quinta-feira, 30 de julho de 2009

Alice

Pobre garota entristecida,
Sentada numa viela,
Num mundo tão obscuro,
Deixou de ser tão bela,
Quando que todos seus medos,
Estavam se tornando realidade.

Tudo que estava entorpecido,
Parece ter revivido,
Saíram do seu abrigo,
Acabaram com o segredo,
E estão tornando o mundo mais escuro.

Porque a humanidade não sossega?
Tudo já está sendo destruído,
Mas eles parecem querer mais,
Querem extinguir qualquer suspiro de paz.

Oh, Alice dos sonhos que não tinham cor,
Ela viu...Ttodo o mundo estava sem som,
Pessoas falavam, sem conseguir dizer,
Ouviam, sem conseguir escutar,
Escreviam textos, que nunca serão lidos,
Músicas, que jamais serão ouvidas.

Tudo foi tão pertubador,
Seu amor tropeçou enojado,
Até uma jornal abandonado,
Para ler com os olhos cheio de terror,
Que esse era o futuro da humanidade.

E para perder sua sanidade,
Se jogando do teceiro andar,
Deixando Alice tão solitária,
Nas suas visões imaginárias.

E veja só,
Todos eles se sentem tão inseguros,
Quanto ao futuro,
Que vem pela frente,
Sem perceber que o futuro,
Já está obvio na sua frente.

O crime jamais é exterminado,
As cidades estão tão cheias de ódio,
Todos estão com medo,
Isso já não é segredo.

Eu disse a ela,
Que já havia subido no palanque,
E falado o que tinha que dizer,
"Humanos são tão idiotas,
Mas hoje eles também se tornarão hipócritas,
Agarrem a esperança o mais rápido possível,
Poupem o mundo do seu fim tão previsível"

Porém, assim como tudo ali,
Minha palavras não tiveram som,
Assim como a vida não tinha tom,
Elas ecoaram silenciosas num abismo sem fim.

Alice sorriu, enfim,
Derrotada, pobre alma desamparada,
Eu a abracei,
E senti como se a esperança humana,
Toda contida em seu ser,
Começasse a morrer.

Todos seguiram suas vidas,
Sem importar com a mensagem vinda de mim,
Todas rezando para seu Deus particular,
Criado da sua necessidade egoísta,
De superar aqueles que estão ao seu lado.

E as palavras de raiva rasgaram meu peito,
Não sei como aconteceu daquele jeito,
Mas essas palavras tiveram som,
Essas palavras conseguiram sair com clareza.

"Ei, ei, humanos asquerosos,
Vocês não tem direito a deuses misericordiosos.
Ei, ei, humanos nojentos,
Vocês estão condenados por seus sentimentos.

Humanos medíocres,
É hoje que tudo se acaba,
E é no corpo desse humano miserável,
Que começo a essa maldição incurável."

Então tudo ficou vermelho,
Cada um deles, começou a se matar,
Como sempre quiseram,
O homem voltou a ser um animal,
Voltou a seu estado irracional.

E eu acordei,
Suado e atormentado,
E principalmente chocado,
Que aquele sonho,
Seja tão parecido,
Com a realidade que temos construído.

Pobre Alice,
Nunca mais acordou,
Desse sonho que em minha mente colocou,
Ela se foi,
Assim como a esperança,
Deixando um vagabundo,
Com o futuro do mundo.

Bruno Tôp

terça-feira, 21 de julho de 2009

O de Ódio, O de Otária

Idiotas são felizes,
Pois dentro deles,
Amores antigos,
Não geram cicatrizes.

Eu conheci uma idiota assim,
Cheia de um charme ancestral,
Com um sorriso fora do normal,
E que não quis amor vindo de mim.

Tempo passa, passageiro de um trem,
Que foi bem mais além,
Conseguindo nos reunir novamente,
Agora de uma forma diferente,
Enlaçados numa nova amizade.

O problema é que não foi uma amizade qualquer,
Ela roubou minha intimidade,
Se apoderou das minhas vontades,
E descobriu o meu eu de verdade.

Odeio isso, por isso a chamo de ódio,
Porque sei que nem todo o ópio,
Poderiam me livrar dela,
Não, essa relação tão bela,
Vai me perseguir até o inferno,
Porque o que tenho com ela,
Isso sim é eterno.

Mas apesar de tudo isso aí,
Eu tenho um grande medo,
Pois todos meus segredos,
Estão com ela,
A reciproca também é verdade,
Porém é perigoso e sensacional,
Ser dependente de um ser tão anormal.

Tudo porque Júlia Dias,
Não sorri de alegria,
Mas sorri da desgraça dos outros,
...
Isso é mentira,
Mas não duvido nada,
Que um dia, ela dê uma risada,
De uma alma machucada.

Tuns, tunts, tun.
O tempo passa,
E o número nove se tornou um,
Hoje sem me preocupar em ser bossal
Sei que sou o melhor amigo,
E sei que sou o segundo onde ela busca abrigo.

Ela é otária,
É idiota e insuportável,
Às vezes até intragável,
Mas é a única que aceita cair em todas as pegadinhas,
E que sabe que nunca ficará sozinha,
Porque me tem ao seu lado,
Até quando o que fez foi errado.

Eu te odeio, sua otária da minha vida,
E para que essa data não passe despercebida,
Vou te esmurrar e talvez te morder,
Pra te marcar com minha arcada dentária.

Só assim tu vai sempre lembrar,
Que és minha otária,
E Quem é que vai sempre te irritar,
Fazer as coisas ruins passar,
Piadas infames contar,
Só pra te alegrar.

Bruno Tôp

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Maçã Verde

Já me disseram uma vez,
Que as mulheres são como maçãs,
Todas estão em grandes macieiras,
Segundo esse ditado,
As melhores estão no topo.

Disseram ainda,
Que os homens são covardes,
E preferem não se aventurar,
A tentar pegar as que estão lá em cima,
Preferem pegar as maçãs podres que já cairam,
Que já foram deixadas no chão por alguém.

Algumas cansam de esperar,
E se deixam cair no chão,
Para pelo menos serem experimentadas.

Outras, mais orgulhosas,
Se seguram firmes e se puderem,
Se escondem entre as folhas,
Pois não querem deixar que qualquer um,
Querem ser escolhidas só por UM.

Tecnicamente falando, eles não estão certos,
Tudo depende do ponto de vista.
É claro que as mais lindas,
São as mais complicadas de alcançar,
Porque estão no topo.

Mas de nada adianta pegar a maçã,
Que está no topo da árvore,
Se ela tem o mesmo gosto das maçãs,
Que já estão no chão.

Pois na verdade, todo homem,
Busca apenas um único pomo,
A maçã verde,
Que está escondida,
Entre tantas maçãs rubras.

Para cada homem existe uma maçã verde,
Cabe a ele perceber,
Se ela está no topo da árvore,
Ou jogada no chão.

Ela é a única que tem um sabor especial,
Que faz com ele se sinta fora do normal,
Então, se você é mulher,
Não espere que o homem chegue no topo,
Porque às vezes, os que chegam ao topo,
Não são o homem certo pra você.

E se você é homem,
Não morda maçãs demais,
Senão vai sentir que aos poucos,
Seu paladar vai se tornar insignificante.

Ou seja, quando você achar sua maçã verde,
Já não vai poder perceber,
O quão especial é o seu sabor.
E esse sabor,
É o que chamam de amor.

Bruno Tôp

sábado, 11 de julho de 2009

Meu Abrigo

Quando estou contigo,
Parece que o tempo para,
Nos seus braços encontrei meu abrigo,
Para viver feliz o resto da minha vida.

Quando vejo teu sorriso,
Eu fico tão abestalhado,
Que mesmo se eu tiver transbordando de raiva,
Eu esqueço tudo sem aviso,
Fico todo atrapalhado,
Admirando o sorriso mais lindo do mundo.

Eu sou idiota,
E às vezes pessimista,
Por isso ignore esse meu lado egoísta,
E saiba que eu sei que você me ama,
Porém minha cabeça não me deixa acreditar.

Desculpa, e obrigado,
Por estar ao meu lado,
Por me fazer feliz,
Mesmo eu sendo imbecil e vagabundo.

Eu queria estar contigo pra sempre,
Queria que os momentos em que estamos juntos,
Fossem eternos, que cada segundo,
Durasse toda a eternidade.

Quero poder falar contigo por todos os assuntos,
Almejo te beijar pra sempre,
Tomar cada parte sua,
Para mim, porque você é minha,
E só minha.

Pois você é minha bruxinha,
Que enfeitiça todos os dias,
A razão da minha alegria,
A cor da minha vida,
O sabor da minha rotina.

Que hoje completa dois meses,
Os mais felizes que já passei,
Mas sei, que pra sempre serei,
Pois vamos fica juntos pra sempre não é?
Te amo, de verdade.

Bruno Tôp

terça-feira, 7 de julho de 2009

Lily [2]

Aquela foi uma noite solitária,
Os arruaceiros dizem que isso nem é tão mal,
Os sonhadores vão te deixar feliz,
Lily sempre está disposta a conversar.

Relações imaginárias,
Se tornaram tão natural,
Que distinguir o que sonhei do que ela diz,
É tão dificil quanto fazê-la dançar.

Tecnicamente, Lily é imprevisível,
Fazendo o quer, independente de ser impossível,
Afinal, se me lembro bem,
E normalmente não me lembro bem,
Ela chegou simples, como um temporal.

Parecia que ia ficar para sempre,
Mas se foi do nada,
Me colocando numa cilada,
Me trazendo vários problemas,
E pior, criando um tremendo dilema,
Eu a amava, ou nem me importava?

Sei lá, a culpa é totalmente dela,
Além de sua face ser tão bela,
Seus cabelos cor de acaju,
Se completam com seus olhos de esmeralda.

A partir dai, passei a apreciar o céu,
E seu imenso azul,
Passei a apreciar o gosto da cevada,
E a acreditar em contos de fada,
Nada incomum certo?

Se eu fosse mais jovem,
Eu teria escondido meus sentimentos,
Embaixo do me cobertor,
Para que não fossem levados pelo vento,
Até os ouvidos de Lily.

Sua história de vida,
É tão parecida,
Com a narrativa que usei,
Pra mostrar o que já vivenciei.

Até então, eu não acreditava no destino,
Mas tive que abrir mão dessa posição,
Pois até o mais teimoso menino,
Sabe quando tem a cabeça e coração,
Totalmente abalados,
Por um sorriso tão levado.

O problema é que eu não entendo nada,
Não entendo o que essa garota abobalhada,
Quer comigo, não sei se ela me quer só como amigo,
Ou se vê em mim seu único abrigo.

Eu vou estar aqui sempre, Lily,
Vou estar aqui quando seu coração parar de bater,
Vou estar por aqui quando você sofrer,
Vou estar quando você parar de sorrir,
E não tiver ninguém pra te ouvir.

Mas não se engane,
Eu nunca disse que te amo,
Se todo dia eu te chamo,
É porque, sem dúvida alguma,
Você se tornou um cigarro pra mim,
E como todo viciado que fuma,
Preciso te tragar alguma vezes por dia.

Pegue seu violão,
Cative meu coração,
E talvez, só talvez,
Passarei a noite com você mais uma vez,
Não prometo nada,
Afinal, ainda não quero que você fique apaixonada.

Bruno Tôp

domingo, 5 de julho de 2009

Quebra de Rotina

Eu nunca estive bem,
Eu achei que tudo seria incolor,
Achei que o tempo era inutil,
Eu me lamentava por não ter ido embora.

Tudo sempre era a mesma coisa,
Eu tentei e tentei,
Mas tudo que eu encontrava,
Perdia o sabor na hora,
Nunca senti que poderia ser alguém.

Sempre desejei viver em outro mundo,
Num mundo que teve origem em sonhos,
Um mundo que sempre é descrito em livros,
Que sempre está nas musicas bonitas,
Mas ele sempre foi tão impossível pra mim.

Mas foi ai que você apareceu,
Parecia ser só mais uma menina,
Que não mudaria em nada minha monotona rotina,
Só que de repente, tudo ficou diferente.

Pela primeira vez eu decidi não ficar me segurando,
Decidi dizer tudo que eu queria,
Pela primeira vez eu me arrisquei,
Para poder ter meus próprios motivos de alegria.

Foi só quando fui sincero com você,
Que aprendi que mentir nunca fez sentido,
Se você não tivesse me percebido,
Acho que ainda estaria perdido.

Por isso, eu decidi mostrar a você,
Todo meu amor...
Pra você entender,
Que sem isso, não consigo sobreviver.

Doce amor, como eu vi em meus sonhos,
Como previ nos versos que componho,
Toda minha felicidade,
Está contida no seu sorriso.

É uma pena, mas os dias em que não podemos nos ver,
Ainda existem, só que prefiro esquecer deles,
Mesmo sabendo que estou me enganando...
Sabe eu gosto de me enganar,
Só pra poder ficar pensando em você.

Por isso eu preciso de você aqui,
Você deu luz a minha vida,
Deu cor ao dia-a-dia,
Trouxe um doce aroma pro meu coração,
Criou um vicio na minha alma.

Então continue a ser,
Minha estrela cadente,
Que junto comigo,
Formaremos um cata-vennto diferente.

Seja minha flor estonteante,
E não esqueça,
Se anjos realmente existerem,
Então você é um deles.

Bruno Tôp