segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Sobre O Tempo

Essa é uma canção sobre o tempo,
E tudo que couber dentro,
Dessa unidade física,
Que determinou nosso amor,
Como seu epicentro.

Se você me perguntar,
Até quando eu vou te amar?
Será enquanto as estrelas brilharem,
Numa tentativa vã,
De repetir a luz do seu olhar.

Eu vou precisar de você,
A cada novo ciclo de estações,
Vou te querer comigo, daqui em diante,
Nas primaveras, outonos, invernos e verões,
Vou te querer como amigo, amor e amante.

Se você me perguntar,
Até quando eu vou ficar?
Será enquanto o mar se arriscar,
Numa tentativa vã,
De repetir o infinito do seu olhar.

Eu vou querer você,
Enquanto você me quiser,
E torço pra que seja pra sempre,
Porque o pra sempre,
Ainda é de um pouco,
Comparado ao quanto sou louco,
Por cada detalhe do seu ser.

Essa é uma canção sobre a vida,
E tudo que construirmos nela,
Nessa história bem-quista,
Que determinou nosso amor,
Como seu protagonista.

Se você quiser saber,
Sobre o tempo que terei com você,
Será exatamento o quanto eu viver,
Pois não importa quanto você diga,
Percebi que nasci pra lhe ser,
Alicerce, estruturas e vigas.

Você pode ainda não ter notado,
Mas estamos viajando no tempo,
Todos os dias das nossas vidas,
E enquanto estivermos juntos,
Somos a energia mais poderosa que existe.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

No escuro, No futuro

Era duma simplicidade,
As estrelas alinhadas,
Me diziam diretamente:
Tome logo uma decisão.

Eu aqui, perdido, No escuro,
Não sinto muita diferença,
Otimismo ou negativo,
O importante é não desistir.

Por essa verdade,
E pelas mentiras juradas,
Decidi seguir em frente,
Ainda sem escolher se sim ou não.

É fácil falar,
Depois do presente passar,
Pra não se arrepender,
Basta preparar um perdão,
Mas, pra mim,
Isso nunca chegou a valer,
Sempre eram só lástimas no fim.

Era duma facilidade,
As mãos suadas,
Me disseram diretamente:
Fala tudo de antemão.

Eu fiz e hoje, No futuro,
Não faz muita diferença,
Se errei e qual o motivo,
O importante é persistir.

Por essa vontade,
E pelas promessas guardadas,
Decidi me manter rente,
Escolhendo um sim ao invés do não.

Não foi fácil falar,
Depois do presente passar,
Eu tive de me arrepender,
Não bastou apenas um perdão,
Mas, para mim,
A solução foi aprender,
Pra não mais cometer um erro assim.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Sobre o Inverno

Sempre disseram que o inverno é época de se juntar, de compartilhar calor com aqueles que lhe são importantes. Mas é só isso? Recentemente passei a discordar um pouco disso.

Dizem que os esquimós que são fracos, doentes ou velhos demais, durante longos e intensos invernos, costumam a sair para 'caçar' e não voltam mais, numa tentativa óbvia de não atrapalhar a vida daqueles que amam. E eu passei a concordar, involuntariedade, com isso.

Pode parecer (e eu acho que é) loucura, mas ultimamente tenho pensado muito sobre o inverno ter chegado à minha vida; sobre como eu não estava perseguindo meus sonhos e, por consequência, não era o mais apto dos caçadores.

O inverno veio, e eu decidi provar a mim mesmo que sou capaz de sobreviver a ele sozinho. Isso não faz muito sentido (racionalmente falando), mas desde que optei por tomar esse caminho, meu coração tem estado mais leve. O caminho é árduo e cheio de percalços, mas tem de ser assim não é? Um grande amigo meu me disse isso: sonhos nunca serão fáceis de realizar, então, sinceramente, estou dando minha cara a tapa para todas as adversidades que a vida me der. E eu quero encará-las sozinhas, para que no futuro eu saiba que eu sobrevivi ao inverno por si só.

Dói saber da saudade e do frio que vem com o silêncio, mas ele é necessário para que as estações siglam no seu fluxo comum: a primavera há de chegar, e, posteriormente o verão também vai vir. A vida segue e entre indas e vindas, eu espero reencontrar a felicidade por mim mesmo, porque só quando eu for feliz comigo mesmo é que poderei ser feliz com as pessoas que me amem.