sexta-feira, 20 de junho de 2008

Terra Fria e Morte

Desisti de tentar aproveitar o tempo,
Pois ele é sempre levado pelo caridoso vento,
E um sorriso falso eu ostento,
Para fingir que gostei do momento,
Quando na verdade só lamento,
Por não poder voltar no tempo.

Por isso, te peço: volta,
E dessas sensações me solta,
Sai dessa úmida e fria terra,
Vem e me impede de ir a guerra,
Que anseio só por encontrar a morte,
E ter a mesma inoportuna sorte,
Que você teve ao me deixar,
Loucamente a por saudade chorar.

Porque você da minha vida saiu?
Deixando meu peito completamente vazio,
E uma sensação de frio, um imenso frio,
Que congelou e meu coração destruiu,
Pela falta de calor e cor,
Sempre geradas pelo seu doce amor.

Não conhecia essa inédita sensação,
Tão inconveniente que quase me leva a perdição,
Chamam ela de saudade, a triste saudade,
A mais dolorosa dor de verdade,
Que te rouba a liberdade e qualquer estabilidade.

Vem, levanta daí, aproveita a chuva,
Que acabou por cair como uma luva,
E veio os pecados nos tirar,
Para que sobre a luz do luar,
Nós possamos realizar nosso amor eterno,
O único que sobreviveu a esse triste inverno

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