sexta-feira, 13 de março de 2009

Divagações de Tôp XXV - Embriaguês

Não há nada de errado comigo,
É assim que eu devo ser,
É assim que eu quero ser,
E só isso que me importa.

Numa terra do faz de conta,
Que nnunca acreditou em mim,
Não sei quem são meus amigos,
Nem o que esconderam,
Atrás de cada nova porta.

A incerteza aumenta a cada passo,
Já não tenho certeza de nada que faço,
Tudo ficou muito complicado,
Agora que estou apaixonado.

Minha amada, está me ouvindo?
Não seja tão irritadiça e tonta,
Eu realmente não consigo me lembrar,
Na verdade, eu não quero pensar.

Nos erros que acabei fazendo,
Na culpa que acabou me doendo,
E hoje eu finjo não lembrar,
De uma só palavra que você soprou no ar.

A culpa está me atormentando,
Já pedi pra ela parar,
Mas ela não consegue me escutar,
E assim vou me irritando.

Isso pode parecer uma mentira,
Mas minha memória está cheia de sons,
Parece um sonho executado ao som de uma lira,
Que vai tingindo o mundo de vivos tons.

Sou retardado ou só estou muito alegre?
Ninguém é perfeito e eu sou acusado,
Por retirar das palavras,
O que melhor pode ser tirado.

Quem será que poderá responder?
As perguntas que não param de aparecer...
Eu gostaria que fosse você,
Mas vejo você tão distante,
Cada vez mais se afastando do 'nós'.

Até que chegará a um triste ponto,
Em que não escutarei mais sua voz,
E temo que terminarei meio tonto.

Ou melhor meio embriagado,
Pelos sentimentos que vão me consumir,
Tentando me destruir.
Eu não quero acreditar,
Que tudo vai ter minar assim...

Você não consegue entender?
É só ler entre as linhas,
Do que está arruinado,
E do que está bem.

Só aí você vai perceber,
Os verdadeiros motivos,
De eu não me sentir mais vivo.

E de que no futuro,
Você ficará sozinha,
Caso você não consiga entender,
O que eu quis dizer.

Vai terminar num frio e triste escuro,
Conhecido como arrependimento,
Comensal de qualque pensamento,
Ou de novos sentimentos.

Bruno Tôp

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