quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Coração bate, palpita.

Eu me acalmei,
Vislumbrar seus olhos achocolatados,
Me fez tão bem,
Que eu até comecei a admitir,
Quando eu estou errado.

Fique comigo, isto é o que eu preciso,
Susurre que você me ama no meu ouvido,
Explique quais partes de mim te deixam feliz,
Sempre gosto de escutar você falando de amor,
Meio ruborizada, totalmente apaixonada.

Eu não sou nada faz muito tempo,
Tempo desde que me apaixonei por você,
Desde que ouvi você dizer que me amava no natal,
O som que me aqueceu, me derreteu,
Me encheu de esperanças.

Este coração, bate, palpita, apenas por você.

Por favor, nunca esqueça,
Essa parte, esse detalhe, esse fato,
Sou seu, só seu, para sempre,
Se você quiser, desejar, almejar,
Serei seu, unicamente seu.

Basta um cativar, aquele sorriso especial,
Que me faz ser a pessoa mais feliz do mundo,
E assim eu me rendo para você.

Feitiço por feitiço,
Encanto por encanto,
Vou me apaixonando, me apegando,
Não tem mais volta,
Então fique comigo,
Eternamente...

Afinal, se hoje meu coração,
Ainda bate, palpita, é graças a você,
E é todo seu.

Um dengo que me conquistou,
E consumiu,
Um Dengo para a vida toda,
Amo você.

Bruno Tôp

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Carnaval de Torpor

E daí que estou sozinho?
E daí que preciso de carinho?
Cativar as pessoas é uma lâmina afiada,
Que penetra o coração de forma eficaz,
Mas poucos sabem, que é uma faca de dois gumes.

Hum, Hum,
Lá vai o Bloco do Eu Sozinho,
Desfilando com o tédio,
Junto da troça vem a solidão,
Essa sempre traz a tristeza,
Não é surpresa,
Relacionamentos humanos rendem esse tipo de situação.

É isso que são,
Sentimentos chegam sem se mostrar,
Como um traidor disfarçado,
É bem acolhido e nos apunhala,
Ah, ah...
Não quero mais esse tipo de pesar.

O amor, esse grande vilão,
Disfarça-se como suave e meigo,
E quando se revela,
Mostra sua face cruel...

Argh, todas caricias e pobres promessas,
Do que adianta se deixar envolver,
Se no fim, é tudo uma emboscada.

Se pudesse, recitaria uma verso,
Impactante o bastante,
Para fazer o amor se afastar de mim,
Só precisaria dele de tempos em tempos,
Prefiro mais o gosto do vento,
Aquele gosto estranho e suave,
Concentrado com o aroma dos amantes,
Mas o amor, não, esse tipinho ai, de jeito nenhum!

Só que existe um porém,
Coração é teimoso,
Sempre está preso aos ciclos mais viciosos,
Tsc, tsc,
Porque não podemos nascer sem corações?

Ah, sim, é verdade,
Porque são eles que tingem o mundo,
Então eis que surge uma grande dúvida...
Ficar sem aromas, cores, melodias e gostos,
E não ter nenhum motivo para sentir o torpor?
Ou simplesmente se arriscar ao amor?

Droga, humanos errantes,
Imperfeitos e interessantes.
Não existe resposta,
Só essa agonia...

Acabo sendo pessimista,
Até parece que gostaria de me livrar do amor...
Er... Solidão sempre me traz esse tipo de divagações,
Sempre todas cheias de mais puro baixo astral...
Vai entender...

Bruno Tôp

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Alma Deformada

Quando eu ainda era inocente,
Quis viver num mundo saído de um sonho,
Onde tudo que fosse idealizado,
Seria simplesmente mais um desejo realizado.

Com um choque, percebi que não podia ser assim,
Não dependia de mim,
Se o mundo seria bom ou ruim,
Eu só poderia decidir,
Qual o caminho que iria seguir,
E mais importante, se por ele iria ter motivos pra sorrir.

Numa decisã abrupta,
Acabei escolhendo um caminho estranho,
Mas é o meu caminho, não importa se vou seguir sozinho,
Foi uma escolha só minha.

Não vou mais ficar me segurando,
Tenho que dizer tudo que quero,
Voltando pra casa, com o luar me observando,
Logo após descer na parada de ônibus,
Eu dei um adeus permanente ao arrependimento.

Só que mesmo assim, meu mundo ainda é cheio de problemas,
E às vezes chega a ficar numa tonalidade solitária,
Mas eu não me importo.

Pois tenho certeza que mentir não faz sentido,
Todo meu amor,
Eu jurei pra mim mesmo,
Que sem isso, não conseguiria sobreviver.

Ó, doce amor, como eu vi em meus sonhos,
Os namorados procuram lugares em que se sentem mais à vontade,
Mas na verdade, os dias que não podemos nos ver,
São dias que temos de aprender a conviver.

Não importa se o caminho está certo, ou errado,
Eu simplesmente sigo em frente,
Pois serei sempre uma raposa, que independente de condenada,
É inocente porque já nasceu assim,
Com uma alma deformada.

Bruno Tôp