domingo, 2 de setembro de 2012

Chuva


Por favor, entenda os meus sentimentos; só posso implorar por isso. Desde que tudo aconteceu sou atormentado pela incerteza de não saber se fazer nada é a melhor opção.

A chuva lá fora não vai parar; e enquanto a cidade e as pessoas encharcadas acreditarem que o sol vai aparecer, minha voz não será ouvida por ninguém.

Enquanto tentava entender cada parte minha lembrei de uma velha canção, a silhueta em meus braços; uma doce vida que de algum jeito conseguir tirar da realidade e transformar num arrependimento. Mas não olhe para trás, o caminho que você escolheu não vai parar e uma hora poderemos nos reencontrar, na contínua alvorada que só você conhece.

O meu pensamento sobre você é como o mar em noite de tempestade; chorando, consigo perceber que o desejo de duas pessoas que se amam e estão separados é a palavra "esperança". Por timidez, eu não falo; por respeito a sua vontade, mordo a língua, e deixo o tempo resolver o que há pra se sanar; mas, na verdade, eu digo para mim mesmo todos os dias: 'é o que você merece por ter sido covarde com o amor'.

A chuva aqui dentro não vai parar, e as lembranças e sentimentos encharcados, ainda teimam em acreditar que o sol vai voltar a aparecer dentro de um par de olhos cor de chocolate.

Sempre choveu perto de mim; eu nasci num dia de chuva, eu chorei num dia de chuva; mas, só quando lhe perdi é que percebi que não quero viver na chuva; não mais, nunca mais; só que, por escolha minha eu me joguei na chuva.

Agora só me cabe esperar pelo sol nos seus olhos; ou por uma eterna rotina cinza e chuvosa.

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