segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Atrever
Um ódio após um cativar,
Vai te fazer sorrir,
Um preto e branco pode se colorir,
Se seu coração se abrir.
Um insosso pode ser saboroso,
Desde que você aceite bem,
Cada contradição,
Que aparecer em sua vida.
Se você viver o que tiver vontade,
Sem se preocupar com as dificuldades,
Tudo vai ser mais gostoso,
Então, porque tanta confusão,
Para se atrever?
Poeta pros boemios, Boemio pros sábios, Sábio pros tolos, Tolo pra mim mesmo
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
De Protagonista A Coadjuvante
Tinha tanta coisa pra dizer; tanta coisa pra fazer; tantos planos; sonhos, e expectativas... Todos tão ultrapassados, errôneos e ingênuos; eram apenas miragens feitas por um coração que se acostumou a querer demais, e se entregar de menos. Cheio de manias de um Protagonista fanfarrão.
-Eu lamento por ter estragado tudo, por ter desaparecido assim, sem dar nenhuma explicação racional, sei lá, foi uma coisa tão...
-Deixa pra lá, eu já perdoei.
-É que eu perdi a cabeça quando soube do... Bem...
Era mentira. Não foi aquilo que me incomodara, foi apenas o fato que meu coração percebeu que nunca teve você; percebeu que não dá pra ter uma pessoa, apenas dá para acompanhá-la, e se um dia ela quiser ir, não há nada que se possa fazer, a não ser deixá-la partir.
-É eu lamento por isso. Lamento pela frieza, pelas piadinhas irônicas, por dar mole pros seus amigos, por tudo...
-Voce não fez por mal, estava magoada...
-É...
-E eu lamento muito mesmo por isso...
Durante muito tempo não lastimei, apenas achei que o melhor a ser feito era desaparecer... Era o que você merecia; meu plano perfeito para você aprender a me dar valor; mas eu estava errado mais uma vez, não estava?
-Sabe, às vezes eu ainda fico desejando abrir a porta de casa e lhe encontrar lá, bocejando com aquela camisola suja de tinta depois de terminar de maquilar minhas paredes com tantas cores estraordinárias... E ai eu percebo que está tudo tão normal... Tão arrumado...
Era disso que eu mais senti saudade. Dessa risada, da nossa risada em uníssono. De nós dois, juntos, compartilhando coisas: sentimentos, sorrisos, gargalhadas, segredos, sonhos...
-Eu estava com saudade da sua risada.
É errado tentar reviver aquilo que me fez feliz por tanto tempo? Eu realmente nunca me importei com o certo e o errado, mas agora, depois de roubar mais um beijo e sentir que a resposta é tão estranha quanto um gole de vodka numa terça-feira ensolarada de ressaca, eu consigo concluir que todo recomeço tem um fim, e vice-versa.
-Nós acabamos mesmo não foi?
É o que seus olhos que me cativaram por tanto tempo dizem, é que nossos sorrisos tristes compartilham. Um beijo na bochecha, é tudo o que está na minha alçada antes de lhe dar um pequeno cafuné e partir.
Não mais para longe, não mais para fora da sua vida, apenas para o posto de um coadjuvante.
Poeta pros boemios, Boemio pros sábios, Sábio pros tolos, Tolo pra mim mesmo
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