terça-feira, 3 de setembro de 2013

Cento e Oitenta e Poucos Dias

Me lembro que na primeira vez que a gente se conheceu, estávamos tão ébrios que a conversa acabou sendo estranha em sua plenitude e, mesmo assim, a gente acabou ficando com uma impressão positiva um do outro; um convite ao vento, uma promessa estranha que nos reencontraríamos e não é que acabou sendo verdade? E o segundo encontro foi até mais estranho que o primeiro, pelo meu nervosismo, pela impressão surpreendente, não necessariamente positiva, que acabei passando e alguns beijos para selar aquele encontro tão promissor.

As conversas que se seguiram não tinham fim e nossa convergência de gostos só fez tudo se tornar ainda mais interessante, mesmo tendo um carnaval a frente para vivenciarmos, acabei me apegando e lhe fazendo promessas, que graças a Deus eu quis cumprir; a minha impaciência foi domada pelo seu entedimento que os acontecimentos tinham que fluir com naturalidade e que não adiantava apressar as coisas; isso tudo se concluiu num banho de cerveja, num lanche de estacionamento; em muita bebida e muitos sorrisos. Tudo se propagou no melhor carnaval da minha vida, você foi meu carnaval e aí eu pensei comigo mesmo 'por que não ter esse carnaval pra sempre?'; e nem tive muitos motivos pra repensar esse ideal após uma virada de mês, o jeito como você me cativava era tão surreal que a felicidade não cabia em mim.

Mesmo que subitamente, nos alinhamos em planos e expectativas (ou a falta delas), e com exceção de atritos pontuais, convergimos numa alegria rotineira que fez dum domingo de manhã a melhor parte do meu final de semana; do cheiro que vem do seu cangote a melhor sensação da minha vida; e seu sorriso a melhor imagem que contemplei com esses meus olhos zarolhos.

Em resumo; eu te amei antes mesmo de perceber que podia ser amor; sou feliz ao seu lado antes mesmo de saber que estava sorrindo a toa ao lembrar de tu discursando sobre algum assunto; me apraz tanto saber da reciprocidade que nos enlaça e fortalece; me faz um bem tremendo saber que mesmo no meu poço de incertezas costumeiras, você está aqui pra me ajudar e me incentivar a melhorar e por isso tudo sou tão grato.

Eu te amo por tudo que tu me propicia: pelos cabelos cacheados que adoro encaracolar, pelo sorriso felino que faz querer lhe perseguir e domar; pelo nariz afilado que quero roubar; pelos olhos atentos que não consigo enganar; pelos mindinhos tronchos do pé que gosto de ajeitar; pelas costas que adoro apertar; mas não só pelo teu exterior que gosto de te amar, é também pela sabedoria que você insiste em me instigar; pela paciência que você insiste em testar ao tentar me ensinar a tê-la; pela sobriedade de saber lidar com meus surtos; pelos surtos que me fazem perceber que você é tão humana quanto eu; pelos planos que fazemos juntos; por cada dia que já vivenciamos juntos; pelas fotografias que já tiramos, pelas viagens que ainda vamos fazer... Eu te amo porque eu gosto disso, e porque seria irracional não amar alguém que me faz tão bem. São 7 meses desde que tropecei em ti, são 6 meses desde que te abracei no sofá e te pedir pra se enlaçar a mim; são cento e oitenta e poucos dias de felicidade ao teu lado; é meio ano vivenciando momentos que não posso enumerar o quão maravilhosos são; obrigado meu Bê, por seu meu bem tão bom.

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