segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Fugaz

A vida se remete ao que se faz, e isso é tão fugaz, mas é, de certo modo, tão bom. Quantas, tantas, santas, certezas tão incertas tive de deixar pra trás? E que, apesar de toda a momentânea felicidade que me foi brindada, as alegrias de curto prazo foram praticamente todas esquecidas, como as sementes das frutas que não plantamos, das lições que não anotamos.

Bem, eu gostaria de ter anotado um tanto mais, porém, viajar no tempo não é algo que me seja capaz, logo me resta apenas sorrir para o que ficou pra trás, e saber que, muito provavelmente, a mais importante delas foi riscada de caneta permanente no meu peito. No final, tudo pra mim se resume ao amor.
O meu amor, paralelamente, é tudo o que sou, e, eu tenho a grata noção que estive compartilhando o que eu podia partilhar. Porque se você cultiva um pouco de amor, você pode acabar germinando amor próprio, e quando o faz, percebe que há muito mais o que buscar, que a vida não é a única coisa que vale a pena, porque a vida é passageira, mas o amor não. Sim, eu te amo, e um amor nunca é fugaz.

Sei que demorei a notar, sei, principalmente, o quanto tentei não aceitar, mas era algo que, inevitavelmente, eu teria de admitir, e agora que o fiz, meus lábios não param de sorrir por algo que meu coração me tortura por pensar que talvez eu não consiga lhe dizer antes de você partir.

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