quinta-feira, 26 de março de 2015

Típico

É típico. As mãos suando, a voz falhando, uma tremedeira contumaz, um sorriso que não se desfaz. 

É tudo consequência. 
Dela, do aroma de sua nuca, toda nua, crua, que cativa meu farejar no seu pescoço a arrepiar; do sabor de sua língua, toda voraz, que satisfaz uma libido que não sei se inicia na minha mente, ou se é meu corpo que primeiro sente; do som da sua voz tão risonha, de quem sonha, com amores, risos e uma vida toda sorrisos; da dança que meus olhos assistem, imagens que persistem, nos meus sonhos que mais me doem deixar ir nos acordares; do seu toque caloroso, quase venenoso, que arrepia todo meu ser, encenando minha mente e meu querer.
É atípico. A incerteza que me expõe, a vontade que se supõe, que deveria estar domada, mas que é cria de expectativas que não deveriam ter sido elaboradas. 

É tudo causa, de um sentimento que me faz mais assim, um canceriano de coração arlequim

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