sábado, 4 de abril de 2009

Bella

Quando eu achei já tinha visto de tudo,
Que não existia nada pra me surpreender,
Que já tinha visto todos os conteúdos,
Ela teve que aparecer.
Essa uma menina tão louca,

Pessoas com a personalidade dela,
São tão poucas,
Menos ainda as que se chamam Bella.

Primeiramente ela me destratou,
Depois me atacou,
E no fim me abraçou.

Eu a olhei intrigado,
Fazia tempo que ninguém,
Me atraia tão bem.
Não com um jeito tão alucinado,
Não de um jeito tão sequelado.

Depois de algumas discussões,
Ela se levantou,
E ficou a me fitar.

Até que do nada,
Foi até a chuva dançar,
Se molhando totalmente,
Ao mesmo tempo que sorria pra mim,
De um jeito diferente.

Respirou fundo,
Olhando-me de baixo pra cima,
Como se estivesse pensando em rimas,
Pra compor algum poema.

E simplesmente assim,
Abraçou meu peito,
Me molhando sem jeito.

Logo depois me chamou pra brincar,
Puxou minha mão,
Levando minha mente e meu coração,
Para dançar na chuva.

Nessa brincadeira sem noção,
Bebeu minha vodka com fanta uva,
E eu sem eu querer,
Sem que eu pudesse perceber,
Acabei dançando na chuva com ela.

Tudo porque essa tal de Bella,
Talvez, sem intenção, me enfeitiçou,
De uma única vez, sem ter noção, me conquistou.

Seguindo nossa valsa insana,
Acabei derrubando-a no chão,
Ela tentou me imitar,
Mas não conseguiu me pegar.

Foi assim, que no fim,
Nós dois acabamos caindo na risada.
Com um olhar de apaixonada,
Ela me deu uma mordida.

Eu a observei,
Olhei naqueles olhos cor de mel,
E quando eu a beijei,
Finalmente entendi meu papel.

Vi que ela era o que sempre procurei,
Era um bom sentido para minha vida.
Embora ela se chame Bella,
De linda não tem nada,
É totalmente destrambelhada.

Afinal, quem é que sai toda molhada,
Tropeçando pela calçada,
Com os cabelos dançando,
Me enfeitiçando,
E ao ver meu olhar perdido,
Solta uma gostosa risada?

Pare com isso Bella.
Se você continuar a me tratar assim,
Vai ficar sozinha no fim.

Faço o que você quiser,
Digo o que você quiser ouvir,
Só pra te ver sorrir,
Componho infinitos poemas
Só pra acabar com todos seus probelmas.

E se isso não bastar,
Pinto a ponta do seu nariz,
Com um pouco de tinta amarela,
Mordo sua boca de um jeito provocante,
Só pra te ver feliz.

Bruno Tôp

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