domingo, 18 de janeiro de 2009

Divagações de Tôp XIX - Ombro Reconfortante

O que você faz agora,
As pessoas de tempos passados
Pensavam que eram cachoeiras,
Perto do mar, que vinham lhe molhar.

O gosto meio salgado,
Que você tem na boca,
Logo vai embora,
Mas o motivo da sua lágrima...
Ele não vai te abandonar.

Enquanto afago suas costas,
Percebo que você ainda está tremendo,
Deixe que escorram as lágrimas,
E conte-me o que está doendo.

Pode ser que eu não tenha a resposta,
Mas sempre vou ter um abraço para dar,
Palavras para te reconfortar,
O que eu mais desejo é o seu bem-estar.

Venha para mais perto de mim,
Eu quero tocar sua face,
Todo o amor não pode ser apagado,
Não vou te ver sofrer e ficar parado.

Deixe uma trilha para eu seguir,
Pode não parecer,
Mas já passei por isso,
E quando não consigo sorrir,
Escuto a música você me enviou.

Pois o nosso amor é mais profundo,
E mais convincente que o mar,
você é as ondas do meu oceano.

Hoje você se acha a pessoa mais triste do mundo,
Mas, por favor, não fique assim,
Se a sua dor não tem fim,
A vida não tem cor para mim.
Deixe-me tentar alegrar você.

Pode até ser que eu venha a falhar,
Mas eu preciso tentar,
Senão a angústia no meu peito não vai parar.
Ainda não descobri o porquê,
Só não consigo te ver chorar.

E mesmo que isso seja insano,
Vou te alegrar mesmo sem sua permissão,
Pois sua dor corrói meu coração,
Eu quero ser seu ombro reconfortante.

Pois preciso voltar a sentir,
Seus lábios viciantes,
Seu perfume enebriante,
E principalmente vislumbrar,
O seu sorriso deslumbrante.


Bruno Tôp

Nenhum comentário:

Postar um comentário