domingo, 23 de maio de 2010

Abstinencia

Sinto um desconpasso no coração,
Minhas mãos estão tateando o mundo a sua procura,
Meu peito está aberto a sua espera,
Fantasio seu toque nas minhas mãos,
Minha boca dança estremecida por sua causa.

Esse calor irradiando aqui dentro,
A visão ficando cada vez mais escura,
Estou sofrendo, por falta de você.

É a abstinencia,
Estou me destruindo sem sua pressença.

Você sumiu,
Deixando um vazio,
Garantindo que tudo foi uma ilusão,
Mas meu coração,
É teimoso demais para enxergar a verdade.

A todo momento,
Sinto que você está ao meu redor,
Deixando rarefeito o ar que respiro,
Manipulando o que sinto,
Apreciando os meus mais ofegantes suspiros.

Minhãs mãos flutuam acima de mim,
Enquanto escuto ao pé do ouvido,
Você dizendo que me ama,
Meu coração não aguenta tanta adrenalina,
E o meu corpo começa a desfalecer,
Desmaiando no nosso lugar preferido.

Pode ser apenas um delírio,
Essa música que me faz balançar,
Os anjos que nos garantem que estamos juntos novamente,
O abraço mais gostoso que existe,
E então... A garganta volta a arder.

Tudo volta a ficar triste,
Sua existencia,
Que eu tinha em meus braços,
Se desfez como uma miragem,
Deixando lágrimas salgadas a escorrerem.

Por favor, pegue minha mão,
Ela é toda sua,
Não só ela, como meu coração,
E todo o meu ser...

Eu me perdi em você,
E agora, você me deve,
Tudo que eu sou...

Você garantiu que nunca me deixaria,
Eu acreditei... Eu acredito.

Tudo a respeito de nós dois,
Deveria ser mais que infinito...
Eu estou sofrendo,
Mais uma dose de morfina,
Para anular a adrenalina,
Que meu corpo produz,
Enquanto sinto que você está ao meu lado,
Esperando para voltarmos a ficar selados,
Como nunca deveriamos ter deixado de ficar.

Mas essa sensação,
Não passa de um espectro do seu sorriso torto.
Tudo era mentira, eu sei,
Mas continuo a acreditar,
Em cada palavra.

Sou uma tola,
Que nunca aprendeu a deixar de amar,
E que fique escrito,
Ainda preciso do seu sorriso mais bonito,
Pois sou uma viciada sem cura.

Abstinencia,
Eu não estou pronto para viver sem sua existencia.

Bruno Tôp

terça-feira, 18 de maio de 2010

Brilho

Eu nunca saberia,
E se o fim tiver de acontecer,
Saiba que ainda serás para mim,
O que mais brilhará nesse mundo.

Infelizmente,
Estamos levando isso mais longe que deveríamos,
Está me machucando, dilacerando,
Você não sabe que isso é doloroso pra mim?
Bem, talvez lhe surpreenda a ideia,
Que não é tão doloroso assim.

Você quer levar o que é seu,
Me forçando a levar o que é meu?
Não queria que chegassemos a esse ponto,
Não mais uma vez.

A culpa não é sua,
Mas é que sem você, me sinto tão pequena,
Não sou mais sua musa serena,
Mas se você tem que ir,
Não esqueça que és o brilho da minha vida.

Talvez seja melhor pararmos por agora,
Cada segundo que se passa, parece uma hora,
É sinal que estamos nos perpetuando demais,
Num erro tão óbvio.

Se você fugir agora,
Continuará por perto?
E mesmo você fulgindo,
Ainda ficaria admirada de te ver brilhando.

Fico indecisa,
Percebendo que esse é um final,
Mas depois lembro que não necessariamente, será o fim.

Você é assim, tão instável, fulgente,
Como um sol, que por agora,
Quero um pouco de distância.

vou me despedindo,
Admirando seu modo de brilhar,
E mesmo assim me despedindo, por agora.

Bruno Tôp

domingo, 16 de maio de 2010

Ao Seu Lado

Se apenas um dos meus desejos,
Estivessse para ser realizado,
Escolheria adormecer ao seu lado.

Em qualquer lugar ou situação,
Estarei visando apenas você.

Quero seu calor,
Acariciar seus cabelos,
Enquanto você está cochilando,
Ou apenas fazendo charminho.

Porém, estou um pouco temeroso,
Você assim, parada,
Apenas sonhando,
Passa pra mim a sensação,
Que não se ama.

Que depende de alguém,
Pra fazer seu mundo girar,
Uma carência tão grande,
Que chega a ser feia.

E quanto mais tentamos nos conhecer,
Mais cuidadoso eu tenho que ser,
Pois, sem percecer, você necessita,
Apenas Necessitando,
Tépidas lágrimas fluem pela sua face.

E não há nada que eu queira dizer,
Só quero ficar com você mais um pouco,
O que eu quero, eu não digo,
Já que tenho medo te perder meu abrigo.

Alguns dizem que é porque não tenho força de vontade,
Eu realmente não me importo.

Não sei se você sabe,
Mas se eu não puder te encontrar,
Antes que meu mundo desapareça,
Não poderei mais sonhar,
Pois tudo que mais desejo,
É adormecer ao seu lado.

A desigualdade de nossos sentimentos não podem ser mudadas,
Mas não me importo, de verdade,
É só amor,
Aquele velho e sempre, vício palpitador.

Bruno Tôp

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Sem Olhar Para Trás

Na busca dos meus sonhos,
Acabei me encurralando no caminho.

Não que eu queira voltar atrás,
Só quero de volta,
Aquele alvorecer que deixei pra trás.

Você não precisa se entristecer,
Toda vez que fala pra mim do seu destino.

O que ficará para o fim,
Não precisam ser lágrimas,
Deixe o vento levar seu sofrimento,
Que você está esperando,
Não alcançará esse lugar sem saída,
Onde você prendeu sua vida.

Anote num livro de bolso,
Sua lista para o que fazer antes de morrer,
Seja sincera consigo mesma,
É um bom jeito de começar,
Se quiser me seguir,
Será sempre bem-vinda.

Eu estou vivendo para realizar meus desejos,
Logo, não tenho tempo para arrependimento,
Deixo os momentos bons e ruins no esquecimento,
Guardo comigo apenas, as lembranças mais lindas.

Ainda tenho um longo caminho a trilhar,
Para apagar esses sentimentos,
E realizar tudo que almejei.

Faz tanto tempo que não me sentia assim,
Eu tenho que me desculpar,
Mas se o fizer, estarei olhando para trás,
Não é orgulho, é só... Averssão ao arrependimento.

Fechei seus olhos por um segundo,
Para que você sentisse que as coisas mais importantes do mundo,
Estão situadas no encontro dos nossos lábios.

Eu não quero uma relação normal,
Eu não sou natural, então não me venha com rotina.

Já estou abrindo a próxima porta,
Seguindo adiante, se você não se apressar,
Vai ficar no meu passado.

Te estenderei a mão,
Sempre que você estiver ao alcance do meu coração,
Só lembre de uma coisa,
Não tenho tempo, nem vontade para voltar.

Sou assim, um ótimo ladrão,
Muito egoísta, cheio de palpites,
Da minha maneira,
Pois assim, faz tempo que não sinto nenhuma dor ou orgulho.

Bruno Tôp

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Um Bom Ladrão

Com um único suspiro,
Consigo congelar seu calor,
A partir da cicatriz,
Essa sensação de não sentir,
Vai se espalhando por você.

Seus lábios são envenados,
Pela minha lábia mais charmosa,
Vai demorar pra que você perceba,
Mas eu estou escondendo seus pecados,
Apenas momentaneamente.

Ninguém vive eternamente,
E principalmente eu,
Não gosto de ficar num lugar só,
Por muito tempo.

Eu sou um criminoso,
Um ladrão do amor,
Que rouba toda a vitalidade,
Deixando os corações em pó.

Porém, às vezes me apego,
Isso eu não nego,
E aí, será mais dificil pra você,
Quando chegar a hora partida.

Hmm, eu queria saber,
Se você realmente precisa de mim.

Você tem que demontrar,
Se realmente precisa de mim,
Talvez com isso, eu volte de vez em quando.

Sou como um vício ruim,
Faço você me querer mais,
Querer o monópolio,
E quando eu sumo,
Há luz desaparece,
O calor volta, com uma dor alucinante.

Eu volto,
Você tenta me repelir,
Mas eu sempre fui um bom ladrao,
Roubando mais um suspiro,
Um óscúlo no colo superior,
Mordida no beiço inferior,
E me saio, sorrindo, como só eu sei fazer.

Sou um criminoso, sempre em fuga,
Sabendo que estou errado,
Porém, te peço,
Deixe-me te amar mais uma vez,
Você é minha rosa em meio a uma guerra.

Me pergunto como acabamos assim,
Você tão desejada,
Se viciou em mim, tão imperfeito pra ti.

Só que, eu sou covarde,
E vou fugir, de novo, te machucando,
Como sempre faço,
Só quero saber se você ainda me quer.

Bruno Tôp

terça-feira, 4 de maio de 2010

Súplica Sem Som

Minha boca ressecada está esxposta ao sol,
Enquanto lágrimas incessantes,
Escorrem deixando um rastro brilante em meu rosto.

Só você que poderia encher os vazios em mim.

Porém, sem perceber, acabamos assim,
Acumalando dor, que se concentra ainda mais,
Quando nossas peles se tocam.

Se o desejo oculto na batida do meu coração,
For se tornar o meu futuro,
Então as lembranças que deixei para trás,
Isoladas no escuro,
Permaneceram abandonadas,
Com seu rosto que me infligiu tanta dor.

Estremeço só de ver seu tenue suspiro.

Seus olhos carregam as mesmas manchas de cansaço,
Queria poder retirar isso de você com um abraço,
Mas já perdemos essa habilidade há muito,
Nossas almas, já estão cansadas demais.

Me pergunto se não teria sido melhor,
Se não tivessemos nos conhecidos,
Todas essas cicatrizes...
Todos os momentos infelizes,
Nenhum deles seria real,
E as pestanas que perdemos,
Tudo seria tão normal.

Mas não podemos voltar,
Esses braços perderam tudo,
Inclusive seu calor.

Apesar de única coisa que nos resta ser a dor,
Ainda continuamos de pé, vivendo com torpor.

Por isso, tenho que seguir em frente,
Deixando uma súplica na minha voz sem som,
Seus olhos e sorrisos que foram abandonados,
Permanecem ali, engaiolados,
Para que a dor vá se dissipando.

As lembranças, essas foram trancafiadas,
Esquecidas, e afogadas,
Sem nenhuma pena.

Bruno Tôp

domingo, 2 de maio de 2010

Um Verbo Cheio de Anexos

Aquele sorriso que traz calma,
Que capturou e hipnotizou a minha alma,
Sem uma explicação decente,
Apenas como um feitiço potente,
Meu coração, foi sendo engaiolado,
Dominado...

Bem, você nunca saberia,
Eu tinha tudo, mas não o que queria,
Porque ainda não te tinha,
E meu coração, ele sempre era mais,
Sempre era um ponto indefinido.

A esperança, pra mim era um lugar desconhecido,
E há muito perdido.

Mas você entrou,
Resisti a você assim,
Só que você conseguiu me mandar sentir,
Um par de olhos cafeinados,
Eu estava me tornando vivo.

Tudo que eu queria era o nexo,
Dos amores e suas definições,
Partes que só esse verbo consegue ter,
Gostos e sensações, vindas em anexo,
Para colorir e confundir.

E foi você que trouxe tudo isso de uma vez,
Você pode até que tentou ser cuidadosa,
Não se aproximar,
Mas eu fiz você estender o coração um pouco mais,
Pois feitiço bem feito, é aquele que enlaça ambas as partes.

Abri meus olhos, para ver os seus,
O mundo real, pareceu mais belo,
Uma vida que jamais iriamos conhecer,
Desviando nosso futuro da dor,
Esse é um dos poderes do amor.

Você me olha desse jeito bobo,
Tão linda, de um jeito fofo,
O tempo para, eu não o tenho em mãos,
Mas sei que ele para nos nossos corações.

A verdade é que,
O amor pode ser real.

É um pouco assustador pra mim,
Você me tem assim,
De uma forma banal, de uma forma total.

Você não precisa ser tão cuidadosa,
Pode demonstrar mais carinho,
Mais afeto, pois independente da quantidade,
Já sou todo seu.

Bruno Tôp