sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Ísis

Ela realmente acreditou,
Que é a protagonista de um conto de fadas,
Esqueceu de como era a realidade,
Da sensação e dos aromas,
Oferecidos pela vida.

Aos seus olhos,
Todos são personagens,
Das histórias que lhe contei,
Só que, agora que paro pra pensar,
Eu alterei algumas partes,
Para fazê-la se alegrar.

Qualquer lugar,
Em cima do chão,
E debaixo do céu,
Já está ótimo pra mim.

Mas ela, tenho os olhos nas estrelas,
Os pés nas flores,
Sempre sonhando e fantasiando.

Cuidado, a princesa desapareceu,
O principe nunca existiu,
O alasão se perdeu...
O castelo desmoronou...

Não sabia,
Que os contos de fadas arruinados,
Iriam gerar lágrimas,
No seu rosto tão adocicado.

A culpa é minha,
Porque, tecnicamente falando,
O príncipe que ele tanto anseia,
Está dentro de mim,
Mas acho que ele se pereceu,
Sendo subjugado por um dos quatro monstros.

O que devo fazer, pra alegrar a Ísis?
Minha missão é afastar o mal,
Só que, acho que isso não existe,
Numa rotina tão normal...
Eu realmente não sei,
Se conseguiremos terminar apenas felizes.

Não sei se ela desiste,
Só sei que os conceitos vão mudar,
Afinal eu não vou me adaptar,
Ao final feliz que ela está acostumada.

Bem, você se colocou num mundo mágico,
Porque nosso amor é real e trágico;

'Você não pode ver com os olhos,
Você pode achá-lo com o coração.'

'Não quero acreditar,
Se ele, de fato existe,
Pode ser visto com os olhos,
Até na escuridão,
Que vez por outra vem me abraçar'

Um colo quente,
Beijo com o sal das suas lágrimas,
Açucar das suas bochechas.

'Você acredita agora?'

'É... Contos de fadas podem existir,
Eu sei,
Porque estou vivenciando um agora,
Enquanto te vejo sorrir'.

Bruno Tôp

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