quinta-feira, 7 de abril de 2016

Castelos de Areia

Você já conseguiu ler,
O romance que foi escrito,
Sobre a nossa história?
Ficou tão bonito,
Nem parecia ser,
Baseado nas nossas memórias.

Agora, estranhos chegam perto,
Achando nos conhecer bem,
Sem saber ao certo,
Que fomos tão mais além.

Vivemos nessa realidade,
Concretas como castelos de areia,
A procura de sanidade,
Aceitando verdades alheias,
Como se fossem nossas verdades.
Buscando júbilos contagiante,
Esbanjando aflições dilacerantes.

Nos rotulamos como casal,
Aceitamos ser mais bem do que mal,
Colocamos forcas nominais,
Que tiraram nossa paz,
Pensando que era tão divertido,
Tolos, bobos iludidos.

Descobri ontem à tarde,
Que ainda falam da gente,
Como um amor tão forte,
Permeando em alardes,
Pessoas com tanta sorte,
Que jamais fomos, infelizmente.

Contudo, mantemos lembranças,
Dos sorrisos tão bons,
Suspirados nas tantas danças,
Orquestradas pelo nosso tom.

Alicerçamos nosso tipo de amor,
Como um castelos de areia,
Esquecendo da vindoura maré,
E nos divertimos com louvor,
Alimentando a tola e boa fé,
Que não teria destruição alheia.

A ruína se fez naturalmente,
Não acinzentando as fotografias,
Que capturamos, pra permanentemente,
Guardar no coração com nostalgia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário