sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Diabinha Veste Verde

Eu te conheço faz tempo,
E desde sempre, gostei do teu jeito de ser,
De sorrir, conversar,
Seu jeito de olhar o céu, encarar um estranho,
E gostar de viver;
Sei lá, sempre gostei.

A gente nunca se aproximou,
Mas sempre se deu bem,
Tinha aquela possibilidade de ir além,
Só que nunca tentamos.

E aí, do nada, eis que me apareces toda intrometida,
Querendo falar da tua vida,
Mergulhando de vez na minha;
Só podia ser mesmo uma diabinha.

Você, Eduarda Menezes,
Que nem sempre é forte o bastante,
Pra mim é verde, às vezes, muitas vezes!

Como uma fruta que ainda não é madura,
Uma diabinha que veste verde,
Pois ainda não está pronta para o mundo,
E mesmo assim vai com tudo,
Pois não quer perder nem o segundo,
A chance de aproveitar sua vida.

Como uma autentica escorpiana,
Gosta de um carinho e de um ombro amigo,
Impulsiva e emotiva, sempre insegura;

Surgisse mais na minha rotina mais incoveniente que uma conjutivite,
Folgada, contagiosa, e que não deixa em paz,
Mas eu simplesmente tomei gosto por isso; vai entender.

Meu tipo preferido de amiga,
Pra aconselhar, instruir e fazer sorrir.
Pode parecer meio artificial,
Porém, eu garanto que não é, gosto de muito de ti, assim, de graça.
Sei bem que quando o ano chegar ao final,
A gente pode nem dar manutenção nessa nova amizade,
Mas sei lá, eu gostei tanto, que senti vontade de demonstrar,
Que tou aqui sempre, pra você me aperriar.

É sério, cada vez mais, gosto um tanto assim de você,
Já que num mundo cheio de pseudo-anjos,
Nada mais confiável que uma diabinha insegura não é verdade?

Pois bem, serei seu advogado e conselheiro,
E espero que não só por agora,
Que seja uma dessas amizades pra todas as horas,
Que você simplesmente não vá embora.

Simplesmente porque me apeguei a você,
Não quero abrir mão de convencer a aloprar,
Nem de acordar contigo ligando pra me aperriar.
É sério, te quero como uma amiga,
Por muito tempo,
Como um pacto que se faz com uma diabinha,
Você será uma amiga, bem minha.

Bruno M. Tôp

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Gravidade

Se eu te disser que um sonho virou fato,
Que algo, antes tão abstrato,
Hoje é tão nítido e real,
Quanto o azul do céu e do mar.

Sempre quis ter um amor assim,
Para que todos pudessem invejar,
Que transbordasse de mim,
Fazendo sorrir o sol, a lua e o que pudesse amar.

E simplesmente, eu consegui isso em você,
Acho que por isso sou tão grato,
Por toda vez que te tenho nos meus braços.

Se eu pudesse fazer um desejo,
A uma andarilha estrela cadente,
Seria poder me eternizar num dos nossos beijos,
Poder gravar permanentemente,
Cada sorriso seu, que me aquece tão docemente.

E cada vez mais, eu sinto que vou me apaixonando,
De uma forma que ninguém poderia achar ser possível.

Vou te querendo mais e mais,
Anseiando pelos momentos que posso estar contigo,
Pelos únicos momentos em que meu coração tem paz;
Quando te enlaço no meu peito,
Te dando abrigo.

Eu me enfeiticei pelo seu brilho,
Se antes eu achava que eu gostava dele,
Hoje tenho certeza que não se compara ao que sinto hoje;
Muito maior do que a grandeza do infinito,
Da incerteza do que é verdade e do que é mito.

Hoje você é pra mim,
Nada mais que um sol, cheio de dengo,
Com preguiça de queimar, e assim suave,
Vem me esquentar, derreter, acalentar.

Eu te amo,
E é como se eu te amasse desde sempre.
Como se nosso amor fosse o sentido pra tudo.

Como se o que me prendesse hoje ao mundo,
Não fosse a gravidade,
E sim o amor que sinto por você.
É como se tudo que prendeu-se a minha vida no passado,
Tivesse sido cortado,
E no lugar, fui preso a um novo laço,
Bem forte, como um cabo-de-aço,
Preso ao seu sorriso, ao seu olhar,
Ao seu modo de respirar.
 
Você não percebeu ainda,
Mas assim como o sol tem seu sistema solar,
Girando ao seu redor,
Meu andar, respirar, pensar e pestanejar,
É atraído por toda sua completude;
Você meu sol, me atraiu,
Como se fosse a minha Gravidade.

Quero que nosso tempo,
Seja bem maior que o tempo,
Assim como nosso amor,
É maior que o próprio amor.
Eu te amo,
E obrigado por me fazer tão bem,
Que me fez sonhar bem além.

Bruno M. Tôp