Eu quero um frevo,
Que fanfarre assim,
Feito só pra mim,
Quero frevar,
Porque de carnaval eu sou,
E o ano todo passou,
Pra ladeiras eu pintar de amor.
Lá vem a moça de samba,
Com um olhar tão forte,
Que eu agradeço pela sorte,
De ela deixar tão bamba,
Minha risada e meu peito,
Já que lhes é causa e efeito.
Ela parece decidida,
A me hipnotizar,
Com essa troca de olhar,
Quase que escondida,
Que é pra ninguém reparar,
Como ela gosta de me conquistar.
E com o primeiro dia,
Ela também se vai,
Quatro dias ainda tem,
A cerveja me cria uma paz,
Fazendo-me sorriso e além,
Porque não há problema,
Se a moça se despede com desdém.
É com euforia,
Que meu sorriso sai,
Quando ela me vem,
E com um beijo desfaz,
Toda dúvida que meu peito tem,
E me cria um dilema,
Se meu carnaval é ela e mais ninguém.
Eu quero um frevo,
Eterno pra mim,
Pro carnaval não ter fim,
Quero ladeira pular,
Porque um fevereiro eu sou,
E é com essa moça que vou,
Escrever nas ladeiras nosso amor.
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