quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Sereia

Ah, o verão!
Isso é que é estação!
Não só da perdição,
Mas também de alegrar o coração.

Ah, o mar!
Sempre traz coisas maravilhosas,
E foi nas suas areias,
Que conheci um ser mistico.

Uma mitólogica sereia,
Tão linda que parecia uma miragem,
Quase que instantaneamente,
Seu olhar me seduziu de um jeito,
Que descompassou meu peito.

Eram olhos verde mel,
Tão lindos que ofuscaram,
A beleza de um céu,
Tão amplamente estrelado,
E por um belo luar iluminado.

Esse luar refletiu de tal maneira,
Em seus cabelos cor de labaredas,
Que criou uma aura tão bela,
Formada pelo contraste de seus olhos brilhantes,
E seus cabelos macios feito a seda,
Exibindo uma uniforme aquarela.

E se já não fosse o bastante,
Sua pele de um puro marfim,
Combinava divinamente,
Com seus lábios carmesim.

Ah, quando ouvi sua voz,
Fiquei enebriado com a melodia,
Que pelo ar se expandia,
E se misturava graciosamente,
Ao som e o cheiro da maresia,
E do seu perfume enebriante.

Ah, que sereia!
Agora todos os meus sonhos serpeia,
De uma forma tão viciante,
Que chega a ser apaixonante.

Minha cabeça só pensa nela,
Minhas pestanas das tardes,
Já não existem mais,
Tudo porque Júlia Bernardes,
Não deixa meu coração em paz.

Até as cantadas que adorava soltar,
Para outras meninas,
Não passam de brincadeira,
Quando eu me lembro da beleza divina,
Daquela apotilínea sereia.

Já não consigo pensar em mim,
Não consigo pensar em nada,
Só consigo pensar em nós,
Juntos... De almas entrelaçadas.

Bruno Tôp

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