terça-feira, 18 de maio de 2010

Brilho

Eu nunca saberia,
E se o fim tiver de acontecer,
Saiba que ainda serás para mim,
O que mais brilhará nesse mundo.

Infelizmente,
Estamos levando isso mais longe que deveríamos,
Está me machucando, dilacerando,
Você não sabe que isso é doloroso pra mim?
Bem, talvez lhe surpreenda a ideia,
Que não é tão doloroso assim.

Você quer levar o que é seu,
Me forçando a levar o que é meu?
Não queria que chegassemos a esse ponto,
Não mais uma vez.

A culpa não é sua,
Mas é que sem você, me sinto tão pequena,
Não sou mais sua musa serena,
Mas se você tem que ir,
Não esqueça que és o brilho da minha vida.

Talvez seja melhor pararmos por agora,
Cada segundo que se passa, parece uma hora,
É sinal que estamos nos perpetuando demais,
Num erro tão óbvio.

Se você fugir agora,
Continuará por perto?
E mesmo você fulgindo,
Ainda ficaria admirada de te ver brilhando.

Fico indecisa,
Percebendo que esse é um final,
Mas depois lembro que não necessariamente, será o fim.

Você é assim, tão instável, fulgente,
Como um sol, que por agora,
Quero um pouco de distância.

vou me despedindo,
Admirando seu modo de brilhar,
E mesmo assim me despedindo, por agora.

Bruno Tôp

Um comentário:

  1. "Como um sol, que por agora,
    Quero um pouco de distância."


    Vi dois tipos de sóis em teu poema.

    Um que ilumina
    E um que arde.



    Deixa brilhar.



    Um beijo de sol.

    ResponderExcluir