Ela estava bem,
Não queria amor,
Nem romance,
Quiçá conto de fadas,
Em suma, não queria nada,
Tinha um destino planejado,
Não queria nenhum desvio,
Apenas se aproveitar por si só.
Um sorriso. Ela ignorou. Sabia que era pra ela, mas sabia o perigo, que um sorriso traz consigo, e por isso o ignorou, juntamente com o dono do mesmo.
Um olhar. Ela fugiu. Estava ciente que ele olhava pra ela, contudo tinha ciência do que significaria encará-lo, melhor então ignorá-lo, melhor então fingir que não o via.
Uma palavra. Ela poderia ter continuado a andar e deixá-lo acreditar que ela não o escutou, mas acabou sorrindo ao encarar o olhar dele, e uma resposta saiu, meio sem querer, meio por querer, pra saber exatamente o que ele tinha a dizer.
Ele disse, entre risos, boas conversas, danças e beijos. A primeira vista, ele não parecia ser, mas a cada novo ponto dado, ele não mais parecia tão errado. Ela gostava disso, do ar de aventura, do sensação que não mais controlava o que viria na sua vida futura. Ele era totalmente um bom desvio nos planos que fizera.
Alguns encontros não são pra acontecer, outros sequer pra perdurar, mas alguns são de enriquecer, uma rotina, um dia-a-dia; alguns são tão bons, que às vezes é pra se perceber que a trajetória é tão ou mais importante que o destino.
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