quinta-feira, 26 de maio de 2011

Jogos Vazios

Todo dia,
A mesma vontade,
De quebrar esse ciclo tedioso,
De ser protagonista de seu próprio romance.

Toda noite,
A mesma covardia,
De mudar o certo pelo duvidoso,
De se arriscar por algo que não está ao seu alcance.

Enquanto isso, a gravata aperta,
A alma permanece à espera,
De uma lixívia que possa mudar tudo.

Vivendo num mundo vazio,
Participando de jogos sem sentido.

Mesmo com todo o barulho da avenida movimentada,
Mesmo com tantos rostos desconhecidos,
Mesmo com a profusão sobre si mesmo,
Mesmo com o escárnio sobre a sociedade,
Ele voltou a levantar a cabeça, e quis dar um passo atrás.

Tentou chamar seu nome,
Mas você estava longe demais,
Repousada no seu ponto de saciedade,
Fingindo não sentir saudade,
Daquele furacão vicioso que impregnou seu coração.

É verdade que o diamante cortou seu peito,
Bem mais fundo do que você acreditou alguém ser capaz,
Mas agora que a ferida cicatrizou,
E ele não consegue mais lhe balançar,
Muito menos invadir seu abrigo,
Percebe como você está vivendo um mundo vazio?

Eu estou bem, um pouco entediado,
Mas nada como ele, que toda noite sente o frio,
De não ter mais seu sorriso consigo.

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