terça-feira, 14 de abril de 2009

Baunilha

Baunilha é doce demais,
Você deveria colocar um pouco de sal,
Eu sei que não é normal,
Mas quem disse que alguém é?
Faça o que você quiser.

Não sei o está havendo,
Mas o sol está brilhando,
Mesmo à noite só começando,
Conduzindo uma dança,
Onde adultos são crianças,

Numa cidade onde ilusões estão dançando
O sino da despedida está soando.
Pássaros rastejam pela chão,
Pessoas voam com asas de dragão.

O mar flutua no céu,
Peixes planam como aviões de papel,
E apesar de minha alma estar entorpecida,
Eu concordei com uma garota atrevida.

O sol está queimando o oceano,
Ele está brilhando no meio da noite,
Fazendo ressoar o som de um triste piano,
E então você que estava sonhando,
Queimou seus olhos por ficar hesitando.

Sem inicio e sem fim,
A marcha funebre continua a tocar uma melodia,
Que me transmite uma certa nostalgia,
Por isso deixarei aberta a porta,
Onde guardei meus sentimentos.

Sei que você não se importa,
Na verdade, você não entedeu nada.
A canção continua a seguir calada,
Passando além dos nossos pensamentos.

Eu deixei a porta aberta,
Para que a pessoa certa,
Possa ver meus sentimentos,
Refletidos em seus olhos.

Sem nenhuma lógica,
Sem nenhuma razão,
O tempo retrocede,
E o sol brilha no meio da noite.

Você não pode ver,
Mas todas pessoas dignas de elogio,
Estão vivas por um fio,
Estamos sozinhos nessa canção.

A canção que continua sem fim,
O sol num tom carmesim,
A morfina perdendo seu efeito.

É, não tem jeito,
Hoje o sol resolveu brilhar na noite,
Eu não vou chorar,
Mas vou me amargurar.

Nessa noite azul e vermelha,
Nada tem sentido,
Meu coração foi deixado vazio,
E você irá morrer de frio.

Então veja você,
O sol está brilhando na escuridão,
Não, isso não é nenhum sermão,
Só quero te avisar,
Que o sol não vai aquecer para sempre.

O amor desperta certo calor,
E mesmo que o sol brilhe a noite,
Se você me der amor,
Eu consigo parar com essa canção.

Tudo vai voltar ao normal,
Como baunilha sem sal,
Agora, você já vai me dar amor?

Bruno Tôp

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