segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Estrela Cadente

Eu acredito na sua promessa,
É muito dificil ter coragem,
Para pronunciar quão precioso,
É o tempo que passo com você.

Você é como uma estrela cadente,
Um pássaro solitário,
Nós poderiamos ir pairando juntos,
Até o fim da escuridão da noite.

No fluxo do rio,
O tempo parece que estar prestes a escorrer,
Sempre continuamente,
Não esqueça que nunca está só.

Eu acredito na sua promessa,
É o presente mais precioso,
Que você poderia me dar.

A coisa mais importante está em seu peito ensolarado,
Se eu sou o gelo, você é um sol radiante,
Tão incostante, forte... Às vezes irritante,
E que também pode queimar da sua própria forma.

Nosso sonho à dois,
É como uma estrela cadente,
É como uma estrada após a chuva,
Sem nada claro, mas com o destino certo.

Ver seu sorriso, é como sentir o calor tocar minha alma,
Ele traz luz ao meu coração,
Coisas com as quais eu devia me preocupar,
Simplesmente se esvaiem,
Se tornam insignificante diante do seu olhar.

Não mentirei,
Eu amo suas qualidades,
Tenho averssão a alguns defeitos,
Mas no final, eu os aceito,
Porque simplesmente preciso de você pra sempre.

Quando estivermos distantes,
Levante suas mãos para o céu,
Estique-as o quanto puder para o ar,
Mais e mais alto, confiantemente, você pode alcançar,
Eu estou lá,
Sempre a respirar a mesma brisa que estará a te tocar.

Nosso iluminado futuro,
É como uma estrela cadente,
Ele brilhará por um longo tempo,
E em seguirá virá intensamente outra vez.

Sua promessa,
É o que me faz respirar,
E sentir que tudo vai melhorar,
Enquanto tiver seu brilho a me esquentar.

Bruno Tôp

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Ísis

Ela realmente acreditou,
Que é a protagonista de um conto de fadas,
Esqueceu de como era a realidade,
Da sensação e dos aromas,
Oferecidos pela vida.

Aos seus olhos,
Todos são personagens,
Das histórias que lhe contei,
Só que, agora que paro pra pensar,
Eu alterei algumas partes,
Para fazê-la se alegrar.

Qualquer lugar,
Em cima do chão,
E debaixo do céu,
Já está ótimo pra mim.

Mas ela, tenho os olhos nas estrelas,
Os pés nas flores,
Sempre sonhando e fantasiando.

Cuidado, a princesa desapareceu,
O principe nunca existiu,
O alasão se perdeu...
O castelo desmoronou...

Não sabia,
Que os contos de fadas arruinados,
Iriam gerar lágrimas,
No seu rosto tão adocicado.

A culpa é minha,
Porque, tecnicamente falando,
O príncipe que ele tanto anseia,
Está dentro de mim,
Mas acho que ele se pereceu,
Sendo subjugado por um dos quatro monstros.

O que devo fazer, pra alegrar a Ísis?
Minha missão é afastar o mal,
Só que, acho que isso não existe,
Numa rotina tão normal...
Eu realmente não sei,
Se conseguiremos terminar apenas felizes.

Não sei se ela desiste,
Só sei que os conceitos vão mudar,
Afinal eu não vou me adaptar,
Ao final feliz que ela está acostumada.

Bem, você se colocou num mundo mágico,
Porque nosso amor é real e trágico;

'Você não pode ver com os olhos,
Você pode achá-lo com o coração.'

'Não quero acreditar,
Se ele, de fato existe,
Pode ser visto com os olhos,
Até na escuridão,
Que vez por outra vem me abraçar'

Um colo quente,
Beijo com o sal das suas lágrimas,
Açucar das suas bochechas.

'Você acredita agora?'

'É... Contos de fadas podem existir,
Eu sei,
Porque estou vivenciando um agora,
Enquanto te vejo sorrir'.

Bruno Tôp

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Exceção

Em algumas noites passadas,
Fui até a varanda observar a lua,
Mas acabei prando no meio do caminho.
Eu vi meu pai chorar,
Ali, observando o céu, sozinho.
Escutei-o fraquejar.

Percebi que minha mãe já estava adormecida,
Mas seu travesseiro estava úmido e morno,
Tal igual sua face,
Senti o peito apertar.

Não pude confortar nenhum dos dois,
Só o coloquei pra deitar,
Com um afago nos cabelos,
E logo depois,
Percebi que irmão estava isolado.

Coração apertado,
Tudo estava engasgado,
Não quero me sentir assim por mais ninguém.

Só que você teve que aparecer,
Ser exceção, e descongelar meu coração.

Ele estava tão bem, parecendo vazio,
Transbordando frio,
Mas você tinha que mudar tudo...

Talvez já soubesse,
Que na verdade, o amor nunca deixou minha alma,
Ele hibernou,
Enquanto aguardava com calma.

E eu sempre vivi assim,
Mantendo me distante o suficiente,
Para que meu gelo ficasse intacto,
Até tinha jurado pra mim mesmo,
Que seria feliz com a solidão,
Porque nada valia o risco daquela dor...

Mas você se chama excessão,
Com um feitiço forte,
Infligiu um tipo de corte,
Que foi perfurando minhas barreiras.

Só que, eu ainda tenho essa má intuição,
Eu não consigo deixar de achar,
Que um dia você vai me deixar pela manhã,
E aí, o gosto das maçãs,
Fará meu coração se despedaçar.

Me deixe algum tipo de prova,
De que o que estamos vivendo,
Não é uma ilusão.

Er...

Mas você é a exceção...
Então, deixarei de lado essa intuição.

Estou acreditando no seu amor,
No nosso amor,
No calor que nunca vai me infligir dor.

Bruno Tôp