Ter me visto com alguém novo, depois de todo esse tempo, depois de tudo que você foi, depois de esperar tanto pelo retorno de nós dois, a quietude, a sobriedade, a falsa normalidade, me dói, como uma queimadura, como se, mesmo depois de tanto, ainda não estivesse pronta pra vivências futuras.
Se eu tivesse visto que nos seus olhos não havia futuro pra gente, não teria havido uma nova tentativa, sua última saída sequer teve um adeus, fiquei só, com arrependimentos meus que deveriam ser exclusivamente seus, causados apenas pelas juras que você nos prometeu.
A única promessa que mantenho hoje é não desistir, na verdade, não resistir, ao toque de outro alguém, quem sabe eu não encontro um ser de bem? Provavelmente não vou conseguir, já que eu mesma não consigo exalar alegria, simplesmente porque eu me importo demais.
Demasiada é a sensação de irritabilidade quando lembro que você poderia ter dito, senão em versos bonitos, a verdade sobre nós: não ia ser infinito. Mas você preferiu manter isso, como tantas outras coisas mais, em segredo e aí, quando o nó nosso se desfez, eu fiquei meio perdida, meio solitária, você poderia ter dito apenas que as coisas entre a gente não estavam sendo como você esperava.
Espero que você seja feliz, porque se eu lhe desejasse algo diferente, provavelmente iria atrair isso pra mim, então melhor ser assim. Desejo o melhor pra você, tal igual desejo o melhor pra mim, como já desejei uma infinidade de felicidade pra gente, e agora tenho de rezar pra que seja com pessoas diferentes.
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