sexta-feira, 25 de março de 2016

Hora-Local

Pare aí, vá de ré,
Quem te fez, atuar,
Uma vida, tão feliz?

Eu tou aqui,
Mantendo a fé,
Feito de tolice,
Sem tentar fingir,
Nem um único sorrir.

Uma lástima dizer,
Tuas juras, um porém,
Já não servem bem.
Meus dias, agora têm,
Um eficiente despertador,
E se você, desejar,
Terá de agendar,
Uma hora, meu amor.

Olha aí, tenha fé,
Pra se encontrar,
Olhe só, seu nariz.

Sigo, por aqui,
Sem engatar a ré,
Feito sempre lhe disse,
Não dou passo pra trás,
Se não foi, não será mais.

Já não dói, perceber,
Tuas mensagens, leio nem,
Teu contato, foto não tem,
Meus dias, agora são sem,
Seu trânsito enlouquecedor,
E se você me almejar,
Terá de localizar,
Onde anda meu amor.

Teu rosto, já me é um qualquer,
E na multidão de histórias,
Que se não me serviam mais,
Optei por apagar da memória.

Se tiver, algo que quiser,
Recuperar da nossa história,
Lamento, todavia, não há nada mais,
Já passara a hora de jogá-la fora.

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