terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Encanto de Colombina


Não foi difícil se encantar; ela era toda sorriso: nos olhos brilhando, no corpo dançando, nos lábios encantando; o complicado foi passar um dia sem a presença boa dela; era como se ela fosse a protagonista de um romance, que você não consegue parar de ler; quer conhecer mais e mais, torcer por ela e se aproximar mais ainda. Ela tinha essa aura conquistadora como a Colombina.

Olhos de camomila, cabelos negros, pele de marfim; o esteriótipo físico ladrão de coração, que conquista até quando está fazendo careta. Tanto que até as conversas de assuntos banais ela conseguia perpetuar.

É bem verdade que ainda estou conhecendo cada detalhe; como se cada parte do sorriso dela fosse uma página nova que preciso ler, como se cada mudança tênue no olhar fosse uma música nova a ser orquestrada; seria absurdo dizer que não pretendo abrir mão de todo esse encanto numa pessoa só? Que é fonte de sorrisos do meu dia-a-dia? e algo que quero conhecer mais e mais o tempo todo? Talvez sim, mas eu sou desse jeito assim, de deixar ser conquistado com pouco...

E aí foi só fechar os olhos, lembrar dela e perceber uma verdade: era como se ela fosse a própria Colombina e eu não soubesse ao certo que papel seguir; havia horas que me sentia como o Pierrot e em outras como um Arlequim; não sabia dizer ao certo se era eu estava a conquistar ou a ser conquistado; um encanto que não podia ser explicado. Vai ver é um pouco dos dois; vai ver não é nem um dos dois; o importante é fazer parte do mesmo palco que ela.

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