segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

À Bailarina Descalça


Sinto saudades; do sorriso, das palavras, do enigma, mas principalmente do vestido esvoaçando ao vento. De você sorrindo enquanto o sol inundava sua pele alva e seus cabelos carmim; mas o que mais me chamava atenção eram os pés descalços, bailando nos paralelepípedos, me encantando. Eram tardes auspiciosas, onde o amor era voluptuoso, e o tempo tempestuoso. Tudo me lembra a você;



Uma reprimenda pelo atrevimento,
Duas sobrancelhas erguidas pela discrepância,
Vários muxoxos pelo melindrar,

Tudo contido na tentativa de manter comigo para sempre aquela imagem.
De você, só você, Sorrindo, Soluçando, Enfeitiçando, Cantarolando.

Posso eternamente regular meu coração,
Ao dizer que você foi só um grande experimento,
Para minha obra, minha literatura, minha ciência,
Porém, decidi que chega de pseudo-núpcias,
Se há de haver amor, porque haveria de contermos os palpites, palpitantes?

Tudo permanece, as Flores, os Amores, os Sabores, a Voracidade, a Levianidade,
E principalmente você, Dançando, o mundo acabando, e você Dançando, Descalça, no meu Coração.

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