As memórias mais felizes,
Chegaram quando me senti enlaçado,
Pela pessoa que me deu amor;
Conseguiu domar meu olhar.
Eu nunca acreditei de verdade,
Na teoria dos sentimentos serem eternos,
Afinal pessoas que antes,
Me faziam sorrir,
Agora são encontros ao acaso.
Sinto-as tão longe,
Como um suspiro que não tem forças para falar,
Elas desaparecem dentro de murmúrios,
Fitado por uma sensação de vazio.
A dúvida persiste entre nostalgia e saudade,
Num monótono inverno,
Você continua a se impregnar em mim.
Mesmo que eu esqueça, sei que houve pretensão de ter me avisado,
Vez ou outra, me sinto afogado,
Por um pessimismo que não tem fim;
Às vezes pensando em alguém do passado,
Em outras, me sentindo culpado,
E o que me resgata é seu abraço, seu sorriso,
Que me esquenta sem aviso.
Quando consigo me levantar,
Percebo todas as memórias coloridas,
Que até então estavam escondidas,
Por pensamentos cinzas.
É complicado se manter bem,
Afinal, por quanto tempo eu tenho esperado,
Para que você esteja ao meu lado?
Completamente minha, sem nenhuma hesitação?
Enquanto reflito, o tempo passa,
E talvez, se você não decidir, os dias cinzas vão voltar.
Porém, desde que você chegue perto,
Eles vão sumindo aos poucos,
Como ondas, arrastanto meu coração,
Para um porto cheio de sol.
Hoje, como todos os dias,
As ruas estão como sempre,
Aguardando, me esperando,
E eu passo por elas, meditando.
A vida vai seguindo,
Enquanto as memórias vão perdendo a cor,
Junto com as pessoas que perdem seu valor.
Bruno M. Tôp
Nenhum comentário:
Postar um comentário