domingo, 19 de abril de 2015

Um Beijo de Escorpião

Ela era diferente,
Bela menina,
Nada de passado ou futuro,
Sua personalidade era toda presente.

Um beijo de câncer,
Falou-me que era diferenciado,
Devia ser dum carinho aprofundado,
E por isso ela riu,
Após nosso primeiro beijo pausar,
Para a ternura dos meus lábios apontar.

Foi uma estranha sensação,
Com ela, eu era a caça e caçador,
O analisado e analisador,
Entre felinos e caninos,
Senti que ambos eramos vulpinos.

Entre entendimentos astrais,
Confissões pouco usuais,
Ela me surpreendeu bastante,
Deveria ser uma conversa qualquer,
Mas ela era muito cativante,
E, de repente, conversamos até sobre fé.

Ela era tão contente,
Bela bailarina,
Dançando na luz e no escuro,
Com sorrisos que me foram valiosos presentes.

Um beijo de escorpião,
Eu lhe brinquei que me deixaria aturdido,
De um fulgor cheio de líbido,
E por isso ela riu,
Após nosso último beijo pausar,
Para a surpresa nos meus olhos apontar.

Não é sobre o que foi,
É sobre o que é,
O que poderá ser,
Sou desses que a olha pra frente,
E acredita, de repente,
Na vida ser de florescer.

Eu sei que houve reciprocidade,
E talvez, por esse motivo,
Que o sentimento se mantém vivo,
Aguardando uma oportunidade,
Que o tempo parece querer nos dar.

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