segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Éris

Usando óculos mágicos,
Vejo a vida como verdadeiramente ela é,
Nada de sentimentos fantásticos,
Só a humaninade nua e crua,
Que vai ingerindo as sementes com um passatempo,
As sementes da esperança desse mundo.

Você, como se comporta?
É capaz de controlar seus istintos,
Ou é apenas mais um humano cheio de desordem.

'Como a grande Éris um dia falou,
Os humanos não precisam de nada,
Eles sozinhos, vão se auto-destruir...'

Existe esse silêncio,
Que está ecoando,
Em florestas, que outrora foram cheia de vida,
Agora são só vestigio do veneno,
Que o homem destilou nos seios da mãe Gaia.

E entre ele, e o sono eterno de Nix,
Existe um grande vazio,
O buraco que Éris preveu,
Antes mesmo de existir a linha do destino...
Todos estamos indo para o Tártaro,
Tudo culpa da desordem...

Quando eu me tornei o sol,
Consegui iluminar a vida dos homens,
Porém, não sei se o caos
Que alimenta a beleza de Éris,
Vai deixar minha luz chegar aos olhos deles.

Pobre humanidade,
Sem nenhum futuro,
Abandonou suas divindades,
E agora vive num mundo,
Cada vez mais obscuro...

Desordem, respeitem a desordem.
Veneno, aceitem o veneno,
Caos, adorem o caos.
Tolos humanos,
Não percebem que no fim,
Éris não fez nada...

Apenas sugeriu tudo,
Lembram do pomo de ouro?
Foi a primeira sugestão dela...
Desordem, ela é a deusa,
Por isso que a venero.

Bruno Tôp

sábado, 29 de agosto de 2009

Bem

Eu já não consigo lembrar,
Como minha vida era antes,
Agora que encontrei o amor,
As coisas passam,
Ficam mais confortáveis,
Parece que tudo está dando certo.

Depois de todos os obstaculos,
Que passamos juntos,
Não me espanto quando me pego,
Pensando nesse assunto,
Sem acreditar, que tudo acabou assim.

Eu já achei que seria impossível,
Que um dia eu realmente pudesse ficar com você,
Também, não dependia só de mim,
E os erros que cometemos,
Me fizeram acreditar, que no fim,
Cada um iria seguir pelo seu próprio caminho.

Mas aqui estamos nós,
Contrariando todas as perspectivas,
E hoje eu sei,
Que o som que mais agrada minha vida,
É escutar da sua voz,
Um singelo e muito belo,
"Eu Te Amo"

E eu vou ficar feliz,
Sempre que você ficar feliz,
Independente do futuro que vier a seguir,
Se estivermos juntos ou separados,
Eu sempre vou lembrar,
Como é amar e ser amado.

Eu sei que estamos bem,
Pois, todo o egísmo se esvai,
Quando eu observo seu sorriso,
A simplicidade do amor,
Ainda me surpreende às vezes.

Eu sinceramente, nunca acreditei nisso,
Mas aqui estou eu, tão apaixonado,
Idiota o bastante para parecer abobalhado...
É eu sei que você é o que me faz bem.

A razão do meu viver,
Hoje se resume totalmente a você...
O Náutico, as cervejas,
E até a minha fámilia,
São só entorpecentes,
Para me afastar da dor,
Que estar longe de você.

E por isso eu te digo,
Que meu único abrigo,
É colo, são teus braços,
São teus beijos,
Aqueles nossos abraços,
Logo não tenho dúvida,
Quando eu afirmo: "Eu te amo".

Eu sei que estamos bem,
Que ficaremos bem,
Nosso amor não é nada,
Senão o mais nobre amor.

Bruno Tôp

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Laranja

Desejei ter um gosto doce,
E ao mesmo tempo ter um pouco de acidez.

Eu desejei renascer como uma laranja.
Para que o mundo percebesse,
Que posso ser doce e azedo.

Meu sabor só depende da minha alegria,
Das minhas inseguranças, dos meu medos.

Eu consigo sentir isso,
Um por um, cada um vai perecendo,
Os sonhos e os ideais vão aumentando,
Minha dividas crescem,
Meus medos não diminuem.

Mas eu ainda posso ser um laranja
Hoje, eu tentei
Comer uma laranja,
Mas ela estava tão azeda
Que eu lacrimejei.

Eu não poderia deixá-la para trás, como eu já passei,
Eu estaria desprezando um pedaço de mim mesmo...
Então eu comi tudo.

Laranjas e humanos, são todos iguais,
Eles são semelhantes, mas diferentes,
Tangerinas, cravo, lima...
Amigos, familiares, namoradas...

Como são os corações dos dois povos.
Eu não quero ser ferido,
Então, eu estava fugindo.
Deixei uma casca crescer ao meu redor,
Eu fugi, me escondi, fui covarde.

Então até mesmo à luz,
Não chegava aos meu olhos...
Nem mesmo o sol,
Não consegue me iluminar.

Eles juntos são um milagre né?
Reuniões e amor,
Sementes e gemas,
E mesmo que os frutos ainda estejão verdes.
A cor vai se tornar laranja.

Toda folha verde,
Um dia, dá lugar a uma flor branca,
Que após algum tempo,
Se torna um belo fruto laranja.

Permitam-me lembrar,
O pôr-do-sol que vi nesse dia...
Nossas duas sombras,
Se tornaram uma só,
Naquele cenário apaixonado,
Tudo graças ao céu alaranjado.

Gostaria de saber se as laranjas
Algum dia vão ficar eternamente doces...
Ou será que vão sempre ficando mais azedas?

Eu não quero saber o meu futuro,
E eu comi tudo. como aquela laranja azeda,
Eu vou aceitar o que vier...

Meu amor, eu a adoro,
Se eu pudesse, eu sei que estaria chorando,
Se as lágrimas pudessem ser derramadas,
Eu sei que minhas bochechas estariam molhadas.

Eu a amo, por isso, meu coração chorando,
Porque sei que a culpa é minha,
Sou o culpado de te deixar tão mal...

É azedo, eu sei que meu sabor é azedo...
Como uma laranja que foi ficando ruim,
Antes que ter você em mim,
Eu já tinha adiquirido esse gosto ruim.

Eu sou uma laranja,
Que apesar de azeda,
Ainda pode ser espremida,
E voltar a ser doce,
Quando se tornar um suco.

Bruno Tôp

domingo, 23 de agosto de 2009

4 Máscaras

E nós chegamos a isso,
Um ponto em que não da pra prosseguir,
Muito menos retroceder,
É só uma despedida,
Mas não é fácil assim.

Sei que assim como eu,
Você imaginando os caminhos,
Que poderiam se abrir,
Se continuassemos juntos,
Mas não dá mais,
Teremos que prosseguir sozinhos.

O mais egraçado,
É que não há ressentimentos,
Não há sangue, não há lágrimas,
Só um sentimento frio,
Apenas um imenso vazio,
Deixado pelo relacionamento,
Que perdeu seu significado.

Você tão espirituosa,
Está se sentindo martirizada,
Eu, tão rancoroso,
Estou fadado ao remorso,
E tudo que eu queria,
Era eliminar qualquer arrependimento,
Pra quem sabe, algum dia,
Voltar a ser feliz.

Mas isso nunca vai ser desse jeito,
Meu futuro, tudo que eu irei realizar,
Depende do que eu fiz,
Então, primeiro tenho que me encarar,
Para, se preciso, apagar,
O que tiver de apagar,
E reunir, todas as personalidades que criei.

Está na hora, do menino confuso,
Se levantar do escuro,
E aceitar a mão do galanteador inescrupuloso.

Já é tempo,
Do espantalho sem um parafuso,
Junto com todas suas verdades incovenientes,
Ficar amigo do poeta,
E só com todos unidos,
Eu vou poder encarar aquilo tudo que fiz.

Colocando pra descansar,
O que você pensou de mim,
Fundindo os quatro em um só,
Num apertado nó,
Para que eu finalmente veja,
Quem realmente sou eu.

Então deixe a misericórdia ir embora,
Já passou a sua hora,
E perceba, antes tarde, sem alarde,
Que você me adora.

Perceba,
Que eu vou recomeçar,
Com ou sem você,
Sua decisão pode apagar tudo,
Ou só recomeçar.

Nós não podemos mais continuar em frente,
Não do jeito que está.
Eu estou errado,
Minhas máscaras estão caindo,
Então, por favor, vá logo decidindo,
O que você vai fazer.

Porque não há nada,
Que eu queira mais, do que você,
Só por você, minha mentiras foram subjugadas,
Você trouxe minha verdadeira natureza à tona,
Então decida,
Vai me estender a mão, ou me derrubar na lona?

Bruno Tôp

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Vá Sonhar.

É melhor você ir sonhar,
Sonhe minha querida,
Eu não posso te escutar,
Não enquanto você está acordada,
Não daqui das estrelas,

Eu fico aqui sozinho,
Esperando você ir sonhar,
Para que você venha visitar,
Nosso pequeno planeta perfeito,
Que está a vagar tão solitário,
Na vastidão do universo,
Enquanto sua rainha não volta a sonhar.

Por favor, vá dormir minha querida,
Sua morte será bem-vinda,
Você alcançará a eternidade,
Tão linda do jeito que está,
E voltaremos a ficar juntos,
Dessa vez, poderemos reinar,
Nosso planeta por todo o existir.

Você é a única,
Que consegue fechar a porta,
E trancar a luz,
Você é a única que me seduz,
Mesmo depois da minha morte.

Foi uma grande falta de sorte,
Que no momento em que estavámos juntos,
No momento que tudo estava perfeito,
A morte veio me visitar,
E agora eu estou a pairar,
Durante todo o dia,
Esperando você voltar a sonhar,
Pra poder finalmente te abraçar.

Sei que é egoísmo,
Mas eu sei que é o que você quer,
Não suportei te ver chorando,
E não poder te confortar.

Hoje você sabe que pode me encontrar,
Toda vez que conseguir sonhar,
Então, antes de deitar,
Não esqueça de deixar os vidros abertos,
Para que eu possa sempre estar por perto.

Pode não parecer,
Mas a morte até faz sentido,
Depois de tudo que você tem vivido,
Percebo que estar ao meu lado,
No nosso planeta imaginário,
É o único destino pra dois seres tão apaixonados.

Então, por favor, vá dormir,
Venha até mim, com seu vestido mais belo,
Venha, minha rainha,
Vamos ficar juntos,
Eu deveria pedir desculpa a sua mãe,
Mas não posso justificar meu egoísmo,
É o amor, que me fez tão nojento.

O nosso futuro,
É tão puro,
Você consegue ver não é?
Não, não precisa se apressar,
Hoje você não vai mais voltar,
Hoje foi o primeiro dia,
Da nossa eternidade.

Bruno Tôp

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Capitulo VII

Meu coração, mais uma vez foi perfurado,
Preso num mural lotado,
De outros corações desfigurados,
É legal saber que não sou o único machucado.

Os furos estão lá,
Se não der muito trabalho,
Trate os com aromas adocicados,
Quando eu deixar de ser um espantalho,
Vou até aí pegá-lo de volta.

Claro, se eu conseguir chegar até meu destino,
Porque eu sempre volto a ser um tolo menino,
Toda vez que tenho meus olhos hipnotizados,
Pelo cabelo castanho avermelhado,
Que ela adora me mostrar.

Minhas mentiras mais planejadas,
Deveriam iluminar seu jeito de sorrir,
Deveriam contruir uma ilusão,
No seu puritano coração.

Mais agora, cá estou eu,
Um espantalho abobalhado,
Que substituiu o trapaceiro fracassado,
Sorrindo sem saber o motivo,
Só por estar vivo.

Pobre do menino,
Tão traumatizado,
Que deixou o trapaceiro tomar seu lugar,
E agora me vê fracassar...

Só me resta passar,
O bastão para você, meu caro poeta,
Sei que não tinhas a intenção,
Mas no momento que te criei,
O meu lugar te dei.

Cuidado com as artimanhas,
Que aquela doce piranha,
Sem querer destila,
Nos seus ouvidos,
Tão desprotegidos.

Ela teve sua vingança,
Conseguiu nos fazer amar,
Mas sei que você,
Que é um poeta,
Vai coseguir o coração dela tomar.

Se você fracassar,
Então será o quarto do nosso time,
Que falha em tentar viver nesse mundo.

Não deixe o vidro se quebrar,
Ela logo vai se recuperar,
Vai, eu não consegui escrotar,
As piadas perderam a graça,
Os conselhos não tiveram efeito,
Agora só versos tão lindos,
Poderão ser pela sociedade, bem-vindos.

Você irá acordar em uma quarto desocupado,
Sentirá seu corpo cheio de lesões,
Foi ela, a ladra de corações,
Que não percebeu o que fez,
Quando os meus... não agora eles são seus lábios,
Tomou para si.

Não se esqueça,
Ela não sabe do que é capaz,
Porém é muito perspicaz,
Não seja tolo,
Você não precisa de consolo,
Seja o poeta galanteador,
Que nasceu para ser.

E se lembre,
O menino puro já falhou,
O trapaceiro inoportuno já falhou,
O sincero incoveniente que lhe fala,
Acabou de falhar,
Agora é a chance do poeta tentar.

Bruno Tôp

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Bianca

Ela é uma garota perspicaz,
Está sempre fazendo o impensável,
Eu acho que não escolha,
A não ser viver girando ao seu redor,
Atraído por ela, por uma força gravitacional.

O problema maior, é que ela não é maleável,
Muito intolerante,
E o pior,
Eu sei que sou incapaz,
De tomar uma atitude racional.

Ela gosta de ficar alcoolizada,
Nada de errado nisso certo?
Afinal, estou sempre por perto,
Mas sinto que ela se sente culpada,
Por não saber o que sente por mim,
Pobre Bianca errante.

Pare de chorar,
Eu sei que você adora o gosto,
Das lágrimas que descem pelo seu rosto,
E acabam ne perdendo em nossos lábios,
Enquanto trocamos beijos estranhos.

'Eu lembro dele?'
'Não, você o faz parecer tão ruim'
'Então qual o problema?'
'É que eu não consigo tirá-lo de mim'
(...)

'Mas não é pra você tirar'
'Como não, ele só me fez chorar'
'Justamente... Ele é uma degrau,
Que você teve que escalar,
Para a felicidade alcançar'
(...)

'Ouch, sua violenta! Porque etá sorrindo?'
'Você é tão idiota, que acho que talvez,
Meu coração esteja se abrindo,
Voltando a baixar seus espinhos'
'Consegui isso com muito suor,
Tapa, beijos e carinho'
'Cale a boca'

Tudo está se equalizando,
Acho que ela está se sentindo melhor,
Depois de uma manhã de ressaca,
Ela se sente nova em folha,
Até parece que a dor de cabeça foi estourada,
Como se fosse uma bolha,
Ela realmente é especial.

'Não sei pra que tanta frustração,
Ela escolheu sua opção'
'Não gosto do rumo que tudo está tomando,
Ela nem sabe se está amando,
Porque teve que me abandonar'

'Porque ela não percebeu o quão é perigoso,
Se afastar do seu abrigo mais caloroso'
'Hein?'
'De você, amigos são nossos abrigos... Ouch!'
'Não fale por enigmas!'
'Gosto de paradigmas...'

Então, do nada, ela voltou a odiar,
Um ódio que abranje tudo,
Todos seus relacionamentos,
E seus conteúdos.
Bianca quer ir pra longe de mim,
Como se eu fosse o estopim,
Para tudo que acontece de ruim.

'Por favor, me leve daqui,
Antes que vire uma estatua torta,
E todos os meur arumentos,
Sejam usadas contra mim,
Antes que eu esteja pior que morta,
Não me deixe voltar a ser,
Uma garota triste e soznha'

'Você é tão covarde...'
Eu disse isso com serenidade,
E ainda assim, levei ela pra fora da cidade,
Deixei que ela passasse toda uma tarde,
Olhando o crepusculo nas areias claras.

Não somos um casal,
Somos só dois idiotas,
Que não tinha nem uma esperança remota,
E acabamos juntos no final.

Engraçado isso...
Eu e Bianca...
Quando tempo será que vai durar?
Só sei que enquanto não decidimos isso,
vamos ficar sentados nessas areias brancas.

Bruno Tôp

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Chamas de Gelo

Eu sei que você não vai aceitar,
Mas por favor, aceite,
Isso não é o fim,
É só um recomeço.

Não que tudo esteja bem,
Na verdade, é o contrário,
Eu estou indo embora,
Porque chegou minha hora,
Mas isso não quer dizer,
Que eu não volte a ver você.

Você tem que ficar,
Porque não existe mais 'nós dois',
Não mais hoje,
Quem sabe depois,
Eu não sei nada quanto ao futuro.

O fogo está lambendo as florestas,
Eu preciso ir, antes que incendeie tudo,
Você precisa limpar tudo,
Eu sei que você consegue,
Você é forte,
Eu só preciso ter um pouco de sorte.

Vamos espairecer, olhar pra todos os lados,
Os rostos que costumávamos a ignorar,
Agora vão nos relaxar.

Eu sei que estou colocando em xeque,
Algo que é perfeitamente lindo,
Mas eu não consigo mais seguir adiante,
A culpa é minha, você só errou em me escolher,

Se isso lhe serve de consolo,
Estou machucando meus inimigos com isso,
Essa dor me enche de uma alegria,
Uma alegria vazia, mas é melhor que nada,
Pois se eu continuasse aqui,
Iria destruir tudo, até essas sensações tão frias.

Eu vejo você chorar,
Praguejar, implorar pra eu ficar,
Sinto pena, mas não posso ficar,
Pois todos que meu amor abraça,
Aos poucos, os envenena.

É como gelo, que é agradável no começo,
E começa a queimar no fim,
Eu estou destruindo você,
Que é uma floresta tão sadia,
Estou queimando com chamas de gelo,
Toda a vida que há em você.

Cada lágrima sua derramada,
Está me empurrando,
Para um abismo tão escuro,
Que duvido que conseguirei emergir no futuro.

Eu sei que você está falando,
E minha boca está sangrando,
Por eu não poder responder, por eu não poder ceder,
Eu queria te beijar, queria poder fraquejar,
Mas não posso, sou idiota demais para isso.

Siga adiante, sei que é dificil,
Seguir por um novo caminho,
Será como atravessar um orifício,
Mas você consegue,
Pior sou eu, que estarei sozinho,
Com minha culpa intacta.

Por favor, aceite,
Não é um 'adeus'
É só uma despedida,
Que passará despercebida,
Quando essa ferida for esquecida.

Eu te amo,
Mas isso não é o bastante,
Sei quando o relacionamento é deverás conflitante,
Para dar certo,
Então eu estou me retirando,
Não podemos ficar perto.

Eu iria te congelar,
E nunca iria me perdoar.

Desculpe, por te amar,
E ter feito você me amar.

Bruno Tôp

domingo, 16 de agosto de 2009

O Essencial

Cada pessoa tem coisas essenciais na vida,
Coisas que necessecitam para viver,
Que tornam suas vidas mais coloridas.

O essencial é invisível ao olhar,
Ele está situado,
Num simples palpitar,
Num beijo apaixonado,
Num abraço apertado,
E o meu está,
No nosso jeito de nos amar.

Está em cada momento,
Que passamos juntos,
Está nas brigas e nas reconciliações,
Está nos ciumes e nas declarações,
Mas principalmente,
Nas mais bobas situações.

Se estiver se sentindo mal,
A gente se enlaça num abraço,
Te faço poemas,
Espanto qualquer problema,
Só pra te ter nos meus braços.

Então fico te observando,
Cada ponto da beleza natural,
Que está contida em seu rosto,
E que me dá tanto gosto.

Você fica toda envergonhada,
Meu coração vai palpitando,
Com sua cara de abestalhada.

E eu sempre tenho de dizer
"Te amo",
Você pergunta porque,
"Porque amo",
Não a explicação,

Eu só amo,
Não há razão,
Eu sei que amo,
Tem alguns motivos,
Que eu também amo,
Mas eles não são nada,

Comparadas com quanto te amo,
Minha bruxinha apaixonada.
Então, por favor, me cativas todo dia,
E assim nunca irei te esquecer,
Como se um feitiço estivesse a fazer,
Toda vez que você me cativar,
Meu amor por ti vai aumentar.

E não se esqueça,
A verdadeira razão, de todo dia eu levantar,
De eu continuar a viver,
Estão guardadas no meu coração,
Mas também estão retratadas em você.

Em cada sorriso,
Em cada olhar,
Em cada respirar...
Tudo que vem de você.

Bruno Tôp

sábado, 15 de agosto de 2009

Mariposas e Abelhas

Finalmente eu acordei,
E percebi, que tudo estava diferente,
Depois de dois anos no escuro,
Percebi que estava num futuro,
Que não pude fazer nada pra mudar.

Eu não lembro de muita coisa,
Foram dois anos tão estranhos,
Eu só me lembro da sua voz,
Então você não desistiu de mim,
Não sei se isso foi bom ou ruim.
Não, o que quero dizer,
É que eu não presto pra você.

Hoje quando acordei,
A primeira coisa que vi,
Foram seus olhos marejados,
Um sorriso tremendamente abobalhado,
Você não acredita que estou de volta?
Demorei tanto tempo assim pra cordar?

Desculpa por te meter nisso,
Agora você tem que me ajudar a levantar,
Você parou sua vida,
Pra poder ficar ao meu lado,
Idiotas são sempre idiotas.

Eu só estou com medo,
Que o horizonte não seja justo,
Você sempre mereceu coisa melhor,
E agora me tem ao seu redor,
O tempo todo, porquê?

Você pode simplesmente fugir,
Eu não presto, eu sei disso,
Aquele cafajeste ainda está aqui dentro,
Cervejas e cigarros a todo momento,
Brigas e carinhos por causa do sentimento,
Tem certeza que não quer fugir?

Uma noite na cama,
É tudo que preciso,
Ouvir você pedir,
Você implorar na verdade,
Pra que eu diga que meu coração te ama,
É realmente lamentável,
Eu não sou o cara certo pra você,
Tente me esquecer.

Você foi atraída até mim,
Como uma mariposa,
É facilmente atraída,
Por uma lâmpada fluorescente,
Ela sabe que não vai sobreviver,
Se continuar indo em frente,
Mas quem disse que ela consegue parar,
Você não entende,
Eu vou te queimar.

Eu sou um fósforo pronto pra se incendiar,
Você não conseguiu chegar a essa conclusão,
Depois de dois anos em que estive em coma?
Você deve se culpar,
Mas fui eu que quis me matar.

Sou um cigarro, que se consome,
E que destroi o seu pumão,
Me deixe, por favor,
Antes que eu destrua seu coração.

Não sei o que é isso que estou sentindo,
Estou me sentindo enojado,
Às vezes, como um vaso quebrado,
Uma arma usada com próposito errado,
Mas uma arma, sempre é uma arma não é?

Você pode simplesmente desaperecer,
Eu não quero mais te ver,
Quando voltar para essa casa nojenta,
Só para adormecer,
Por favor, vá embora.
(...)

'Você...'
'Eu já entendi tudo,
Você está me destruindo,
Eu sei, só que você não percebeu,
Que na verdade, eu sou como uma abelha,
Que usa seu ferrão numa flor,
Para ver suas pétalas se abrindo'

'Eu...'
'É isso mesmo,
Seu coração não está se partindo,
Ele está se redescobrindo,
Mesmo que eu morra no processo,
Vai valer a pena,
Isso é o que o veneno do amor,
Faz com as pessoas'

Idiotas são sempre pessoas boas.
(...)
É agora, eu já não sei quem venceu,
Você me convenceu a usar esse anel,
Mas eu nem sei se posso ser útil,
E dar mel pra essa abelha idiota,
Espero que sim.

Bruno Tôp

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Luna

Garota lesa, eu tenho muita coisa pra você,
Tenho muita coisa por sua culpa,
São coisas boas e ruins,
Mas, principalmente as boas,
Obrigado por me fazer assim.

Tenho todas as lembranças,
Das noites em que conversamos até o sol raiar,
Das confissões ao céu e ao mar,
Do jeito como acabamos por nos apaixonar.

O tempo que gastamos para perceber isso,
Foi um tempo interessante,
Já imaginou como tudo seria diferente,
Se eu tivesse te pedido em namoro,
Seguindo aquele meu plano brilhante?

Apelidos carinhosos,
Murros dolorosos,
Aqueles sim foram tempos ótimos,
As tardes em que comiamos até a barriga doer,
Os murros que levava de você,
Por te chamar de gorda.

Pés descalços ao ar,
Sonhos novos a cada respirar,
Não sei quando virou amor,
Eu sei que um dia eu vi no seu olhar,
Que me futuro estava no seu sorriso.

'Luna, se nada der certo na minha vida,
Você vai casar comigo?'
'Idiota, achei que fossemos só amigos'
'E vamos ser... Para sempre,
Mas é que você vai ficar rica,
E eu poderia me casar com você... Ouch,
tudo bem eu espero você pensar'

'Eu caso...'
'Você diz que casa, com uma cara dessas?'
'Algum problema?'
'Não, não, vou até te fazer um poema,
Sobre uma loba agressiva'

Eu sei, que foi só uma promessa de menina,
Mas pra mim, foi como uma luz divina,
Por isso, hoje à noite,
Vamos deixar que tudo siga normalmente,
Já nos conhecemos, somos os mesmos de sempre.

Foi nossa promessa de verão,
E vai estar sempre presente no meu coração,
Precisavámos selá-la com um beijo,
Mas eu não podia, algum relacionamento me comprometia...

'Não precisa se levantar, eu vou lá pegar'
'Porque você está tão carinhoso?'
'Bem o que aconteceu ontem à noite foi...'
'Maravilhoso...'
'É então estou querendo te bajular'
'Idiota, como se eu fosse amolecer com isso'
'Eu sei que não vai, és maligna demais'

Meu Deus, eu preciso disso pra sempre,
Desse tipo de briguinhas,
De toda essa ladainha,
Eu preciso de você, sempre, sempre você.

Luna, querida, nunca esqueça de mim.
(...)
'Por favor, me perdoe,
Eu sei que errei'

'Lá vem você, pensando que eu mudei,
Diferente de você,
Eu cumpro o que prometi'
'Eu... Não sei o que dizer,
Sou só mais um idiota'

'Eu sei que é, sempre foi,
E agora vamos de novo a promessa de verão'
'É...'
'Só que dessa vez, vamos selar com um beijo,
Pra você gravar de vez no coração'

Tão boba, como se eu pudesse algum dia esquecer,
Da minha querida Luna,
Que sempre ilumina meu céu.

Bruno Tôp

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Dia 23

Querida, está ficando complicado,
E pelo visto, eu não sou o único culpado,
Já não consigo te sentir,
Sei que ainda consigo te fazer sorrir,
Mas tudo está tão vazio,
Que o sorriso chega a ser frio.

Sei que, talvez seja porquê,
Você finalmente percebeu,
Que esteve esse tempo todo com um trapaceiro,
Não tenho culpa de verdade,
Foi o menino puro,
Que com medo do escuro,
Deixou que eu tomasse conta das coisas por aqui.

Sério, eu não me importo,
Não existe um bom atalho,
Para as coisas ruins,
O trapaceiro já está trancado,
Você está falando com um espantalho,
Que não consegue mentir.

Eu realmente tenho medo,
Isso não é segredo,
Que você esteja indo longe demais,
Mas do que será que sou capaz,
Pra fazer voccê voltar atrás?

Sei que hoje não é momento certo,
Pra termos nossa própria DR,
Mas não ligo para o que é certo,
A verdade é incoveniente,
Meu coração, na verdade, nunca esteve aberto.

Talvez, em um outro mundo,
Um mundo perfeito,
As palavras perderiam seu sentido,
E nossos sentimentos,
Valessem mais que os pensamentos,
Que plantaram em sua mente,
Sobre meu jeito de ser diferente.

Talvez, só talvez,
Numa única vez,
Numa dimensão que não fosse essa,
Nós poderiamos dar certo,
Nós ficariamos juntos de qualquer jeito,
Porque nosso sentimento é perfeito,
Esse mundo que nos impede de ficar juntos.

E eu tenho medo, agora que estou sendo sincero,
Que você vá acabar sozinha...
Não, com certeza,
Você vai acabar sozinha.
Mas antes de você ir,
Quero dizer mais algumas coisas.

Eu, não sou eu,
Existem três de mim,
O garoto puro, que você amou,
O trapaceiro nojento, que você repudiou,
E agora, eu, um incoveniente sincero.

Lembre-se: eu ainda te quero,
Mas sei que não adianta querer,
Não vamos dar certo, isso é óbvio,
Mas, por favor, se você quiser,
Vamos mais uma vez pra baixo da chuva,
Um abraço apertado,
Beijos encharcados,
São nossa marca, eu sei que você lembra.

(...)
'Obrigado por tudo'
'Eu...'
'Você não precisa falar nada,
A gente se amou, mas nos amamos,
Na dimensão errada,
Então, por favor, não diga nenhuma palavra,
Só pela nossa última vez,
Vamos fingir que temos vergonha demais,
Como na nossa primeira vez'

'Eu te amo'
Foi a última vez que ouvi sua voz,
E preciso confessar,
Que não sinto saudade,
Sinto nostalgia,
Daquele último momento de alegria.

A sinceridade é incoveniente demais,
Mas agora é quem eu sou,
O espantalho sem cérebro,
Que não guarda o que pensou,
Só expressa eles,
Com a mais incoveniente das verdades.

Bruno Tôp

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

As Coisas Mais Valorizadas

Vou dizer mais que um milhão de "eu te amo",
Sem vulgarizar essa expressão,
É o que sinto, é o que me faz um homem vivo.

Existem coisas que precisam ser valorizadas
Te abraçarei sem dizer nada,
Esperando que isso seja o bastante,
Pra te deixar reconfortante,
Se você quiser ser uma mulher feliz nos meus braços.

Me siga para dentro do meu sonho,
Na verdade, você em breve vai descobrir,
Que é o nosso sonho,
E tudo que acontece neles,
Estão retratados nos versos que componho.

Estão retratados nos sentimentos, que suponho,
Sejam equivalentes, mesmo de intensidades diferentes,
Sei que eu haverá lágrimas, e também sorrisos
Falando sério, não escreverei poemas que não falem de amor,
Não peço pra que você acredite agora,
Tudo vai se encaixar na sua devida hora,

Apenas chegue mais perto, isso fique comigo,
Poemas de amor me deixam um pouco envergonhado,
Acho que na verdade, a palavra certa seria encabulado,
Pois tenho medo que eles não consigam transmitir,
O quanto você me faz sorri, só por existir,
Apesar disso, não consigo deixar escrevê-los.

Só de estar do seu lado, sinto o seu calor
Só de olhar nos seus olhos vejo meu mundo cheio de cor,
Só de fungar seu pescoço, enlouqueço com o seu odor,
Só de beijar seus lábios, sinto todo nosso amor.

Só um abraço é suficiente para me fortalecer,
Apenas um sorriso, vai me entorpecer,
Então fiquemos assim pra sempre,
Nesso amor tão fluente,
Que gira, se complica, se mistura,
Como um cata-vento, que gira com nossos sentimentos.

Bruno Tôp

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Chuva, Gelo, Nuvens e Arco-Íris

Você que foi tão testada,
Na maioria das vezes,
Saindo quase sempre machucada,
Porém nunca derrotada,
Sempre com a cabeça levantada,
Não acredita mais no pote de ouro.

É, Jél Souza, você sucumbiu,
Sem perceber, desistiu,
De seguir adiante,
Escolheu ficar parada,
Vendo as pessoas a sua volta apodrecerem,
Observando seus laços enfraquecerem,
Sem reclamar, sem se importar,
Deixando seu coração congelar.

Coração gelado,
Esse era o nome que você merecia,
Depois de pensar que no seu dia-a-dia,
Só existiriam nuvens pretas,
Só existiriam lama e falsidades.

Só que, eu hoje acredito,
Que não só por causa da nossa amizade,
Mas também pela sua própria vontade,
Você voltou a acreditar nas borboletas,
Que anunciam a chegada de uma tarde ensolarada,
Após uma temporada nublada.

Você já consegue ver,
Eu sei que consegue,
Que lá na frente, bem fraquinho,
Existe um arco-íris,
De sete cores, cada qual significando uma sensação,
Que você negou com toda sua razão,
Serem só contos de fadas bonitos.

Sete sentimentos diferentes,
Que colorem a vida de quem encontra
O pote de ouro no fim do arco-íris,
Um mito tão bonito,
Que da razão a vida dos seres humanos.

Sabedoria das violetas,
Confiança do índigo,
Amizade do azul,
Sinceridade tão verde,
Esperança amarelada,
Coragem alaranjada,
E por fim, Amor em vermelho.

No seu coração, você sabe que eles existem,
É dificil de acreditar,
De cair e de se levantar,
Mas não se esqueça que aqui sempre vou estar,
Para poder te alçar, te guiar,
Ou simplesmente te acompanhar.

Porque eu te amo,
Não da forma vulgar,
Nem da forma de se apaixonar,
Te amo da forma fraternal,
Do jeito que faria o bem ou o mal,
Pra poder de auxiliar.

Não esqueça disso nunca,
Só estou tentando frizar,
Porque você é idiota,
E provavelmente vai seguir por outra rota,
Que não seja a do seu arco-íris.

Bruno Tôp

domingo, 2 de agosto de 2009

Suco de Cevadis

Já me pergutaram várias vezes,
Quem sou eu, do que minha pessoa gosta,
Porque sou assim...
Eu sei a resposta,
Mas não sei responder.
Complicado não?

Eu me vejo simplesmente,
Igual a uma cerveja.
No começo sempre é ruim,
Ninguém gosta da cevada de primeira,
Mas depois você aprende a beber,
Ou simplesmente não consegue.

Se conseguir aprender a beber,
Pode ser que consiga se acostumar,
Com o gosto estranho,
E se você insistir,
Vai perceber que vai se torna gostoso.

Só presta quando está gelada,
Tem horas que ela se torna inapropriada,
Se tiver quente passa a ser intolerável,
Só quem já é conhecido de longa data,
Consegue beber quente...

Só quem aceita ela em qualquer momento,
É quem já conhece há muito tempo,
Em que ela já faz parte da sua rotina,
E gosta do sabor, independente da situação.

Eu sou assim, intragável,
Invariável, inaceitável,
Mas se você insistir,
Acaba se acostumando,
Acaba gostando.

Tem horas que ninguém gosta,
Em alguns momentos só quem encosta,
São os amigos de verdade,
Que sabem que por trás,
Desse momento de irritabilidade,
Existe um idiota legal.

Sei lá, eu sou assim,
Uma cerveja,
Principalmente porque pra você me conseguir,
Não precisa gastar muito.

Bruno Tôp