terça-feira, 7 de julho de 2009

Lily [2]

Aquela foi uma noite solitária,
Os arruaceiros dizem que isso nem é tão mal,
Os sonhadores vão te deixar feliz,
Lily sempre está disposta a conversar.

Relações imaginárias,
Se tornaram tão natural,
Que distinguir o que sonhei do que ela diz,
É tão dificil quanto fazê-la dançar.

Tecnicamente, Lily é imprevisível,
Fazendo o quer, independente de ser impossível,
Afinal, se me lembro bem,
E normalmente não me lembro bem,
Ela chegou simples, como um temporal.

Parecia que ia ficar para sempre,
Mas se foi do nada,
Me colocando numa cilada,
Me trazendo vários problemas,
E pior, criando um tremendo dilema,
Eu a amava, ou nem me importava?

Sei lá, a culpa é totalmente dela,
Além de sua face ser tão bela,
Seus cabelos cor de acaju,
Se completam com seus olhos de esmeralda.

A partir dai, passei a apreciar o céu,
E seu imenso azul,
Passei a apreciar o gosto da cevada,
E a acreditar em contos de fada,
Nada incomum certo?

Se eu fosse mais jovem,
Eu teria escondido meus sentimentos,
Embaixo do me cobertor,
Para que não fossem levados pelo vento,
Até os ouvidos de Lily.

Sua história de vida,
É tão parecida,
Com a narrativa que usei,
Pra mostrar o que já vivenciei.

Até então, eu não acreditava no destino,
Mas tive que abrir mão dessa posição,
Pois até o mais teimoso menino,
Sabe quando tem a cabeça e coração,
Totalmente abalados,
Por um sorriso tão levado.

O problema é que eu não entendo nada,
Não entendo o que essa garota abobalhada,
Quer comigo, não sei se ela me quer só como amigo,
Ou se vê em mim seu único abrigo.

Eu vou estar aqui sempre, Lily,
Vou estar aqui quando seu coração parar de bater,
Vou estar por aqui quando você sofrer,
Vou estar quando você parar de sorrir,
E não tiver ninguém pra te ouvir.

Mas não se engane,
Eu nunca disse que te amo,
Se todo dia eu te chamo,
É porque, sem dúvida alguma,
Você se tornou um cigarro pra mim,
E como todo viciado que fuma,
Preciso te tragar alguma vezes por dia.

Pegue seu violão,
Cative meu coração,
E talvez, só talvez,
Passarei a noite com você mais uma vez,
Não prometo nada,
Afinal, ainda não quero que você fique apaixonada.

Bruno Tôp

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