domingo, 1 de abril de 2012

Núbil


A felicidade é de toda Núbil. Dura uma fração de sorriso. Do momento em que seus lábios se estreitavam e os caninos se projetavam. Do instante em que as barrocas surgiam nas bochechas e os lábios se contraiam. Enquanto os olhos brilhavam, as pupilas tremiam e as sobrancelhas se arqueavam. Até que o nariz inflava-se e estava pronto. O que mais há de belo no mundo estava ali, e era tudo que preciso; esse seu sorriso.


Mas aí você me viu lhe encarando, e seu orgulho fez a expressão oscilar. Não sei se por vergonha, magóa ou mania.


-Pare de olhar. - sibilou num sussurro.


-Não consigo. - respondi movendo meus lábios sem emitir som algum.


Uma vontade enorme de tomar seus lábios me consome, mas eu me seguro, aprendi a parar de roubar; principalmente quando se trata de você.



E o sorriso que antes era seu, se contagiava em mim, me divertindo, me felicitando. Um sentimento Núbil, como seu sorriso.

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