segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Éris

Usando óculos mágicos,
Vejo a vida como verdadeiramente ela é,
Nada de sentimentos fantásticos,
Só a humaninade nua e crua,
Que vai ingerindo as sementes com um passatempo,
As sementes da esperança desse mundo.

Você, como se comporta?
É capaz de controlar seus istintos,
Ou é apenas mais um humano cheio de desordem.

'Como a grande Éris um dia falou,
Os humanos não precisam de nada,
Eles sozinhos, vão se auto-destruir...'

Existe esse silêncio,
Que está ecoando,
Em florestas, que outrora foram cheia de vida,
Agora são só vestigio do veneno,
Que o homem destilou nos seios da mãe Gaia.

E entre ele, e o sono eterno de Nix,
Existe um grande vazio,
O buraco que Éris preveu,
Antes mesmo de existir a linha do destino...
Todos estamos indo para o Tártaro,
Tudo culpa da desordem...

Quando eu me tornei o sol,
Consegui iluminar a vida dos homens,
Porém, não sei se o caos
Que alimenta a beleza de Éris,
Vai deixar minha luz chegar aos olhos deles.

Pobre humanidade,
Sem nenhum futuro,
Abandonou suas divindades,
E agora vive num mundo,
Cada vez mais obscuro...

Desordem, respeitem a desordem.
Veneno, aceitem o veneno,
Caos, adorem o caos.
Tolos humanos,
Não percebem que no fim,
Éris não fez nada...

Apenas sugeriu tudo,
Lembram do pomo de ouro?
Foi a primeira sugestão dela...
Desordem, ela é a deusa,
Por isso que a venero.

Bruno Tôp

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