Foi a risada dela que me chamou atenção, mas foi o olhar que fisgou de vez. Não precisei falar que a vida é viva, é mudança cíclica, sempre dinâmica, ela já sabia que o melhor é a jornada e não o destino. Em seus olhar dum brilho ímpar, pude notar que, pra ela, o mais importante são as pessoas que se encontra nesse caminho.
Caminhando de forma trôpega, como uma artista a pincelar aquarelas abstratas com os dedos, ela me encantou o suficiente para calar meus lábios que raramente se cansam de falar. Sorria de bem consigo mesma, como se todos os problemas do mundo pudessem ser resolvidos com um abraço e na hora que ela me apertou na nossa primeira despedida, não pude deixar de concordar com essa tendência. Tinha como inibir de me apaixonar?
Paixão é a vontade dela de se envolver em aventuras, sem se importar de mergulhar, pra se perder no abismo que é pensar em sentir. Ela fala de suas vontades sem condições, rancor ou maquinações. Prefere ser imprevisível no discurso, nos sorrisos e na forma como descreve seus sonhos.
Sonhadora nata, desenha no coração, mundos que não parecem existir; esculpe na mente, pessoas tão irreais; seria capaz de construir sua vida de sonhos, porque é capaz de ver o lado bom do mundo como ninguém vê.
Por ter visto nela, tanta possibilidade de felicidade, me atrevi de mergulhar num abismo de sensações que só pude provar no primeiro beijo que ela decidiu me presentear num dos tantos momentos que fiquei admirando-o toda sua profundidade. Sou felizardo, então, por não mais fazer parte da maioria das pessoas que só enxerga a sua superfície, consigo, hoje, vislumbrar todas as maravilhas submersas no olhar perdido dessa pisciana linda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário