Não há o que perdoar, se ela vai longe demais, é que não há o que entender, as trocas de opinião que faz, não é por mal não, é apenas pelas tantas tentativas de fazer todos ao seu redor mais felizes e, se derem errado, devem ser desconsiderados, afinal, são simples deslizes. Ela não precisa de falsos afagos, nem de Deus, nem do Diabo, menos ainda de dó; ela erra e acerta sim, mas pelo menos tenta resolver o nó, e vai seguir assim, contanto que não fique só, ela tem como se fazer melhor.
Perto dela, senti uma apneia tomar conta de mim. É que me faltava ar só de ficar ao lado de uma pessoa tão incrível assim. Senti-me desconstruído com cada questão levantada, com cada opinião refutada, principalmente pelo semblante dela que parecia pronta pra acatar as palavras que melhor fossem justificadas. Seu olhar tão ligado, ávido por aprender, me fizeram querer compreender melhor como alguém pode ter tão poucas amarras.
Ela entende que pode até soar dissimulada, mas é melhor que falem dela de forma descabida, do que viver a vida como coadjuvante; do que passar por esse bom trajeto que é a vida de uma forma desapercebida. Ela não tem medo de errar, porque veio ao mundo para aprender, comunicar e melhorar. Pode até soar com algum orgulho louco, porém é apenas a certeza que são poucos os que tem coragem de arriscar deixar claro aquilo que acreditam.
Não acreditei na sorte que tive, quando ela se interessou pelo meu jeito simples de não justificar. Segundo ela, esse meu jeito tão diferente quebra toda a monotonia que ela tem aversão de presenciar. Se o mundo não pára de girar, porque as pessoas que detém uma só rotina, insistem em se contentar? São tantas questões por responder e indagar que, às vezes, não dá tempo nem de respirar. É que ela é toda geminiana e não cansa do meu fôlego roubar, toda vez que um sorriso qualquer decide me dar. E eu fico assim, vivendo uma apneia boa que não dá pra explicar.
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