domingo, 7 de fevereiro de 2010

Alma Deformada

Quando eu ainda era inocente,
Quis viver num mundo saído de um sonho,
Onde tudo que fosse idealizado,
Seria simplesmente mais um desejo realizado.

Com um choque, percebi que não podia ser assim,
Não dependia de mim,
Se o mundo seria bom ou ruim,
Eu só poderia decidir,
Qual o caminho que iria seguir,
E mais importante, se por ele iria ter motivos pra sorrir.

Numa decisã abrupta,
Acabei escolhendo um caminho estranho,
Mas é o meu caminho, não importa se vou seguir sozinho,
Foi uma escolha só minha.

Não vou mais ficar me segurando,
Tenho que dizer tudo que quero,
Voltando pra casa, com o luar me observando,
Logo após descer na parada de ônibus,
Eu dei um adeus permanente ao arrependimento.

Só que mesmo assim, meu mundo ainda é cheio de problemas,
E às vezes chega a ficar numa tonalidade solitária,
Mas eu não me importo.

Pois tenho certeza que mentir não faz sentido,
Todo meu amor,
Eu jurei pra mim mesmo,
Que sem isso, não conseguiria sobreviver.

Ó, doce amor, como eu vi em meus sonhos,
Os namorados procuram lugares em que se sentem mais à vontade,
Mas na verdade, os dias que não podemos nos ver,
São dias que temos de aprender a conviver.

Não importa se o caminho está certo, ou errado,
Eu simplesmente sigo em frente,
Pois serei sempre uma raposa, que independente de condenada,
É inocente porque já nasceu assim,
Com uma alma deformada.

Bruno Tôp

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