segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Vem e Vai

Ela vem e ela vai,
Chamando minha atenção,
Entre olhares atrevidos,
Fico sem reação,
E sempre que ela sai,
Penso que deveria ter dito,
Senão algo bonito,
Um fato bem divertido,
Mas parece que não consigo,
Porque sempre que ela está comigo,
Todos meus pensamentos são perdidos.

Já faz um tempo que a observo calado, algo inesperado, pra um eu que sempre foi todo afobado. Eu ainda não a conheço bem, mas esse é apenas um pequeno porém. Eu já guardei comigo o riso dela, que aparece sempre que falo uma coisa engraçada; que surge sempre que nossos olhos se encontram, deixando-a um pouco corada. Não precisamos trocar sequer uma palavra, apenas os risos indecisos e sei que o que me toma é recíproco.
Ela vem e vai, meu olhos e coração atrai, e eu não sei de onde isso vem, muito menos pra onde vai, e pra mim é o suficiente, porque a incerteza é que torna tudo mais atraente; é o inesperado que me faz ávido pelo que virá, afinal, o que tiver de ser, será, e ela há de ser, pelo menos é o que meu coração parece crer sempre que nos olhos dela faz questão de se perder.

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