sábado, 20 de dezembro de 2008

Velho Horizonte

As ondas passam por mim,
As lembranças voltam a memória,
A imensidão do horizonte não tem fim,
A solidão faz parte da minha história.

Desde que perdi de você,
Não consigo me sentir feliz,
O mundo perdeu a razão de viver,
Sem você sou só verniz.

Grãos de areia dançam no ar,
A brisa vem meu rosto acareciar,
Gaivotas planam sobre o mar,
E meu coração continua a te amar.
Sinto uma dor sem dó nem piedade,
Uma dor chamada saudade.

A maresia resseca meus lábios,
O sol timido vai embora,
A estrelas tão adoradas pelos sábios,
São tão sem graça agora.

Toda a cor do universo,
Foi levada da minha visão,
Quando um ser perveso,
Afastou de mim seu coração.

Coloquei uma carta engarrafada,
No mar para navegar,
Na esperança que um doce lufada,
Consiga nosso amor imortalizar.

Se tenho saudade,
É porque te amo tanto,
Que nem essa avançada idade,
Me impede de viver aos prantos.

Eu sei que não vai tardar,
Para que eu te reveja,
Mas é de martirizar,
Que agora do seu lado eu não esteja.

Nossos meninos tentaram me convencer,
Que a vida é assim,
Que eu tenho que viver sem você,
Mas para mim, já é o fim,
Viver sem minha preciosa jasmim.

Bruno Tôp

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