terça-feira, 4 de setembro de 2012

Enraizado


Um porta retrato empoeirado; dentro da caixa a qual você inundou de sentimentos bons... Eu tenho mantido-a selada junto com a esperança que você me negou; que vive sussurando pelo amor que se foi; não importa quantas vezes, pedindo para o vento te levar todo o amor que nunca consegui deixar de cultivar; que tive tanto medo de se Enraizar como ele fez.

Durante todas as noites; eu lhe roubo, e você é toda minha; só em seu abraço forte sei que estou completamente seguro, mas o dia vem sempre e como uma linha sendo cortada; você é puxada pelo alvorecer.

A cada uma vintena de segundos me pego surpreso pela infinidade de coisas que me lembram de você; dos seus beijos desequilibrantes, das ruas em que lhe ensinei a dirigir, de cada local que já visitamos e de todos os hábitos que deixei de fazer desde que deixei você se esvair da minha vida; porém nunca do meu coração.

O tempo é cruel; ele teima em engatinhar enquanto as folhas do que você plantou em mim ressecam e inundam cada parte de mim de lembranças que só me fazem amargurar; como se o inverno estivesse pra chegar; o tempo em que nada me traz sorrisos; eu sei disso porque já vivenciei isso uma vez, e, se tivesse escolhas; não gostaria de viver nunca mais; porém eu tive escolha, e foi minha própria escolha que encaminhou para o inverno que está chegando; uma vida sem você e o sol que se esconde em seus olhos.

Eu poderia mentir e dizer que a espera não incomoda, mas ela vem me definhando a cada segundo que passo sabendo que posso estar lhe perdendo; como os ventos frios que trazem o inverno fazem a um imponente Carvalho; as flores murcharam, as folhas vão secar, mas o amor não vai morrer; pode permanecer pra sempre no inverno, mas isso só depende de você; enquanto isso vou regando e o mantendo o mais saudável possível com as lembranças que ensolaradas que você deixou.

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