quinta-feira, 30 de abril de 2009

Antiga Vizinhança

Ontem passei pela minha antiga vizinhança,
Tudo está tão acabado...
Pior foi perceber,
Que nada saiu como planejado.

O que aconteceu com nossos sonhos?
Quando ainda eramos crianças,
Parecia que tudo ia dar certo,
Que todos ficariamos por perto,
Que a felicidade era algo fácil.

Agora veja como estamos,
Cada em seu próprio desgosto,
Cada qual com suas lágrimas no rosto,
Todos cercados de decepção.

Ed disse que ia ser a lei,
Hoje nem mesmo sei,
Se ele sabe o que é a lei,
Cercado pelas barras da prisão,
Foi corrompido por alucinações.

O nosso futuro se despedaçou,
Assim como o prédio envelheceu,
Os locais onde bricavamos,
Agora nem chegamos perto.

Deb simplesmente desapareceu,
Eu vi quando T. faleceu,
Dinho continua o mesmo de sempre,
Não melhorou nem piorou,
Mas acho que está segurando uma mascara.

Sonhos despedaçados,
Alguns ainda estão ao meu lado,
Nem lembro qual era meu sonho,
Rô diz que eu sempre fui idiota,
Acho que ele está amargurado,
Porque o mundo é cheio de lorotas.

Não deveriamos ser livres?
Para tentarmos o que quisermos?
Ouvi dizer que Marcel foi bem sucedido,
Mas como pode,
Se ontem ele apareceu no jornal,
Na página de suicidio?

Eu simplesmente estagnei,
Fiquei sendo um hibrido,
Entre a loucura e a sensatez,
Sem nunca alcançar a lucidez.

Mari está por aí,
Continua sempre colada,
Na sua prima Ray,
Devem estar numa rua qualquer,
Sempre se drogando.

Rô me disse agora,
Que já passou da hora,
De eu deixar de ser um parasita,
Mas eu gosto de ser tratado,
Como se fosse a visita.

Ele disse que não temos espaço pra moleza,
Ou eu deixo de lado minhas fraquezas,
Ou o mundo vai me engolir,
Como fez com Lipe.

Mas eu só quero realizar três coisas:
Ter um filho que seja melhor do que eu,
Voltar a acreditar em Deus,
E sentir que o amor pode ser correspondido.
Mesmo para um idiota atrevido,
Que não sabe em que acreditar.

Bruno Tôp

domingo, 26 de abril de 2009

Divagações de Tôp XXX - Querida Escuridão

'Olá querida escuridão,
Fazia tempo que não te via,
Por isso estive tão perto,
De sentir uma falsa alegria.'

Eu sabia que a escuridão ia voltar,
Sempre volta,
Na verdade, você está sempre perto,
Sempre tão esperta,
Sempre alerta.

É tão estranho...
Dessa vez a escuridão veio acompanhada,
A luz chegou um pouco antes,
Me deixando um pouco contente,
Mas eu sabia que tinha algo errado,
Então vi que a escuridão estava ao meu lado.

E dessa vez não fiquei assustado,
Eu sempre achei que ainda sentiria dor,
Que ainda me sentiria mal,
Mas não, hoje eu não sinto nada,
No lugar do meu peito,
Existe apenas um enorme vazio.

Eu sei que é meio frio,
Mas eu percebi que sou assim,
Nem eu tenho pena de mim.

Porque tudo é insignificante,
E ao mesmo tempo,
Tudo é tão importante,
Todos são um só,
E um só são todos.

Todos começam do pó ,
E todos terminam no pó,
Tudo é consumido pelo fogo,
Vira poeira e volta a terra,
Corre pela água,
E sopra pelo ar.

O universo é equilibrado,
Vivemos numa troca equivalente,
Nada pode ser obtido,
Se não for pago o preço justo.

Se eu não tenho nenhum amor,
E ganho a chance de ser feliz,
Ao lado da pessoa que amo,
Não vai ser tão simples,
Tem que aparecer alguém pra me confundir,
Impossível de ser feliz.

'Então querida escuridão,
No som do silêncio,
Você vem me buscar,
Ou só vai continuar a me acompanhar?'

Bruno Tôp

sábado, 25 de abril de 2009

Divagações de Tôp XXIX - Várias Flores

Era uma noite de sexta.
Ou será que era sábado?
Não tem importância,
Eu coloquei meu melhor pergume,
Para que tudo desse certo.

Estavamos nos dando tão bem,
Até que ela perguntou seu nome,
Como é que eu poderia lembrar?
Cerveja e cigarros não ajudam muito...

E foi quando ela se mandou,
Não sei o qual o motivo dela,
Não acho que o nome seja tão importante,
Eu continuei lá no bar,
A beber e a fumar,
Sem saber o que queria fazer.

Foi quando acabei encontrando,
Para outra garota, uma que me conquistou,
Nossa conversa foi se prolongando,
Ela me disse que gostou,
E então eu estava feliz novamente.
Pelo menos, tecnicamente.

Mas a paz nunca dura muito,
E sem querer, ou até querendo,
Cai no charme de uma paixão antiga,
Acho que tudo isso,
É uma grande intriga,
Armada por Ele, lá de cima.

Fraquezas a parte,
Meu rosto ficou escalarte,
Talvez fosse um pouco de vergonha,
De estar numa situação,
Que ninguém nunca sonha.

Por isso eu já não quero mais,
Ser um protagonista,
Quero ser um coadjuvante,
E assim vou levando a vida devagar,
Pra não faltar amor.

Sempre com caos na mente,
E aventura no coração,
Vou seguindo pelo destino,
Que o dedo divino,
Me apontou, quando eu me tornei eu.

Na verdade, mesmo que eu fosse assim,
Daquele tipo vencedor,
Eu pediria pra sair da partida,
Pois já nunca entendi minha vida,
E não quero complicar a de mais ninguém,
Seja pro mal ou pro bem.

Sem nenhum critério lógico,
É assim que é minha vida,
Toda bem entredida,
A lógica é para os puros,
E eu sou bastante inseguro.

Flores tem diversas cores,
Humanos tem diversos amores,
Beijos tem diversos sabores,
O que é que você escolhe?
Eu nunca vou ecolher nada.

Tenho alma de vagabundo,
Atitude de cavalheiro,
Coração de poeta,
E nenhuma meta.

Não me culpem,
Sou um menino de memória ruim,
Minhas intenções são boas,
Mas as vezes as pessoas,
Não querem saber disso.

Quer saber?
Pode me chamar de cafajeste,
Não é sua culpa,
Você aprendeu que todo homem é assim.

Enquanto a mim,
Vou ligar pra uma das três garotas,
Alguma delas vai retornar a ligação...
Certo?

Bruno Tôp

domingo, 19 de abril de 2009

Sally

Fomos criados com sorrisos,
Pregados em nossos rostos.
Eu sempre vivi sem me importar,
Sem perceber,
Que você nunca sorria de verdade.

Desculpe Sally,
Eu só percebi que nossos sorrisos eram falsos,
Quando senti sua falta,
Nem mesmo Zero me alegra agora.

Fingi ser feliz,
Não é nada além,
De uma péssima distração,
Que não lhe faz bem,
Mas meio que convém.

Apresso-me para te agradar,
Com um gentil aperto de mão,
Lhe dou um olhar bondoso,
Esperando que você entenda,
Que não tem nada de maravilhoso,
Em fingir ser um outro alguém.

É só mais um falso perfil,
Que você criou para não se hostil,
Você até me perguntou,
'Se a vida não era muito vazia,
Qauando apenas vivemos por viver'

Eu não soube responder,
Nessa hora foi minha incerteza,
Que te fez ver beleza,
Num mundo controlado por falsidade.

Eu devia ter dito:
'Você ainda é jovem,
Tão boba e descuidada,
Não percebeu que a vida,
É só um estágio passageiro.
E se continuar assim,
Você vai acabar se dando mal...'

Mas eu não disse algo tão bonito,
Só dei um longo suspiro,
E continuei a apressiar minha cerveja.

Agora você está no seu quarto,
Trancada sem querer falar com ninguém,
Se a culpa pertence a alguém,
Acho que deve ser minha,
Por isso peço que você não fique sozinha.

Não gosto de ver sua guitarra calada,
Escutando o fungar do seu nariz,
Enquanto você chora lágrimas,
Que deviam permanecer secas.

Não seja tarde demais,
Mas eu acho que ainda está em tempo,
De eu dizer algumas palavras,
Para ajudar você a se reerguer.

'Podemos sempre ser fortes,
Para aguentar as dificuldades,
Que a vida nos traz,
Mas você sabe,
Nós não precisamos ser fortes

Às vezes, alguns cortes,
São bons para que possamos cicatrizar,
E recomeçar'

Então Sally,
Posso ser o seu Jack,
Ou você ainda vai me penitenciar,
Por ser excentrico demais?

Bruno Tôp

sábado, 18 de abril de 2009

Divagações de Tôp XXVIII - O Suspiro de Jack

Eu nunca imaginei que no fim,
Tudo ia terminar assim,
Eu mordi mais do que podia engolir,
E me engasquei com meu próprios erros.

Eu ri alto por coisas sem graça,
Eu pedi um tempo só pra mim,
Mas mesmo assim me apressei,
As escolhas sempre foram minhas,
Porém eu nunca pensei o bastante.

Eu senti a garganta rasgar,
Como se fosse lavada por cachaça,
Mas a origem desse nó,
Foi que eu sempre estive só.

Acho que nunca acreditei realmente,
Que poderia ser contente,
Eu sempre me fingi ser otimista,
Nunca dei nenhum apista,
De que não acreditava num final feliz.

Aos dezessete eu conheci o amor,
Mas não dei seu real valor,
E depois me arrependi,
Por não ter conseguido tê-la por perto,
Por não ter feito dar certo.

Nós mal tivemos uma chance,
Tudo que tinha pra dar errado,
Aconteceu naquela noite,
E eu me senti culpado,
Por ter acabado com nosso romance.

Eu sempre te disse palavras bonitas,
Sempre te dei bons conselhos,
Mas nunca acreditei nas minhas palavras,
Já carregava culpa demais sobre meus joelhos,
E não tinha esperança,
De que pudesse voltar a sorri como uma criança.

Não precisa se preocupar,
Nós não vamos nos ver mais,
Eu só quero que você diga a minha mãe,
Que ela fez tudo que podia,
Pra poder trazer minha alegria.

Você pode ler esse texto,
Na minha missa de sétimo dia,
E pode encontrar meu epitáfio,
Num dos meus poemas.

Eu nunca imaginei que o estopim,
Para o nosso fim,
Seria um charminho seu,
Que eu não entendi.

Eu ri quando me livrei de você,
Eu ri porque não quis chorar,
Tive medo de admitir,
Mesmo sabendo o que tinha escrito,
Era o inicio do meu fim.

Eu senti o frio percorrer minha espinha,
Vi minha vida passar pelos meus olhos,
Não eram boas memórias,
Mas parecia uma boa história.

Acho que pela primeira vez,
Acreditei nos bons sentimentos,
Percebi que o amor realmente existia,
Ele sempre esteve presente,
Quando estive com você.

Aos dezessete eu conheci a morte,
Talvez eu tenha tido sorte,
Assim não tive que sofrer tanto,
Não espero que você seja forte,
Na verdade, gostaria de ter ver aos prantos,
Mostraria que você me amou...

Nós mal tivemos um tempo juntos,
Mal conversamos sobre quaisquer assuntos,
Não consegui expressar meus sentimentos,
Porque não tivemos nenhum momento,
Que fosse só nosso.

Eu sempre pensei que não era você,
Sempre pensei que não era pra ser você,
Nunca tivemos nada a ver,
Eu não queria que fosse você,
Mas acabou sendo você.

Não precisa duvidar dos meus sentimentos,
Eles sempre foram sinceros,
Eu te amei, eu aind ate amo,
Só que já é tarde demais,
Pra que eu possa te ter.

Você pode seguir com sua vida,
Eu agora não passo de um corpo ensaguentado,
Deitado no asfalto,
Vendo meu corpo se descolorir.

Sei que quando você descobrir,
Vai doer bastante,
Mas sabe, a sensação é até confortante,
Saber que tudo acabou,
E que não ter mais que sofrer.

Então é isso, adeus..
Ah, e por favor,
Não jogue fora nossa flor,
Acho que será a única lembrança do nosso amor,
Então, por favor,
Guarde ela com carinho,
E siga seu caminho.

Bruno Tôp

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Mapeando a Vida

Se hoje conseguimos estufar o peito,
É porque tempo passou, sem dúvida nenhuma,
E nos fez adultos, mas do que encontros,
São as despedidas que fazem as pessoas adultas,
Os sorriso são importantes,
Mas as lágrimas é que nos ensinam boas lições.
Os ensinamentos sempre chegam atrasados,
Para ajudar as pessoas, mas isso é bom,
Porque assim dá chance a essas pessoas de mudar.

As pessoas podem mudar,
Para tentar mudar, se molham na chuva,
Mas sempre continuam a andar.
Às vezes, a noite parece ser sem fim,
Mesmo que andemos parece que não estamos indo para frente,
Parece que não há mudanças no caminho,
Sentindo como se estivéssemos sido abandonados sozinhos,
Porém, mesmo os mais fortes, com certeza passam por isso,
Não é questão de sorte, todo mundo tem essas provações,
E sempre ficam acreditando em desesperanças e esperanças.

Todas as pessoas, se perdem ao refletir sobre seu coração,
Sempre chegando a mesma conclusão,
Ou seja, conclusão nenhuma,
O coração é complicado demais,
Assim como o mar é azul demais, o céu é alto demais...
E assim, continuam a viver,
Sem responder suas próprias indagações,
Fazendo florescer palavras,
Correr lágrimas, procurando alegrias.

Essa é a vida humana,
Tão insegura, tão indecifrável,
Tão frágil, tão insana.
Nunca existe certeza de nada,
Tudo é só uma aventura,
Que começa do mesmo jeito pra todos,
E tem o mesmo fim sempre,
Uma aventura com fim pré-escrito.

Então porque complicá-la?
Não é melhor só viver e aproveitar?
Mas não viver por viver...
Viver pra ser feliz,
Controlando sua felicidade,
Escolhendo o que é feio ou bonito,
Mesmo sabendo que o destino já foi escrito,
Por um poeta onisciente e onipresente,
Um poeta sábio e bondoso,
A justiça em pessoa, a divindade que cada uma acredita,
Ele é o dono da vida das pessoas.

Porque ao acreditar num Deus qualquer,
As pessoas se forçam a depender dele,
E assim seu destino já foi decidido,
Embora achem que foi por um ser divino,
Não que na verdade escolhe seu destino,
É o próprio ser humano,
Sua crenças fazem sua mente, sua mente faz seu coração,
Seu coração faz sua personalidade,
Sua personalidade fazem sua vida acontecer,
É isso que é a vida humana.
Só mais uma dúvida sem resposta.

Bruno Tôp

quinta-feira, 16 de abril de 2009

July

É, doce menina,
Tá tudo estranho,
Parece até obra do destino...
Não te ter aqui comigo...
Deve ser algum castigo...

Se eu pudesse,
Eu apenas gostaria de fazer você sorrir,
Se você realmente quisesse,
Ficar comigo mais um pouco.

Nossos sentimentos,
São uma estranha mistura,
Entre o som do seu violino,
E os versos das minhas poesias.

Um sentimento cheio de alegria,
Uma relação muito pura,
Sei lá... É algo muito lindo,
E muito bem-vindo.

Eu digo a você, July,
Nosso amor ainda é incrível,
Nem demos chance pra que desse certo...
E eu ainda o mantenho por perto...
Foi tão rápido e tão louco,
Tão... Sei lá...
Descrever é impossível.

Eu queria poder te tocar de novo,
Eu queria poder te chamar de meu amor,
Eu queria poder te deixar corada...
Eu daria qualquer coisa,
Pra poder fazer isso.

Quando acordo com você, July,
Esses são os dias em que eu ainda posso me sentir vivo,
Em que eu mal posso esperar pra sair lá fora,
E talvez esbarrar com você, por aí...
A gente vai ter que se reencontrar alguma hora.

Apesar dos buracos em minha memóra,
Eu consigo guardar coisas importantes,
E por isso eu mantenho você, July, na minha memória,
Pra que você me visite nos meus sonhos.

Romances inacabados atrapalham tudo,
Sei lá, é tudo tão complicado,
E eu tenho medo de você ter se apaixonado,
Por outro cara qualquer.

July, eu prometo a você,
Eu vou casar com você.
Eu acredito nisso,
Eu espero que isso aconteça...
Até lá beba os versos que componho,
São todos só pra você.

Veja como eu suspiro,
Não consigo viver tranquilo,
Não sem ter você...
E eu desejo, dar a você,
Pelo menos um ultimo beijo.

Porque você me destrata,
Você me conquista,
É sempre amor a primeira vista.

Eu te manterei presa na minha mente,
Mesmo que nossas vidas não sejam uma só,
Mesmo que tomemos caminhos diferentes,
Vou me lembrar em você constantemente.

Até nós nos encontrarmos novamente,
Até nós... Até que nós tenhamos outra chance,
Até que você seja minha July,
Eu sei que é muito complicado,
Mas eu nunca quis nada muito fácil.

É ódio, é amor,
É algo realmente muito forte.
Me faz bem,
Me faz pensar no futuro,
E me sentir seguro...
Tive muita sorte,
Quando conheci você.

Mas até lá,
Vou ter lembranças pra me inspirar,
Seus olhos deslumbrantes,
Seus sorriso sem jeito,
Seu beijo perfeito...

Eu roubei seu amor,
Eu sei que roubei,
Eu sou assim,
Não tenho limites,
Mas vocês me fez ser assim.

Queia saber tocar violão,
Pra te fazer uma canção,
Queria saber francês,
Pra me declarar na língua do amor...

Um dia quem sabe eu aprenda?
E conte pros nossos filhos,
Que seu pai é um vagabundo,
Mas a mãe deles é uma boa pessoa,
E que quase conseguiu,
Fazer o pai deles tomar rumo.

Por voê eu não bebo, eu não fumo,
Agora me dê um pouco de carinho,
Cative meu coração,
E nosso amor vai beirar a perfeição.

Hey July, July, July,
Você é meu nascimento,
Você é minha vida,
Você é minha morte.
Esperei até agora por esse sentimento,
E não vou desistir tão fácil.

Vou de ter...
Agora ou depois...
Não me importa muito...
O importante...
É o amor entre nós dois.

Bruno Tôp

terça-feira, 14 de abril de 2009

Baunilha

Baunilha é doce demais,
Você deveria colocar um pouco de sal,
Eu sei que não é normal,
Mas quem disse que alguém é?
Faça o que você quiser.

Não sei o está havendo,
Mas o sol está brilhando,
Mesmo à noite só começando,
Conduzindo uma dança,
Onde adultos são crianças,

Numa cidade onde ilusões estão dançando
O sino da despedida está soando.
Pássaros rastejam pela chão,
Pessoas voam com asas de dragão.

O mar flutua no céu,
Peixes planam como aviões de papel,
E apesar de minha alma estar entorpecida,
Eu concordei com uma garota atrevida.

O sol está queimando o oceano,
Ele está brilhando no meio da noite,
Fazendo ressoar o som de um triste piano,
E então você que estava sonhando,
Queimou seus olhos por ficar hesitando.

Sem inicio e sem fim,
A marcha funebre continua a tocar uma melodia,
Que me transmite uma certa nostalgia,
Por isso deixarei aberta a porta,
Onde guardei meus sentimentos.

Sei que você não se importa,
Na verdade, você não entedeu nada.
A canção continua a seguir calada,
Passando além dos nossos pensamentos.

Eu deixei a porta aberta,
Para que a pessoa certa,
Possa ver meus sentimentos,
Refletidos em seus olhos.

Sem nenhuma lógica,
Sem nenhuma razão,
O tempo retrocede,
E o sol brilha no meio da noite.

Você não pode ver,
Mas todas pessoas dignas de elogio,
Estão vivas por um fio,
Estamos sozinhos nessa canção.

A canção que continua sem fim,
O sol num tom carmesim,
A morfina perdendo seu efeito.

É, não tem jeito,
Hoje o sol resolveu brilhar na noite,
Eu não vou chorar,
Mas vou me amargurar.

Nessa noite azul e vermelha,
Nada tem sentido,
Meu coração foi deixado vazio,
E você irá morrer de frio.

Então veja você,
O sol está brilhando na escuridão,
Não, isso não é nenhum sermão,
Só quero te avisar,
Que o sol não vai aquecer para sempre.

O amor desperta certo calor,
E mesmo que o sol brilhe a noite,
Se você me der amor,
Eu consigo parar com essa canção.

Tudo vai voltar ao normal,
Como baunilha sem sal,
Agora, você já vai me dar amor?

Bruno Tôp

Conselhos Para um Dia Chuvoso

Amanhã vai ser um dia chuvoso,
Eu sei, eu sinto isso,
Apesar do céu está totalmente sem nuvens,
É só a calmaria antes da tempestade.

O pôr do sol pinta a cidade,
Com um sufocante laranja,
Apressando meu suspiro,
Cheio de ansiedade.

O vento deixou as pessoas,
As más e também as boas,
Escaparem para um futuro,
Que talvez seja obscuro.

E como recompensa essas pessoas,
Esconderam suas tristezas no vento,
Principalmente nas horas difíceis,
Para tentarem rir a tôa,
E falsificar seus sentimentos.

Chega até a ser triste,
Perceber que ainda existe,
Homens com pensamento irracionais,
Assemelhando-se a animais,
Ser um humano, é sentir dor e alegria.

Hoje também, esses 'seres humanos',
Ainda alimentam algumas esperanças,
Estão absortos em tentar viver,
Sem se entristecer,
Mas chorar faz bem,
Limpa a alma e vai mais além,
Concede forças ao coração.

Não cometa esses erros mundanos,
Errar é normal,
Mas se você é especial,
Vai conseguir burlar os erros costumeiros.´

Não esconda sentimentos verdadeiros,
Se eles são realmente sinceros,
Porque escondê-los?
Só pra agradar alguém?
Não faça isso,
Ser atruísta,
Nem sempre é a melhor escolha.

Seja egoísta, não sempre,
Mas às vezes, um egoísmo faz bem.
A vida é sua, o corpo é só seu,
Não se importe com o que falam,
Às vezes é bom não se importar com ninguém,
Além de você, e seu Deus.

Tenha dentro de si, bem forte,
As suas próprias vontades,
Esse tipo de grandeza,
Que não dá para ver com os olhos.

Saiba o que você quer,
Não dependa tanto da sorte,
Faça o que lhe convém,
Seja isso mal ou bem.

Não se arrependa muito,
Eu já consegui isso,
Você também vai conseguir,
Senão você vai perde tempo demais,
A vida é curta,
E só temos uma chance de aproveitá-la.

Não guarde remorso,
Se conseguir isso,
Por favor, me diga como,
Pois não quero ser como aqueles humanos,
Que vivem uma vida cheia de falsidade,
Só por tratarem todos com cordialidade.

Você também,
Não se torne um deles,
Eu acredito que você é melhor que todos eles,
Você é realmente especial,
Acredite em você,
E a felicidade vai aparecer.

Bruno Tôp

domingo, 12 de abril de 2009

Divagações de Tôp XXVII - Seguir Adiante

Nós precisamos seguir adiante,
O tempo que te dei,
Agora está se esgotando,
Talvez não tenha sido o bastante,
Mas é porque eu não estou mais aguentando.

É bom olhar pra trás,
E não ter do que se arrepender,
É bom olhar pro futuro,
E se sentir um tantinho inseguro.

Eu não sei o que vai acontecer,
Não sei se você vai me querer,
Mas eu decidi não pensar mais.

Se tiver de acabar,
Foi bom enquanto durou,
Foi lindo o que passou,
Mas o nosso capitulo acabou.

Se tiver de continuar,
Vai ser bom te reconquistar,
Vai ser lindo te amar,
Nossa história apenas estará começando.

Eu sei que você está hesitando,
Eu percebo suas inseguranças,
Não sou mais nenhuma criança,
Eu conseguirei suportar sua decisão.

Se ela for ruim,
Já passei por provações piores,
E embora meu coração,
Discorde de mim,
Vai ser melhor pra nós dois,
Se você não me quiser mais.

Se ela for boa,
Vou adorar te ter ao meu lado,
Vou adorar amar e ser amado,
É o que eu espero,
E é tudo que eu mais quero.

Mas se nossos caminhos,
Tiverem que se separar,
O que vai me restar,
É um imenso carinho,
Pela sua pessoa,
Sem nenhum ressentimento.

Não vai haver arrependimento,
Pelo menos, não da minha parte,
Eu te amo, eu já te disse,
E isso vai durar por muito tempo.

Mas caso você rejeite meu amor uma vez,
Não terá outra oportunidade,
Mesmo ele durando pela eternidade,
Não te darei uma nova chance.

Essa é sua última chance,
E se você demorar tanto,
Talvez acabe aos prantos,
Porque talvez,
Você já não me alcance.

Não é egoísmo,
É simplesmente amor próprio,
Caso eu fique te esperando mais um pouco,
Ficarei feito um louco,
E vou acabar bebendo ópio.

Não é exagero,
Sua demora me consome,
E não aguentarei muito mais.

Então, por favor,
Pense no meu amor,
E escolha o que tem de escolher,
Escolha o melhor pra você.

Para que possamos seguir em frente,
Mesmo que tenhamos de tomar,
Caminhos diferentes.

Sinceramente, espero que não,
Porque tanto eu, como meu coração,
Não queremos ficar mais sozinhos,
Já nos acostumamos com seu carinho,
Então, por favor, escolha o caminho,
Em que eu possa segurar sua mão,
Te beijar, te abraçar e te amar.

Bruno Tôp

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Romance Dawn

Vamos juntos nesse romance,
Cheio de piratas, heróis e vilões,
De sorrisos, lágrimas e corações,
Partidos ou apaixonados.

E a cada novo lance,
Aparecem novos personagens,
Nessa deliciosa aventura,
Com páginas inseguras,
E verbos muito animados.

Sempre existirão os capitulos triste,
Infelizmente isso existe,
Mas eles só existem,
Porque são essas páginas que emocionam,
Que fazem todos chorarem,
E torcerem ainda mais
Pelo sucesso dos mocinhos.

Mas às vezes os protagonistas,
São um tanto egoístas,
E acabam sozinhos.

Porém, o que prevalece é um final feliz,
Desenhado num quadro de giz,
Onde o tesouro é encontrado,
E os corações apaixonados,
São entrelaçados.

Mesmo que a aventura seja díficil,
Que o herói tenha que se espremer,
E passar por um problemático oríficil,
Tudo vai valer a pena,
Pois o tesouro só tem valor,
Quando é conquistado com suor.

E assim é o amor,
Ele sempre está ao seu redor,
Pois ele é o objetivo,
Ou o verdadeiro motivo,
Dessa aventura insana,
Que é a vida humana.

Chore, Grite e Sorria,
Se machuque, mas encontre a alegria,
Você consegue, todo humano consegue,
Esta tudo empregnado no seu dia-a-dia,
Parece que foi colocado por magia,
Para que os humanos não desistam.

Coloque romance no seu bolso,
Enxuque qualque lágrima insistente,
Que ficou em seu rosto,
Respire fundo e com gosto,
E siga em frente,
Daque a pouco, você voltara a sorrir,
Voltará a ficar contente, novamente.

No fim, tudo será por um triz,
E assim, no seu final feliz,
Você vai estar no paraíso,
Sem ter recebido nenhum aviso,
Rodeado de petálas de liz.

Bruno Tôp

terça-feira, 7 de abril de 2009

Terra de Sangue (Zumbi)

Escutei um conto dessa nação,
Que aconteceu em sertão,
Que se repetiu no sertão,
E sempre teve o mesmo fim,
Todos cheios de destruição.

Essa é a história de um mulato,
Meio branco meio marrom,
Que apesar de um homem bom,
Viveu como se fosse um dos escravos,
Trabalhando no açucar mascavo,
Sem ter direitos, de fato.

Pobre coitado,
Nunca teve nenhum nome,
Nunca conheceu quem lhe deu vida,
Sobreviveu a uma infância,
Que na verdade era um subvida,
Sempre batalhando contra a fome.

Rodeado de desertos,
Sem saber o que era certo,
O calor do sertão,
Somado a loucura no coração,
Fez ele se abrigar com a morte,
E lançar-se a própria sorte.

Matou seu senhor,
Seu mal-feitor,
Fugiu pelas selvas,
Se feriu no caminho,
Mas nunca esteve sozinho,
Sua loucura o acompanhou.

Construiu sua casa,
Construiu sua familia,
Guiou sua vila,
E viu a felicidade o fitar.

Era tudo brincadeira do destino,
Os avarentos barões,
Queriam seus animais de volta,
Os animais que para o mulato,
Eram seus irmãos, pais e mães.

E ele pegou em armas novamente,
Experimentou do sangue novamente,
Teve que rachar sua alma,
Para poder ver a felicidade,
Continuar a paira na sua frente.

As balas chegaram,
As baixas o abalaram,
O monstro em seu peito rugiu,
Ele sentia sede de vingança,
Queria a justiça em sua mão,
E assassiná-la com seu facão.

Agora havia uma chuva de balas,
Pedras contra uma marcha,
E o grande assassino,
Na verdade era o calor,
Dessa terra de terror.

Já não importava mais sua religião,
Já não importava sua vida,
Nem sua vila contruída no sertão,
Só queria sangue humano.

Lá vinha mais um batalhão,
Era pedra e pau,
Contra bala e espada,
Era o tudo contra o nada.

Crianças contra soldados,
Mulheres sendo assassinadas,
Maridos sendo fatiados,
E o sol pairando no ar.

Castigando quem quisesse lutar,
Quem tentasse sobreviver,
Ao inferno dos homens.

Foi aí que o mulato louco,
Ganhou finalmente um nome,
Ele já estava morto,
Mas continuava a lutar,
Ele só sabia matar.
Chamaram-no Zumbi.

Os comensais da morte,
Pairavam por todos a paisagens,
Carniceiros comiam os corpos,
Enquanto alguns ainda lutavam.

Nasceu assim um rubro oceano,
Se espalhou pelo solo tão seco,
E então ele pereceu,
Nas mãos dos cães do governo.

A chuva de São Pedro,
Finalmente veio a cair,
Mas já era tarde demais,
Não tinha mais nenhum devoto pra agradecer.

Quando amanheceu naquele inferno,
A poeira da terra soprou vermelha,
Ali jazia corpos humanos,
Que nunca foram considerados humanos.

Tudo que ele construiu, foi queimado,
Tudo que ele viu, foi apagado,
Sua história foi mudada,
Ele era o monstro que quis distruir,
A estabilidade da civilização.

Pobres coitados, cachorros civilizados,
Não sabiam que a história desse mulato,
Já existia em suas memórias,
Antes mesmo de existir.

Era uma repetição de fatos,
Que se repetem na história,
Dessa infrutifera terra,
Sedenta por guerra.

Bruno Tôp

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Amor Feito de Algodão

-Já sabe o que tem que fazer...
-Mas eu não quero fazer!
-Só uma vez, por favor...
-Você promete me devolver depois?

-Claro que sim, por nós dois.
-Sei... Então é só ler né?
-Em voz alta, e ficando em pé.
-Droga... Vamos lá então:

'Eu quero um amor...
Com um gostoso sabor,
Pode ser de algodão doce,
Alma de criança,
Sentimentos benignos...

Quero alguém pra falar palavras bonitas,
Palavras bobas de amor.
quero um olhar estonteante,
Quero frio na barriga,
Toda vez que ficar roendo minhas unhas,
Ao ler teus poemas.

Quero filme em casa ou até no cinema,
Com brigadeiro num dia de domingo,
Quero dançar as mais lindas melodias,
Ou simplesmente sorrir após uma briga,
E às vezes chorar de alegria.

Quero banho de chuva,
Brincar de se lambuzar,
Beijo com chiclete de uva,
Viajar para o campo,
Levar pra ver a avó,
Quero ser compreendida,
E nunca mais me sentir só.

Quero ir ao teatro,
Quero morrer de rir por nada,
Ouvir alguns contos de fadas,
Um pouquinho antes de dormir,
E acreditar que ele vão acontecer.

Quero acordar mais cedo pra observar,
Estrelas e meus própios sonhos,
Quero cantar,
Ler o que componho!

Quero muitas brigas,
Xingar você com as minhas amigas,
Pra depois fazer as pazes.

Quero fazer planos prum futuro bom,
Pintar um quadro de qualquer tom,
Sentir as pernas bambas,
E nossos corações palpitantes,
Quando a gente se reencontrar,
Após um tempo afastado.

Quero ficar boba,
De ciúmes que acabem em risadas,
Muitas conversas de madrugada.

Quero dormir num dia geladinho,
Ficar abraçadinho,
Sentindo só seus afagos,
E algumas mordidas de carinho.

Quero mensagens no celular,
Pra me irritarem e alegrar!
Quero ver você me ligar,
E eu poder desligar na sua cara,
Só pra depois me desculpar.

Eu quero um amor pra mim,
Quero você pra mim,
Quero um buquê de jasmim,
E um beijo cheio de romance,
Na cena do nosso fim.'

-Está boa essa declaração?
-É... Ficou legal eu acho...
-Aff, me devolve vai...
-Só se você repetir.

-Nunca! Pare de me envergonhar,
-Mas eu adoro te ver corada,
É mais linda que uma fada.
-Sei, sei, velha lábia de sempre.
Agora, me devolva meu algodão doce,
Que estou morrendo de desejo,
E você roubou ele no nosso último beijo.

Bruno Tôp & Jél Souza

domingo, 5 de abril de 2009

Divagações de Tôp XVI - Espera

Infelizmente, ou felizmente,
Não posso esperar para sempre,
Essa vai ser sua ultima chance.

Nesses dias que estão chegando,
Você terá que tomar um decisão,
E talvez o que você escolher,
Não vai ser o melhor pra você.

Por isso escolha com cuidado,
Pondere sua razão e emoção,
Porque depois dessa decisão,
Talvez você já não me alcance,
E ai o arrependimento pode vir.

Talvez você escolha certo,
Não estou dizendo que me ter por perto,
É a decisão correta,
Mas a minha meta,
Sempre foi, e sempre vai ser,
Te fazer sorrir.

Nunca te dei razões,
Para desconfiar das minhas intenções,
Se um dia eu te machuquei,
É porque não te entendo direito.

Eu vou errar,
Porque não sou perfeito,
Mas quando eu errar,
Nunca vai ser para te machucar,
Porque assim eu me machucaria.

Você é minha alegria,
É meu motivo de encarar o dia-a-dia,
Por isso esqueça seu antigos traumas,
Se dê uma chance de ser feliz,

Vá com calma,
Olhe bem pro seu coração,
Escute o que ele diz,
Pesquise em sua alma,
Vasculhe sua mente,
E veja se não sou eu,
Quem te deixa sempre contente.

Eu ainda estou esperando,
Mas não vou esperar muito mais,
Porque apesar de ser um bom rapaz,
Eu sou só um humano.

Que está tentando,
Com todas as forças te esperar,
Mas as ondas do oceano,
Que é esse mundo insano,
Estão contra mim,
Ou seja, não esperar até o fim.

Eu tenho esperança,
Que você use nossas boas lembranças,
Como argumentos,
Para tomar sua decisão,
E dar um futuro ao nosso relacionamento.

Se você não me escolher,
Me desculpe, mas eu vou ter que te esquecer.
Vou me afastar de você,
Com a consciência serena,
Que fiz tudo pra te ter, doce morena.

Só que infelizmente,
Você não me quis,
Mas mesmo assim,
Ainda vou te querer ver feliz,
Porém longe de mim.

Porque se não for você,
E eu acho que só pode ser você,
Alguém um dia vai me fazer feliz,
Eu espero que seja você,
Só você.

Bruno Tôp

sábado, 4 de abril de 2009

Bella

Quando eu achei já tinha visto de tudo,
Que não existia nada pra me surpreender,
Que já tinha visto todos os conteúdos,
Ela teve que aparecer.
Essa uma menina tão louca,

Pessoas com a personalidade dela,
São tão poucas,
Menos ainda as que se chamam Bella.

Primeiramente ela me destratou,
Depois me atacou,
E no fim me abraçou.

Eu a olhei intrigado,
Fazia tempo que ninguém,
Me atraia tão bem.
Não com um jeito tão alucinado,
Não de um jeito tão sequelado.

Depois de algumas discussões,
Ela se levantou,
E ficou a me fitar.

Até que do nada,
Foi até a chuva dançar,
Se molhando totalmente,
Ao mesmo tempo que sorria pra mim,
De um jeito diferente.

Respirou fundo,
Olhando-me de baixo pra cima,
Como se estivesse pensando em rimas,
Pra compor algum poema.

E simplesmente assim,
Abraçou meu peito,
Me molhando sem jeito.

Logo depois me chamou pra brincar,
Puxou minha mão,
Levando minha mente e meu coração,
Para dançar na chuva.

Nessa brincadeira sem noção,
Bebeu minha vodka com fanta uva,
E eu sem eu querer,
Sem que eu pudesse perceber,
Acabei dançando na chuva com ela.

Tudo porque essa tal de Bella,
Talvez, sem intenção, me enfeitiçou,
De uma única vez, sem ter noção, me conquistou.

Seguindo nossa valsa insana,
Acabei derrubando-a no chão,
Ela tentou me imitar,
Mas não conseguiu me pegar.

Foi assim, que no fim,
Nós dois acabamos caindo na risada.
Com um olhar de apaixonada,
Ela me deu uma mordida.

Eu a observei,
Olhei naqueles olhos cor de mel,
E quando eu a beijei,
Finalmente entendi meu papel.

Vi que ela era o que sempre procurei,
Era um bom sentido para minha vida.
Embora ela se chame Bella,
De linda não tem nada,
É totalmente destrambelhada.

Afinal, quem é que sai toda molhada,
Tropeçando pela calçada,
Com os cabelos dançando,
Me enfeitiçando,
E ao ver meu olhar perdido,
Solta uma gostosa risada?

Pare com isso Bella.
Se você continuar a me tratar assim,
Vai ficar sozinha no fim.

Faço o que você quiser,
Digo o que você quiser ouvir,
Só pra te ver sorrir,
Componho infinitos poemas
Só pra acabar com todos seus probelmas.

E se isso não bastar,
Pinto a ponta do seu nariz,
Com um pouco de tinta amarela,
Mordo sua boca de um jeito provocante,
Só pra te ver feliz.

Bruno Tôp