sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Plano

Ele me diverte, mas não era pra meu tempo roubar; ele me enlouquece, mas não era pra meus sorrisos apontar; ele me enobrece, mas não era pra no meu coração se plantar. Eu engulo em seco e ao seu toque estremeço, não sei nem se eu mereço, mas ele surgiu pra meu maior plano quebrar.
Meu maior plano era não fazer planos, e, aparentemente, como se planejado por uma entidade de um plano superior, ele planou como um avião de papel na minha vida, como se o vento que eu era, ou deveria ser, tivesse se tornado calmaria suficiente pra que pousasse no meu peito, como se meu coração fosse plano o suficiente para ele se plantar por aqui.

Com um sorriso torto, ele plantou gargalhadas em mim; com um abraço gostoso, germinou segurança por aqui; com um pescoço cheiroso, cultivou um misto de saudade e vontade tão fácil assim. E me deixando levar, voltei a florescer enfim.

Ele me traz flores, sabores, cores e rumores de uma vida a dois, de um bem-aventurado depois, fazendo com que, mesmo que a contra-gosto, meu coração volte a ficar disposto, a se sentir exposto por um sentimento que acreditei que não poderia mais viver.

Vivo portanto, todo esse tanto que ele vem bagunçando em mim, despreocupada enfim, com o que é meio, inicio ou fim. Vai ser o que tiver de ser, isso ele não cansa de me dizer, então que seja mesmo o que simplesmente já é, algo bom que me faz ter fé que Deus abençoa quem tem aura boa.

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