segunda-feira, 10 de setembro de 2012
O Jardineiro, O Vaso e A Flor
Era flor,
Bem cuidada,
Sempre amada,
Cheia de cor.
Ficou no vaso,
Sem ter como crescer,
O tempo fez pouco caso,
O vento a fez estremecer,
Murchou sem ter nada o que fazer.
O jardineiro chorou,
Aprendeu com o erro,
Treinou desapego,
E nunca mais plantou.
Esqueceu,
Que no fundo do vaso,
Ainda restava uma semente,
Guardando plenamente,
Todo o amor que nunca floresceu.
Assim foi o amor; um dos corações era o vaso, o outro era o jardineiro que não quis acreditar que a flor poderia voltar a lhe alegrar; esqueceu de toda cor que ela lhe deu; preferiu se apegar a dor que lhe infligiu quando viu as pétalas a cair.
Muitas coisas ruins acontecem; mas isso não impede a vida de prosseguir; e as flores sempre voltaram a nascer na primavera, é só questão de acreditar no melhor, pegar a semente e replantar esperando que tudo se inunde de cor; é o mesmo com amor. Uma última chance nunca é suficiente.
Poeta pros boemios, Boemio pros sábios, Sábio pros tolos, Tolo pra mim mesmo
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