terça-feira, 21 de março de 2017

Vilão

Pode parecer que não, mas eu tenho consciência sim, verdade que prefiro não demonstrar, contudo quando fico só comigo mesmo, deitado em minha cama, encarando um teto branco, tenho lapsos de insônia, porque me lembro de tudo que tenho deixado de fazer. Subitamente, como é do meu feitio, me levanto e vou olhar o céu; é que sentir as estrelas me observando, faz com que recordações torpes parem de me atormentar meu egoísmo.

Por ego, ou por falta de empatia, fiz o mal por aí, até porque não havia motivos sãos para não fazê-lo e embora devesse me arrepender, só consigo olhar pra trás e ser grato até onde cheguei. É por isso que gostaria de lhe deixar claro: não estou pedindo uma outra chance, pois não acredito que algo de bom vá nascer desse nosso romance, se quiser, me dê razão, mas, por favor, não me dê escolha não, pois ambos sabemos, obviamente, que vou cometer os mesmos erros novamente.
De novo nos reencontraremos, pois o fim nunca é absoluto e não é sua culpa, é essa cidade que tem seu limite de sociabilidade. Sim, podemos, apenas numa troca de olhar, imaginar sobre o que poderíamos ter sido, lembra que eu já lhe disse tanto? Do quanto torço pela sua felicidade? Talvez, quem sabe, numa grande demonstração de civilidade, podemos conversar e não apenas falar, todavia, espero que não citemos promessas, pois isso já não me interessa e não desejo voltar a essa reflexão, de como eu posso ter lhe sido um vilão.

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