Corpos podem se combinar,
Mas sangue não se mistura.
Nascemos a sós, e terminamos no pó.
Estamos sempre chorando sozinhos,
Mas agora que estamos solitários,
Simplesmente acreditamos ter algo em comum,
Por isso, acabamos ficando juntos de semelhantes,
Mas eles simplesmente não são a solução.
Por algum motivo arbritário,
Nos unimos e ambos damos as mãos,
E num piscar de olhos, desaparece a solidão.
Enquanto vamos sentindo o calor do outro,
Um vazio vai aparecendo, revelando as falhas da relação.
Eu não pude ir mais para a frente,
Por causa do meu passado,
Meu coração foi destrído, reconstruído,
Deformado, ficou assim, vendado.
É hora de irmos adiante,
O batimento do meu coração esta acelerado,
Não fuja da minha dor, não quero voltar ao
você vai crescer com cada novo mão,
Sem perceber, um novo amanhecer está próximo,
E a escuridão que nos amedrontou está se esvaindo.
Eu quero brilhar,
Por favor, vamos ter juras que nuncam mudam.
Desde que a conheci, não tem muita certeza das coisas,
Essa estrada pode não ser necessariamente a correta,
Tenho um pouco de medo de voltar a ficar sozinho,
Mas eu tenho que dar o primeiro passo antes que eu possa ver algo,
voce mesma disse:
"Apenas decida qual o caminho é certo, quando já estiver seguindo-o"
Essa mania sua de escolher, deve ser jogada fora,
Em tempos complicados, como agora, largue-os por aí,
Como uma prova de que você está seguindo em frente,
Deixando os arrependimentos e inseguranças para trás.
A pontinha de um alvorecer brilha por entre os prédios,
A sorte será lançada, vamos, chegou a hora de tomar as rédeas,
O destino balança entre nossas palavras escritas
Dias felizes vão surgir, nas nossas lembranças de profunda escuridão,
Devemos suportar a tristeza, e quando cairmos no chão, olhar para o alto,
As nossas mãos sujas, se mostrarão lindas se permanecerem juntas.
Se começar a correr juntos
Podemos carregar toda nossa dor juntos.
Bruno M. Tôp
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