?

-O que seu coração mandar.

-Mas ele sempre fica confuso com você por perto. Sempre é assim, eu repito esse erro. – e lágrimas descem pelo meu rosto. Ótimo, era só o que faltava, agora você vai ter pena de mim. Não, por favor, beijos não, eu estou horrível, chorando assim.

-Salgado – você sussurra sorrindo e me faz soluçar um sorriso – não derrame-as por não saber o que quer, lembra do que me disse quando cometeu o primeiro ‘erro’?

É claro que eu lembro, fazem oito anos, desde que eu me deixei levar nesse furacão que é o seu coração, desde que você me adicionou a sua coleção, vindo me tirar para dançar a cada três onzenas. Eu sei o que disse, não me arrependo, pois eu te amo, mas queria poder ser um pouco diferente.

-Entenda só uma coisa: eu nunca vou deixá-lo ir...

-E vice-versa... - você beija meu nariz com sutileza - deixa eu te dizer uma coisa, sem você, é como se eu não tivesse asas para voar. Preciso de um local para descansá-las, por isso sempre volto...



-Eu sou seu ninho?

-Exatamente, como tinha que ser... E aqui estamos nós. – você aponta para o seu coração e depois para o meu... Mais um abraço com cheiro adocicado, e minhas forças se vão. Me deixo levar, mesmo sabendo que só será por uma noite, que amanhã, você vai sorrir e fingir para os outros que nada aconteceu. Que esse momento nosso, será só nosso. Porque somos assim, um do outro, no coração e na alma, sem mais.

Bruno Tôp